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- 29 Dec 2022
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DEFESA PRIORIZA DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA MILIT...
Luanda - O ministro da Defesa Nacional e Veteranos da
Pátria, João Ernesto dos Santos "Liberdade", apontou, nesta
quarta-feira (28), em Luanda, a mobilização de recursos financeiros para continuar
a desenvolver a indústria militar, com vista a aumentar os níveis de produção,
como uma das prioridades para 2023.
Numa mensagem de fim-de-ano, o governante disse que no
ano prestes a iniciar pretende também intensificar a formação contínua dos
militares, para propiciar a profissionalização das armas e serviços,
expandir a médio e curto prazo programas de mordenização de armamento, técnica
e equipamento de alta qualidade.
Fazem ainda parte das prioridades, a construção e
requalificação de Infraestruturas de aquartelamento, ensino, de asseguramento
multifacetico, de acordo com as características de cada região militar,
potenciando assim os batalhões de engenharia e construção militar.
Igualmente, no próximo ano, vai ser dado seguimento a
produção de fardamento e calçados, para garantir a auto-suficiência desta
produção para as Forças Armadas.
Relativamente ao ano prestes a terminar, o ministro da
Defesa elencou alguns avanços como por exemplo o processo de reestruturação e
redimensionamento em curso no sector, com a produção de importantes iniciativas
legislativas reguladoras da sua actividade.
Nesta ordem de ideia, prosseguiu, realça estarem em
fase de aprovação, nos órgãos afins, a Lei de Base da Organização da
Defesa Nacional, da Organização e do Funcionamento das Forças Armadas
Angolanas, do Regime de Protecção Especial dos Antigos Combatentes e Veteranos
da Pátria e do Serviço Militar.
Quanto ao domínio do sistema de Ensino Militar, o
processo foi revisto as exigências actuais, potenciando a formação militar
interna,
contrariamente da exterior, tendo no período 2017-2022
sido formados 15 mil e 66 militares no país, contra mil e 49 fora do
território nacional.
No que diz respeito a produção de uniformes e calçados,
numa primeira fase foram produzidos 75 mil fardas de campanha, contra os 22 mil
previstos inicialmente, bem como foram confeccionadas 11 mil pares de botas e
dispõe em stock matéria prima para produzir 400 mil fardas e 60 mil botas.
Quanto as Infraestrutura, o ministro disse que estão a
requalificar a Base Naval do Soyo, a construção dos Centros Regionais de
Vigilância Marítima do Lobito, do Namibe e a edificação do Centro de
Coordenação e Vigilância Marítima de Luanda, bem como a requalificação do
Hospital Militar Central.
Informou estarem também em curso, acções tendentes a
alocação de verbas para a construção do novo Hospital Militar Principal de
Luanda, na zona do Grafanil e de três regionais nas províncias de Cabinda,
Moxico e Huambo.
No que diz respeito aos antigos combatentes, João
Ernesto dos Santos explicou que procedeu-se o recadastramento de 77 mil e 519
assistidos, destes mil e 124 beneficiaram de habitações em diferentes
províncias.
Ressaltou ainda estarem inseridos no sistema de
pagamento de pensões, 80 mil e 457 pensionistas, dos quais 46 mil 128
reformados, 64 por invalidez e 34 mil 265 por sobrevivência.
Estiveram presentes no cumprimento de fim-de-ano,
os secretários da Defesa Nacional e Veterano da Pátria, o chefe do Estado Maior
das Forças Armadas, directores nacionais, entre outros.
- 27 Dec 2022
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CHEFE DO ESTADO-MAIOR GENERAL DAS FAA DESTACA MELH...
Luanda - O Chefe do Estado-Maior General das Forças
Armadas Angolanas (FAA), General de Exército, Egídio de Sousa Santos
(Disciplina), destacou a aposta na melhoria das condições de vida das tropas e
de trabalho na garantia do cumprimento da missão.
