Luanda – A Presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, pediu, esta sexta-feira(17),  aos efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA) disciplina e elevado sentido de missão, pautando pela defesa dos direitos fundamentais e segurança das populações civis.

Numa mensagem por ocasião da aprovação do pedido do Presidente da República para o envio de um componente militar de operações de paz na região do leste da República Democrática do Congo (RDC), Carolina Cerqueira pediu a protecção e preservação dos direitos das crianças, das meninas e mulheres vítimas do conflito, que diariamente são alvo de sevícias desumanas e de crimes sexuais hediondos.

“Enaltecemos a prontidão do contingente das FAA, do qual 25% é constituído por mulheres, o que evidencia fortemente o envolvimento das mulheres angolanas no processo de manutenção de paz e defesa dos direitos fundamentais, conforme recomendação das Nações Unidas”, asseverou.

Para Carolina Cerqueira, a situação actual do conflito e os crimes continuados contra as populações civis indefesas, que já provocam mais de 10 milhões de vítimas, conforme relatório apresentado recentemente na 146.ª Assembleia da União Inter-parlamentar realizada no Reino do Bahrein, obriga a uma reacção solidária dos Estados vizinhos.

“Angola não poderia parecer indiferente, quanto a necessidade urgente da desmilitarização das forças do M23 para o restabelecimento da paz efectiva e da segurança no leste da RDC, na África Central e no continente africano no geral”, reforçou.

Esta intervenção, conforme a responsável, representa, mais do que nunca, um caminho necessário para a preservação da paz e da estabilidade dos povos da região, com vista a não adiar os propósitos de um futuro melhor para o continente africano.

O pedido de autorização do Presidente da República, enquanto Comandante em Chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA), sobre o envio de Contingente Militar da Componente de Operações de Apoio e Manutenção da Paz na Região Leste da RDC, visa assegurar o processo de acantonamento das forças militares do M23, no Leste da RDC. 

O objectivo da missão angolana será o de adoptar o plano geral conjunto para a resolução da crise no Leste da RDC, acelerar a implementação efectiva do roteiro de Luanda, em coordenação com o processo de Nairobi, para a promoção da segurança na região Leste da RDC e a normalização das relações políticas e diplomáticas com a República do Rwanda. 

O contingente angolano, que de acordo com as comissões de trabalhos deverá permanecer nesse país durante 12 meses, será integrado por um batalhão das FAA e respectivos componentes, bem como meios financeiros  avaliados em 11 mil 266 milhões e 872 mil kwanzas, que deverão ser remanejados no quadro do orçamento do sector de Defesa e Segurança.

Luanda – O Presidente da República, João Lourenço, solidarizou-se, esta sexta-feira (17), com as vítimas da tempestade tropical Freddy, em Moçambique e no Malawi, que resultou em várias mortes, deslocados e na destruição de importantes infra-estruturas.

Em mensagens separadas, dirigidas aos homólogos de Moçambique, Filipe Nyusi, e do Malawi, Lazarus Chakwera, o Chefe de Estado angolano informa que acompanha com preocupação os últimos acontecimentos decorrentes da passagem da tempestade tropical Freddy.

Na missiva ao Presidente Filipe Nyusi, João Lourenço refere-se ao facto de a tempestade ter causado, em Moçambique, a morte de dezenas de cidadãos.

Noutra carta, ao Presidente Lazarus Chakwera, o Chefe de Estado angolano sublinha a morte de centenas de cidadãos na República do Malawi que “deixou igualmente milhares de deslocados”.

“Partilho (…) a dor dos familiares das vítimas deste trágico acontecimento”, lê-se na missiva em que o Estadista angolano expressou “sentidas condolências” às famílias enlutadas.

Freddy é uma das tempestades mais fortes já registadas no hemisfério sul.

Atingiu o centro de Moçambique no sábado, causando inundações generalizadas, antes de se mover para o interior em direcção ao Malawi com chuvas torrenciais que causaram deslizamentos de terra.

O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, regressou esta sexta-feira, a Luanda, após uma visita oficial de 4 dias ao Japão, no âmbito do reforço das relações de cooperação entre os dois países.

