Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, falou, na tarde de terça-feira (6), ao telefone com o homólogo do Burundi, Evariste Ndayiashimiye, no quadro da coordenação do processo de Luanda e Nairobi.

Trata-se do processo relativo à situação de segurança prevalecente no Leste da República Democrática do Congo (RDC), segundo  refere a página da Presidência da República na rede social Facebook.

A mesma fonte refere que a conversa entre os dois Chefes de Estado incidiu sobre a necessidade da implementação do Comunicado de Luanda, que apela ao cessar-fogo no Leste da RDC.

A tensão entre a RDC e o Rwanda cresceu nos últimos meses, após o reinício,  em Março último, dos combates entre o exército da RDC e o movimento M23.

Os processos de Luanda e Nairobi têm reconhecimento regional e do Conselho de Segurança da ONU como sendo de essência político-diplomática e político-militar, para resolver o conflito na fronteira entre a RDC e o Rwanda.

Angola preside à Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos e tem multiplicado  iniciativas para pacificar a região.

Nessa condição, o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, foi mandatado pela União Africana para mediar o conflito.

Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, afirmou, terça-feira ( 6), em Luanda, que o desempenho da economia angolana depende muito da forma como o Banco Nacional de Angola (BNA) cumpre com as obrigações conferidas pela Constituição e Lei.  

Em breves declarações, na cerimónia de posse do Governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, o Titular do Poder Executivo ressaltou a importância de a instituição financeira do país ter cumprido com o papel que lhe foi conferido, nos últimos anos.

“O BNA tem cumprido bem com o seu papel, daí o facto de, cumpridas as formalidades a que a Lei nos obriga, da audição parlamentar que passou com aprovação, decidimos, portanto, reconduzi-lo para mais um mandato na certeza de que, tanto como no passado recente, daqui para frente continuará com o seu trabalho e empenho”,  referiu.

João Lourenço disse que espera do governador a sua contribuição para o sucesso das políticas económicas que o Executivo tem vindo a desenvolver. 

“Portanto, só tenho a desejar-lhe muito sucesso, o país conta consigo”, concluiu.

Funções do BNA

Na qualidade de Banco Central e emissor, tem como principais funções assegurar a preservação do valor da moeda nacional e participar na definição das políticas monetária, financeira e cambial.

Compete ao Banco Nacional de Angola (BNA) a execução, acompanhamento e controlo das políticas monetária, cambial e de crédito, a gestão do sistema de pagamentos e administração do meio circulante no âmbito da política económica do país.

Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, ressaltou nesta sexta-feira, as qualidades militares do chefe de Estado-Maior General adjunto para a Área Operativa e de Desenvolvimento, Abreu Muhengo Ukwachitembo ‘Kamorteiro’, falecido na segunda-feira por doença.

No velório, realizado no Quartel-General do Exército (ex-RI 20), o Chefe de Estado, acompanhado da primeira-dama, Ana Dias Lourenço, depois de entoado o Hino Nacional, depositou uma coroa de flores e inclinou-se diante da urna que contém os restos mortais do general Kamorteiro.

O nome do general Kamorteiro "fica para indelevelmente ligado ao fim definitivo do conflito militar em Angola, por ter sido, em nome da UNITA, um dos signatários dos Acordos de Paz para Angola, a 4 de Abril de 2002", escreve João Lourenço no livro de condolências. 

A partir dessa altura, de acordo com o Presidente da República e Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA), enquadrado em cargos de chefia das FAA, o general Kamorteiro "desenvolveu uma acção meritória a favor da pacificação e desenvolvimento do país".

"Foi com profundo sentimento de pesar que tomei conhecimento do prematuro falecimento, por doença, do general Abreu Muhengo Ukwachitembo ‘Kamorteiro’, que desempenhava o cargo de chefe de Estado-Maior General adjunto das Forças Armadas Angolanas", lê-se no livro.

Nesta hora de dor, o Presidente da República expressa à família enlutada as suas profundas condolências, extensivas a todos os amigos e companheiros de luta.

A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, a presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, os juízes-presidentes dos tribunais superiores, os procuradores-gerais da República e Militar, deputados, ministros, entidades eclesiásticas, altas patentes militares, no activo e na reserva, marcaram também presença no velório.

O general Kamorteiro foi um dos co-signatários dos Acordos de Paz para Angola, rubricados a 4 de Abril de 2002 entre o Governo e a UNITA, ao lado do general Armando da Cruz Neto, então chefe do Estado-Maior General das FAA.

Exerceu importantes cargos na hierarquia das FAA, dos quais se destacam os de vice-chefe do Estado-Maior para a  Logística e Infra-Estruturas e, por último, de chefe de Estado-Maior General adjunto para a Área Operativa e de Desenvolvimento.

Após a assinatura do Memorando de Entendimento Complementar ao Protocolo de Lusaka, em Luanda, já enquadrado nas FAA, com cargo de chefia, dedicou-se a terminar a sua formação académica em História.

O ambiente no Quartel-General do Exército foi marcado por profunda comoção pelo falecimento do general, considerado "um profissional militar de elevada e exemplar qualidade, que teve a trajectória iniciada nas fileiras da UNITA".

Nascido em 1958, na província do Bié, Abreu Muhengo Ukwachitembo ‘Kamorteiro’ foi  enterrado hoje no Cemitério do Alto das Cruzes, em Luanda.

Luanda - O ministro das Telecomunicações,Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário de Oliveira, anunciou quinta-feira, (1) em Luanda, que Angola já assumiu, definitivamente, a gestão do satélite Angosat-2.

Segundo o governante, que falava no seminário de apresentação do Programa Espacial Nacional "valências e benefícios", os últimos testes em órbita do Angosat-2 "terminaram com sucesso".

Afirmou que o projecto Angosat-2 está pronto para fornecer serviços de comunicação aos clientes, já que foram assinados os testes de aceitação que validam a condição técnica-operacional do mesmo.

A partir desse momento, disse o ministro, o satélite vai começar uma nova etapa, com vista à operacionalização comercial, de forma a cumprir a sua missão,  que é estar ao serviço da economia nacional.

Salientou que a estratégia espacial de Angola visa contribuir para o desenvolvimento socioeconómico do país nos vários domínios, como na economia,  saúde, educação e no meio ambiente.

No seminário, foram apresentados os vários projectos integrantes do Programa Espacial Nacional, como os benefícios do Angosat-2, o Centro de Controlo e Missão de Satélites (MCC) e as aplicações espaciais TECH-Gest, TECH-Agro e TECH-Ecologia.

O Angosat- 2, um satélite de comunicação angolano que opera na órbita geoestacionária, foi construído pela empresa Information Satellite Systems Reshetnev (ISS Reshetnev).

É composto de dois módulos, nomeadamente a plataforma Express 1000 e a carga útil, tendo este último sido da responsabilidade da Airbus Defence and Space.

Com vida útil de prevista de 15 anos, o Angosat-2 é um dos projectos do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), órgão afecto ao Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.

GGPEN conta 68 funcionários formados em diversas universidades internacionais.