Falando na cerimónia por ocasião do fim de ano, o
General reafirmou algumas metas para 2023, entre as quais a melhoria das
condições de aquartelamento e o asseguramento técnico-material, reestruturação
e equipamento sobretudo na força aérea nacional e marinha de Guerra. O responsável
militar destacou ainda o empenho na diplomacia militar na contribuição da
resolução pacífica dos conflitos armados em alguns pontos da região dos grandes
lagos. Referiu que em
2022 as Forças Armadas Angolanas cumpriram a missão de garantir a defesa da
Pátria e os superiores interesses da Nação.
Realçou que a
nível das sub-regiões, em que Angola está inserida, ficou o registo do apoio
prestado pelas Forças Armadas Angolanas em alguns países no reforço da
cooperação regional e internacional para garantir a segurança da região. Quanto à
formação de quadros, destacou os cursos nas escolas, nos institutos e nas
academias militares do país e do exterior, alguns dos quais terminados com
êxito. No seu
discurso, agradeceu a contribuição dos que, com coragem, firmeza, dedicação e
elevado profissionalismo, cumpriram, cabalmente, as obrigações, dignificando a
farda que envergam e o juramento prestado perante a bandeira nacional.
As Forças Armadas Angolanas representam o símbolo
de unidade nacional e foram criadas a 9 de Outubro de 1991. A
institucionalização das FAA consubstancia a materialização do preceituado nos
Acordos de Bicesse (Portugal), rubricados em 1991, entre o Governo angolano e a
UNITA, ao abrigo do qual foram fundidas as ex-Forças Armadas Populares de
Libertação de Angola (FAPLA), exército governamental, e as extintas Forças
Armadas de Libertação de Angola (FALA), então braço militar da UNITA. As FAA
encarnam, na essência, os valores mais elevados do patriotismo e da cidadania.
A natureza humana faz dela uma autorizada representação nacional, na medida em
que incorpora o diversificado mosaico étnico-racial, cultural e de tradições
das heróicas lutas de resistência, defesa da Independência e da soberania do
país.
- 27 Dec 2022
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POLÍCIA REGISTA 21 MORTES NAS ÚLTIMAS 24 HORAS
Luanda – A Polícia
Nacional (PN) registou, nas últimas 24 horas, a ocorrência de 21 mortes, no
país.
Segundo o porta-voz
da Operação Natal Seguro, Comissário Orlando Bernardo, que falava à imprensa no
quadro do balanço da situação de segurança pública do natal, foram registados
10 homicídios, oito mortes por acidentes de viação, um por presumível
afogamento (em cacimba) e dois suicídios por enforcamento.
Falando em conferência de
imprensa, o também director de Segurança Pública e Operações, acrescentou que a
corporação realizou sete mil trezentos e vinte e oito (7.328) patrulhamentos,
sendo 652 auto, dois mil e cento e sete (2.107) apeados, 497 motorizados,
552 de baixa visibilidade.
Os dados indicam uma
cobertura de cento e quarenta e um (141) focos delituosos, cento e setenta e
seis (176) barreiras polícias nas estradas, duas mil e novecentos e vinte
(2.920) interpelações de viaturas, motociclos e transeuntes, sete (7)
cumprimentos de mandados de detenção a marginais determinados.
Orlando Bernardo explicou
que fizeram ainda o asseguramento a 461 igrejas, 391 paragens
de táxi, 263 locais de convívio, 13 espectáculos musicais, 238
unidades hospitalares, 311 a instituições bancárias e arredores e a
45 praias.
Das acções realizadas,
foi possível deter 299 cidadãos por crimes comuns, sendo 39 em
flagrante delito, 44 por mandados de detenção, 56 em sequências
investigativas, 12 citadinos estrangeiros em situação migratória irregular
e 148 por violação da fronteira.
No mesmo âmbito,
desmantelaram-se quatro grupos de marginais, nas províncias do Zaire (2),
Luanda e Cuando Cubango (1) cada, bem como apreenderam 11 armas de fogo em
Luanda (04), Cuanza Norte (06) e Huambo (01).
