Washington - O Presidente da República, João Lourenço,
convidou segunda-feira (12), em Washington, os empresários norte-americanos a
continuarem a investir em Angola, fora dos sectores do petróleo e da energia.
Ao intervir numa mesa redonda com homens de negócio
desse país, na Câmara de Comércio EUA/Angola, o Chefe de Estado disse estar
interessado em captar investimento em outros potenciais domínios.
Conforme João Lourenço, Angola está de portas abertas
para o investimento americano nos domínios da agricultura e do turismo, onde
diz haver grande potencial para explorar.
De igual modo, disse haver interesse em novos
investimentos na área dos minerais, sem ser, necessariamente, nos tradicionais
diamantes.
Para o estadista angolano, é importante que os
empresários dos EUA procurem explorar em Angola minerais raros, como o níquel e
outros necessários para produzir acumuladores de viaturas e outros.
João Lourenço mostrou-se interessado, também, no
investimento privado americano na área de conservação.
A esse respeito, lembrou que Angola assinou há um ano,
nos EUA, um contrato com a African Parks, para a gestão do Parque Nacional do
Iona.
Segundo o Presidente, o acordo ficou parado por causa
do surgimento da Covid-19, mas já há condições para retomar.
No entender do Chefe de Estado, esse projecto vai
permitir que o parque tenha boa gestão e atrair o turismo para aquela região do
país.
Disse tratar-se de um assunto que abordou, ainda hoje,
com a administradora da USAID, Samanta Power.
João Lourenço explicou que abordou com aquela
responsável a possibilidade de replicar o projecto no Parque do Lundo Luiana,
na região de Mavinga, no sudoeste de Angola, província do Cuando Cubango.
Assegurou que quem investir nesse parque estará a
investir e a atrair investimento para Angola e cerca de outros quatro países à
volta do país.
Trata-se da Namíbia, do Botswana, Zimbabwe e da Zâmbia,
que integram o território do projecto regional Okavango Zambenze (KAZA).
Noutro domínio, João Lourenço anunciou que Angola está
a negociar, com a empresa Acrobridge, a assinatura de um contrato de aquisição
de cerca de trezentas pontes metálicas, para servir a parte civil e militar.