Os efectivos da Base Naval do Namibe participaram no 1º Conselho Técnico Nacional sobre Busca e Salvamento, no período de 14 a 15 de Outubro de 2021, na sala magna da Universidade do Namibe, presidido pela Vice-governadora para o Sector Social e Económico, Maísa Tavares.

Ao intervir na sessão de abertura, a governante lembrou a necessidade da luta pela sobrevivência no mar e alertou para o desafio que esse assunto encerra para os órgãos que intervém no mar. Aliás, o mar além de ser uma via de comunicação e fonte de renda é também um espaço de lazer pelo que o Estado, por via dos seus órgãos, assegura e garante a devida protecção aos utentes.

Sob o lema “Nossos povos, nossos mares, formar o homem rumo ao naufrágio zero” os marinheiros daquela base naval tiveram oportunidade de refrescar seus conhecimentos sobre busca e salvamento. 

Neste conselho, o Capitão-de-Mar-e-Guerra Bernardo Muler Domingos “Muler”, Comandante da Base Naval do Namibe, apresentou o tema “Perspectivas da MGA relativas à segurança e fiscalização” sob coordenação do Instituto Marítimo e Portuário de Angola (IMPA).

Com o falecimento do Capitão-de-Fragata Adriano Manuel Neto “Madidi”, então Comandante da Banda de Música, a nossa equipa manteve em conversa com o responsável interino da banda, Tenente-de-Fragata José Manuel Panda Rafael "Panda".

A Banda de Música da Marinha de Guerra Angolana é uma unidade musical e polifónica de execução rítmica e melódica de diversas obras musicais, de carácter militar e civil.Foi fundada aos 10 de Agosto de 2001. Foi um projecto do então Comandante do Ramo, Almirante Reformado Gaspar Rufino, e teve como primeiro comandante o Capitão-de-Fragata Adriano Manuel Neto “Madidi” (em memoriam). Para a constituição do grupo, o efectivo seleccionado frequentou uma formação de cinco anos que terminou em 2006.

Qual é a principal missão da Banda?

Tem como principal missão a participação nas cerimónias militares a nível da Marinha de Guerra Angolana e do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, tais como o juramento da bandeira, ordem de honra, honras fúnebres, imposição de coroas nos túmulos dos soldados desconhecidos.

Quais são as principais dificuldades que enfrentam no dia-a-dia?

Uma das grandes dificuldades é a falta de uma sala adequada para a realização de ensaios. Pela natureza do nosso trabalho, temos que realizar ensaios constantes para que possamos estar preparados para as missões que nos são incumbidas. As dimensões da sala onde ensaiamos actualmente são muito pequenas, o tecto é muito baixo e dificulta de certa forma a apreciação das frequências musicais. Temo também o caso da aproximação do pessoal, é difícil trabalhar apertados tendo em conta que trabalhamos com instrumentos que produzem salivas. 

Perspectiva da Banda para os próximos tempos?

A grande perspetiva é a formação dos militares músicos com vista a preencher as vagas disponíveis na banda, também para mais coesão musical e capacitar ainda mais os já enquadrados. Perspectivamos também realizar concertos periódicos, actividades culturais que, por falta de locais adequados, não conseguimos.

Quero acrescentar que todo músico tem que ter uma atenção especial tendo em conta a especificidade da actividade musical principalmente porque acarreta alguns riscos de saúde como problemas de visão, audição, hemorróide, hérnia e infecção pulmonar quando não são observados alguns princípios tais como boa alimentação que, felizmente, a Direcção de Logística do Ramo tem prestado essa atenção à nossa banda de forma a que certas doenças não apareçam. Por isso, o controlo sanitário de rotina é sempre necessário.

O General Jorge Manuel dos Santos “Sukissa”, Comandante da Marinha de Guerra Angolana, efectuou uma visita de trabalho ao Comando da Região Naval Norte no período de 6 a 7 de Outubro de 2021, onde constatou o andamento das obras da Base Costeira e a vida da tropa. 

No Comando da Região, no município do Soyo, o Comandante da MGA fez um recorrido às obras sobre o cais e a parada da Base Costeira a cargo da construtora portuguesa Mota-Engil Angola que se encontram a bom ritmo. Com vista ao melhoramento das condições de acomodação da tropa, os trabalhos abrangem também o refeitório e dormitórios Durante a visita às infra-estruturas, o General deixou orientações paraacelerar o andamento dos trabalhos. À imprensa o General Sukissa disse que constatou com satisfação o empenho do efectivo nessa primeira visita de trabalho à RNN. 

"Devemos continuar a aumentar o ritmo de cumprimento das missões superiormente emanadas. A mensagem para o efectivo da Região é que continue a elevar o seu moral combativo. Por isso, felicitações pelo trabalho que estão a fazer votos de muita saúde e preparados para os novos desafios".  

Importa salientar que tais obras se enquadram no plano de reestruturação e modernização das unidades do Ramo. Da agenda da mais alta patente da Marinha, constou igualmente encontros de cortesia com o Administrador Municipal do Soyo, Dr José Mendes Belo e o Presidente do Conselho de Administração do Porto, António Avelino.

Fizeram parte da delegação os Vice-Almirantes Victor Fernando Alberto, Comandante Adjunto da MGA para Educação Patriótica e Domingos Baptista, Chefe da Direcção de Contra Inteligência Militar, o Contra-Almirante Tito Chinguenheka, Chefe da Direcção de Telecomunicações e Oficiais do Gabinete do Comandante do Ramo.

O Comandante da Marinha de Guerra Angolana, General Jorge Manuel dos Santos “Sukissa”, recebeu em audiência a Embaixadora do Reino da Suécia, Ewa Polano, nesta quinta-feira, 20, no Comando da MGA, em Luanda, que serviu para apresentar o Adido de Defesa do seu país, recém-acreditado em Angola, Capitão-de-Fragata Shahim Olesen Egharhi.

Durante a audiência a Embaixadora Ewa Polano, disponibilizou-se em apoiar o plano de modernização do Ramo com serviços de montagem de equipamentos de alta tecnologia a nível das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) para a protecção da costa angolana.

Numa altura em que as relações entre os dois países assinalam 51 anos, a diplomata sueca não escondeu o interesse do seu país em investir em Angola, garantindo que vê no nosso país grandes potencialidades de cooperação e esta é uma excelente oportunidade para oferecer serviços tecnológicos daquele país com vista a ajudar na melhoria de vida da população angolana.

“O Reino da Suécia tem estado a acompanhar o “grande” desempenho de Angola nas questões ligadas à África, principalmente na Região dos Grandes Lagos, na SADC e no Golfo da Guiné, o que aumenta a visibilidade de Angola no mundo e, por isso, a Suécia quer estar sempre presente como esteve nos últimos 51 anos”, referiu.

Sobre a acreditação do novo Adido de Defesa do Reino da Suécia em Angola, a Embaixadora Ewa Polano disse ser “muito importante” para o processo de reforço de amizade e cooperação nessa nova fase de relação bilaterais profícuas entre os dois países.

“A Suécia e Angola têm uma relação de excelência desde 1970”, sublinhou.

De realçar que o novo Adido de Defesa não residente do Reino da Suécia, o Capitão-de-Fragata ShahimOlesenEgharhi, foi acreditado pelo Ministério da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria, no dia 20 de Outubro de 2021.