De igual modo, foram
apreendidas cinco viaturas por infracções ao Código de Estrada, das quais três
no Cunene, uma no Bié e Cuanza Norte, e 103 motociclos nas províncias
do Cuanza Norte (35), Bié (27), Zaire (21), Cabinda (6), Lunda Norte (6),
Cuando Cubango (4), Moxico (3) e Huambo (1).
No período de 24 a 25 de
Dezembro do ano em curso foram empregues 22 mil e 882 efectivos engajados no
patrulhamento ostensivo e asseguramentos de actividades religiosas e festivas.
Apesar dos números,
Orlando Bernardo disse que a situação de segurança pública no país é estável,
na medida em que as forças de defesa e segurança garantiram a celebração da
Ceia de Natal num clima de paz e harmonia social.
- 27 Dec 2022
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RETROSPECTIVA 2022: QUINTAS ELEIÇÕES GERAIS MARCAM...
Luanda –
A realização das Eleições Gerais de 2022 marcou a vida política angolana no ano
em curso, num pleito que culminou com a vitória do MPLA e a consequente
reeleição do candidato João Lourenço a Presidente da República.
O
pleito, que decorreu a 24 de Agosto, teve a participação de oito forças
políticas. Catorze milhões e 399 mil cidadãos foram registados. Do referido
número, 22 mil e 560 angolanos residentes no estrangeiro tiveram a
possibilidade de votar, pela primeira vez. fora de Angola.
A
participação de angolanos na diáspora ocorreu em 25 cidades de 12 países de
África, Europa e América. No quadro do processo estiveram disponíveis, no
geral, 13 mil e 238 Assembleias de Voto.
O MPLA
venceu o pleito com 51,17 por cento dos votos (124 deputados). Seguiu-se a
UNITA com 43,95 (90 deputados), PRS 1,14 por cento os (2 deputados), FNLA 1,06
por cento (2 deputados), PHA 1,02 por cento (2 deputados).
Sem
nenhum deputado, ficaram a CASA-CE I0,76 por cento), APN (0,48 por cento) e
P-JANGO (0,42 por cento).
Investidura
do Presidente reeleito
A
cerimónia de investidura do Presidente reeleito, João Lourenço, decorreu a 15
de Setembro, na Praça da República, em Luanda, perante 12 chefes de Estado e
dezenas de representantes de outros.
O
Presidente reeleito fez o juramento à Nação: "Eu, João Manuel Gonçalves
Lourenço, ao tomar posse do cargo de Presidente da República, juro, por minha
honra, desempenhar com dedicação as funções de que sou investido", afirmou
Lourenço, repetindo as palavras da juíza-presidente do Tribunal Constitucional,
Laurinda Cardoso, a primeira mulher a realizar essa cerimónia.
Depois
do juramento, João Lourenço assinou o termo de posse, tendo logo de seguida, a
vice-Presidente Esperança Costa dado os mesmos passos.
Cooperação
multilateral
No
quadro da parceria multilateral, o Presidente João Lourenço participou, de 13 a
15 de Dezembro, na Cimeira Estados Unidos- África, que juntou vários líderes
africanos. em Washington.
O evento
visou encontrar novos horizontes na cooperação entre os EUA e o continente
africano, em diversos domínios.
A
cimeira terminou com a realização de um encontro de alto nível, que juntou à
mesma mesa o Presidente Joe Biden e os homólogos africanos, entre eles o Chefe
de Estado João Lourenço.
A
reunião foi o ponto mais alto da Cimeira EUA-África, que teve como foco, entre
outros, os valores compartilhados para promover um novo engajamento económico
dos Estados Unidos em África e reforçar o seu compromisso no continente.
Trata-se
do compromisso em relação à democracia e aos direitos humanos, mitigação do
impacto da Covid-19 e futuras pandemias, bem como no fortalecimento da saúde
regional e global.
No
quadro da diplomacia económica, o Presidente da República, João Lourenço,
deslocou-se, em Novembro, à capital norueguesa, Oslo, para o reforço das
relações económicas com o país europeu.
