Luanda –
O Presidente da República, João Lourenço, inaugurou, esta quarta-feira (29), a
5ª edição da Expo-Indústria/2023, evento que vai decorrer de 29 de Março a 1 de
Abril, na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo.
O evento
conta com a participação de mais de 230 empresas, cifra superior à edição
anterior, realizada em 2019, altura em que a exposição registou um interregno
de três anos, devido à pandemia da Covid-19.
A 5ª
edição da Expo-Indústria/2023 vai juntar, entre vários sectores, a
indústria de transformação, engenharia e construção civil, bem como indústria
alimentar e o agronegócio.
A
participação na feira tem um valor mínimo de 320 mil kwanzas para um
"stand" de nove metros quadrados, criando um desconto de 20% para as
empresas que não sejam de Luanda.
O
objectivo do evento é fazer com que as indústrias incrementem o emprego e a
melhoria das condições de vida das populações e alavancar novas parcerias e
negócios.
Indústria
transformadora regista crescimento do PIB real
Ao
discursar na cerimónia antes do corte simbólico da fita inaugural do pavilhão
da exposição, o Presidente da República, João Lourenço afirmou que
taxa de
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real para a indústria transformadora
angolana registou, no período 2018 a 2022, um acumulado de 7.7 por cento com
maior destaque para último ano.
De
acordo com o Chefe de Estado angolano, o valor representa um crescimento na
ordem de seis por cento, superando a projecção prevista no Orçamento Geral
Estado (OGE) para o ano de 2022.
Na
exposição que acontece na Zona Económica Especial (ZEE), no município luandense
de Viana, João Lourenço afirmou que no mesmo período foram aprovados e
implementados mais de 200 novos empreendimentos.
Trata-se
de empreendimentos de grande impacto no domínio da indústria transformadora,
distribuídos pelas 18 províncias do país, em diversos subsectores de
actividades.
Segundo
o Titular do Poder Executivo, a acção resultou em mais dez mil postos de trabalho,
com maior destaque para o sector da alimentação, tendo realçado ser uma aposta
do Executivo no aumento da produção industrial, para assegurar a
auto-suficiência em bens essenciais de consumo.
O
Presidente da República considerou fundamental continuar a estimular e a
impulsionar o aumento da produção nacional para reduzir os preços, as
importações e aumentar as exportações.
Com
isso, disse, o país estará em condições de fazer face à competitividade
decorrente da adesão, por Angola, aos protocolos da Zona de Livre Comércio da
SADC, Continental Africana e da Zona de Comércio Livre Tripartida.
Na sua
intervenção, João Lourenço apelou ao esforço organizado, sistemático e
persistente para atrair o investimento privado nacional e estrangeiro, a fim de
colocar o país na rota da industrialização estabelecido pela SADC.
Para o
Estadista angolano, esta tarefa não é fácil, na medida em que a concorrência
entre países para atrair investimento directo estrangeiro é bastante
forte.
É
notório, prosseguiu, o esforço que o país vem realizando nos últimos anos no
aumento e melhoria nas infra-estruturas de apoio à indústria e economia no seu
todo.
Melhoria
na oferta de energia eléctrica
Perante
expositores e empresários, o Presidente João Lourenço notou ter havido, nos
últimos anos, um aumento considerável da oferta de energia eléctrica de fontes
de produção hidroeléctrica e fotovoltaica.
Disse
que o referido aumento reduziu, consequentemente, a produção de energia
eléctrica a partir de fontes térmicas (poluentes) e que encarecem o produto
(energia) vendido aos consumidores domésticos e empresariais.
No
quadro da melhoria do fornecimento da energia eléctrica, o Presidente João
Lourenço sublinhou o facto de o Executivo estar a apostar na construção de
linhas de transportes.
Na
ocasião, o Chefe de Estado disse tratar-se de energia produzida na bacia do
Baixo Kwanza, em Kapanda, Laúca, Cambambe e no Ciclo Combinado do Soyo, esta
última na província do Zaire.
“Todas
elas já interligadas, através da Rede Nacional de Transporte, para levar essa
capacidade disponível para o Leste, Sudeste e Sul do país”, informou o
Presidente da República.
Adiantou
que uma das ideias do projecto é ligar a rede nacional às províncias da Lunda
Sul, Lunda Norte, do Moxico, Cuando Cubango, da Huíla, do Cunene e do
Namibe.
Cerca de
230 empresas participam na V edição da Expo-Indústria/2023. A indústria
de transformação, engenharia e construção civil, bem como indústria alimentar e
o agronegócio são alguns dos sectores presentes na amostra que conta com
expositores nacionais e estrangeiros.
A
Expo-Indústria é a maior montra da indústria em Angola e visa estimular o
investimento na indústria nacional, no âmbito da estratégia de diversificação
da economia, substituição das importações, aumento das exportações, redução do
desemprego e da pobreza.