Em Tóquio, onde esteve acompanhado da Primeira Dama, Ana Dias Lourenço,  o Estadista angolano participou de um Fórum de Negócios Angola-Japão que teve como objectivo informar aos empresários japoneses sobre as oportunidades e facilidades para investirem em Angola.

No capítulo político diplomático manteve encontros informais com o Imperador do Japão Naruito e o Primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, com os quais abordou assuntos de interesse comum e de âmbito internacional.

Ainda em Tóquio, onde encabeçou uma delegação integrada por membros do seu Executivo, João Lourenço manteve contactos com empresários de vários sectores da economia japonesa .

Testemunhou a assinatura de memorandos de entendimento entre Angola e Japão com realce para os sectores da saúde, energias e Águas .

Depois de Tóquio deslocou-se as cidades de Nagoya e Kyoto, onde desenvolveu actividades de carácter protocolar e cultural e visitou empreendimentos sócio económico do país asiático

Cooperação Angola e Japão 

Angola e Japão pretendem incrementar a cooperação nos domínios político, económico e cultural, sobretudo no processo de industrialização e superação de desafios nas áreas da agricultura e do desenvolvimento dos agro-negócios, petróleo e mineração.   

A cooperação bilateral começou em 1988 como Ajuda de Emergência, por via da UNICEF.  

Depois do fim da guerra em 2002, o Japão passou a realizar assistências nas áreas de desminagem, reinserção social de ex-soldados e reintegração de refugiados. No âmbito da reconstrução nacional de Angola, o Japão tem estado a realizar a  assistência, no quadro de organizações internacionais, em segmentos como ajuda alimentar, bem como assistência aos agricultores e à pobreza.  

O apoio do Japão se estende à assistência ao repatriamento de refugiados, instalações de abastecimento de água, construção de escolas primárias, rede de comunicação e portos.  

No sector da saúde, desde 1996, o Japão doou 40 milhões dólares para a reabilitação e equipamento do Hospital Josina Machel, que é um dos hospitais de referência do país. No âmbito da cooperação económica, nos últimos anos estão a ser utilizados conhecimentos e experiências do Japão, nas áreas de desenvolvimento de cultivo de arroz e de formação profissional. 

Localizado no Extremo Oriente e conhecido como Terra do Sol Nascente, o Japão é um arquipélago formado pelas ilhas de  Kyushu, Honishu, Honshi Shikoku e Hokkaido. País insular no Oceano Pacífico, tem cidades densas, palácios imperiais, parques nacionais montanhosos e milhares de santuários e templos.

Nagoya , Japão - O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, destacou, esta terça-feira, 14, em Nagoya (Japão), os acordos rubricados com a multinacional japonesa Toyota Tsusho Corporation, para a consolidação da presença da companhia em Angola.

Trata-se de acordos rubricados entre a multinacional com os ministérios angolanos da Saúde e da Energia e Águas, na presença do Presidente da República.

Em breves declarações, no final do acto, João Lourenço afirmou que, a partir da assinatura, as responsabilidades da Toyota Tsusho aumentam, no interesse de ambas as partes e de Angola, em particular.

Disse que a parceria entre a Toyota Tsusho Corporation e o Governo angolano tem sido bastante proveitosa, daí a necessidade de tudo fazer para que conheça melhores dias.

Os três memorandos rubricados, prosseguiu o Presidente, vêm acrescer a presença da Toyota em Angola, além da comercialização de veículos, a realização de um importante projecto na província do Namibe.

Trata-se de um projecto que prevê a reabilitação do Terminal Minerio do Saco-Mar, nessa província, e a expansão do terminal de contentores do Porto do Namibe.

Quanto ao acordo ligado ao Ministério da Energia e Águas, tem como foco a construção de sistemas de captação de águas subterrâneas, com recurso à energia solar, para mitigar os efeitos da seca no Sul de Angola.

Já o memorando sobre saúde tem a ver com a doação de um veículo frigorífico para o transporte de vacinas.

O terceiro acordo prevê a criação de instalações de fornecimento de energia renovável e sistemas de abastecimento de água na Zona Franca da Barra do Dande, província do Bengo.

Na visita ao Japão, o Chefe de Estado angolano está acompanhado pela Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço, por membros do Executivo e do seu gabinente.