Em véspera do 4 de Fevereiro de 1961, marcado nos anais da história de Angola, como o “Início da Luta Armada”, efectivos da Marinha de Guerra Angolana lembraram a data como um dia de reflexão para solidificar cada vez mais a soberania angolana.

Em entrevista à Revista Marinha, alguns efectivos do Ramo abordaram a importância do 4 de Fevereiro, como uma efeméride que lembra a bravura dos nacionalistas angolanos que lutaram pela libertação de Angola, ante ao regime opressor colonial português.

Para o Chefe da Secção de Arquivo Histórico da MGA, Capitão-de-Fragata Joaquim Jorge Neto, a data é um facto muito importante para o povo angolano, e, sobretudo para os militares.

“Nós, os angolanos, devemos carregar o 4 de Fevereiro na consciência como uma data muito importante e reflectiva na elevação da soberania do país.

Enquanto militares devemos transmitir os valores do patriotismo à sociedade e aos novos efectivos que vão entrando para as fileiras das Forças Armadas Angolanas”, considerou.

Por sua vez, o Sargento-Ajudante José Casimiro António Sumba, da Direcção de Operações, apesar de na altura não ter nascido, engradece a bravura dos heróis que derramaram o seu sangue para ver o angolano livre do jugo colonial. “Foi preciso muita coragem e determinação para se começar a caminhada em prol da liberdade nacional. Quero agradecer aos nossos heróis pela caminhada triunfante”, reconheceu.

As Ciências do Mar alinhadas com a Missão da Marinha foram tema de uma palestra proferida pelo Director-Geral do Instituto Hidrográfico de Portugal, Contra-almirante Carlos Manuel Soares, no Centro de Conferências Comandante Orlog da Marinha de Guerra Angolana, no passado dia 8 de Dezembro, em Luanda.

O  evento reuniu marinheiros na Base Naval de Luanda com a finalidade de aumentar o nível de conhecimento dos efectivos, tendo o palestrante alertado que o país precisa cooperar com aqueles que têm mais domínio sobre as ciências do mar.

“É isso que estamos a fazer agora com os acordos de desenvolvimento que já temos. Angola tem grande potencial de recursos humanos, precisamos apenas neste momento arranjar modos de cooperação entre o Instituto de Hidrografia de Portugal e a Marinha de Guerra Angolana, referiu.

O Contra-almirante Carlos Manuel Soares explicou que a palestra teve como objectivo mostrar as preocupações que se devem ter com a Hidrografia, e que necessidade a Hidrografia tem para o normal funcionamento da Marinha de Guerra Angolana.

Mostramos como ela pode ser útil para toda sociedade em termos de desenvolvimento das ciências do mar, e como podem ser úteis para o cidadão que desenvolve a sua actividade social, frisou.

Por outro lado, Comandante Adjunto da Marinha de Guerra Angolana para Educação Patriótica, Vice-almirante Víctor Fernando Alberto, disse que a palestra revestiu-se de grande importância e simboliza o reforço da cooperação entre as duas Marinhas. 

No final, o Vice-almirante agradeceu o empenho de todos e também pela disponibilidade  dos meios técnicos que servirão para a Escola de Especialista Navais.

Neste momento de reequipamento e apetrechamento do Ramo, a Marinha sempre contou com a prestimosa ajuda da Marinha de Guerra Portuguesa na formação de quadros, com o auxílio dos seus consultores portugueses em Angola”, enalteceu.

14 Oficiais Subalternos do Quadro Permanente participaram no VII Curso de Actualização em Matérias Navais, que decorreu de 21 de Setembro a 09 de Dezembro de 2021, em Luanda, no Instituto Superior da Marinha de Guerra Angolana (ISMA).

O acto foi presidido pelo 2º Comandante da Marinha de Guerra Angolana, Vice-almirante Valentim Alberto António.

Na ocasião, o 2º Comandante da Marinha de Guerra Angolana, disse que o curso alcançou os resultados de aproveitamento académico dos auditores desejados. “Como se tem dito que o néctar da vitória toma-se na taça do sacrifício.

Assim, exortamos e encorajamos os camaradas Oficiais a prosseguirem na devoção e no sacrifício, abdicando por vezes dos prazeres da vida”, encorajou.

O Comandante do Instituto da Marinha de Guerra Angolana, Vice-almirante Jorge Fortes Gabriel, realçou os apoios e informou que as instalações do ISMA não permitem que os docentes possam preparar as aulas e receber orientações metodológicas para além do material bibliográfico acomodado em local impróprio.

O responsável, referiu que o instituto enfrenta algumas dificuldades, desde infraestruturas, falta de docentes, biblioteca, acervo bibliográfico, entre outros.

Marinha de Guerra Angolana participou recentemente no 1º Simpósio Marítimo da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul “ZOPACAS” promovido pela Marinha do Brasil, em formato virtual, em Outubro último. O Ramo fez-se representar pelo 2º Comandante da MGA, Vice-Almirante Valentim Alberto António, que integrou também o paínel de palestrantes da ZOPACAS.

O simpósio teve como objectivo fomentar a cooperação marítima dos países da região do Atlântico Sul em relação à solução de problemas comuns e a criação de oportunidades e iniciativas que possam contribuir para o desenvolvimento regional. Além de Angola a ZOPACAS contou igualmente com palestrantes da África do Sul, Argentina, Brasil Namíbia e Nigéria a 27 de Outubro do ano em curso.

Pela participação do Ramo no evento, o adido de Defesa da República Federativa do Brasil, Coronel Fábio Dockhorn, entregou no dia 14 de Dezembro de 2021, no Comando da Marinha de Guerra Angolana, em Luanda, o respectivo certificado de participação. 

Segundo o Coronel Fábio Dockhorn, o evento contou com a presença de vários palestrantes de diferentes países. “De facto foi muito positiva a contribuição da Marinha Angolana representada pelo seu 2º Comandante, Vice-Almirante Valentim Alberto António, que trouxe vários comentários acerca da ZOPACAS”.