A
primeira visita oficial de um Chefe de Estado de Angola à Noruega teve um
pendor fortemente económico, ao mesmo tempo que incluiu encontros com o
Rei Harald V e com o primeiro-ministro, Jonas Gahr Store.
Desempenho
da diplomacia
Quanto
ao desempenho da diplomacia angolana, durante 2022, destaque recaiu para a
estratégia de pacificação na Região dos Grandes Lagos, com particular
incidência para a mediação da tensão político e militar no Leste da República
Democrática do Congo (RDC), fronteira com o Rwanda.
A
estratégia culminou com o anúncio do fim das hostilidades e ataques armados
pelo grupo M23 contra as Forças Armadas da RDC e a Missão das Nações Unidas
(Monuusco).
Entre os
grandes marcos da diplomacia angolana, no ano prestes a findar, está a
realização, em Luanda, da 10ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da
Organização dos Estados da África Caraíba e Pacífico (OEACP).
No
quadro dessa cimeira, Angola assumiu a presidência rotativa da organização, por
um período de três anos.
Durante
o ano, o Presidente João Lourenço recebeu o título de “Campeão da Paz”,
atribuído pela União Africana (UA).
A
distinção foi concedida pelo empenho e dedicação na resolução de conflitos em
África, sobretudo na Região dos Grandes Lagos e da Comunidade Económica dos
Estados da África Central (CEEAC).
Assembleia
Nacional
A
actividade da Assembleia Nacional ficou marcada pela aprovação da Proposta de
Lei da Amnistia, de iniciativa legislativa do Titular do Poder Executivo.
Com a
aprovação deste Diploma, foram amnistiados todos os crimes comuns, com penas de
prisão até oito anos, cometidos por cidadãos nacionais ou estrangeiros, no
período entre 12 de Novembro de 2015 e 11 de Novembro de 2022.
Foram
ainda amnistiados os crimes militares, puníveis com penas de prisão até oito
anos, com a excepção dos dolosos, cometidos com violência que tenha resultado
em morte.
Já os
agentes dos crimes não abrangidos pela Lei em apreço e que tenham sido
condenados por decisão transitada em julgado tiveram as suas penas perdoadas em
¼ do total.
A Lei
exclui, entre outros, os crimes dolosos cometidos com violência, branqueamento
de capitais, corrupção e peculato, tráfico de pessoas e de armas e auxílio à
imigração ilegal.
O
Diploma, que se enquadra nas celebrações do 47º aniversário da Independência
Nacional, leva em conta que este acto comemorativo se reflicta na ordem social
estabelecida, sem exclusão dos cidadãos privados de liberdade, concedendo-lhes
novas oportunidades políticas, sociais e de reintegração social e familiar.
Orçamento
Geral do Estado
A
proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE-2023), com despesas e receitas
avaliadas em 20,1 biliões de kwanzas, foi entregue pelo Executivo à Assembleia
Nacional, com a previsão de ser votado a 15 de Fevereiro de 2023.
Este
ano, a título excepcional, devido à realização das últimas eleições, conforme
estabelece a Lei n.º 24/12, de 22 de Agosto, o Titular do Poder Executivo
eleito remete à Assembleia Nacional a proposta final do OGE, relativa ao
exercício subsequente, até ao dia 15 de Dezembro.
Pela
primeira vez na sua história, o Parlamento angolano tem à frente dos seus
destinos uma mulher: a deputada do MPLA Carolina Cerqueira, que se tornou na
primeira mulher a exercer o cargo desde a independência, em 1975.
A
mensagem sobre o Estado da Nação, proferida pelo Presidente da República, João
Lourenço, marcou o início da 1ª Sessão Legislativa da V Legislatura, que se
prevê de inúmeros desafios e conquistas, principalmente na questão da conclusão
do Pacote Legislativo Autárquico, em apreciação no Parlamento.
Morte de
José Eduardo dos Santos
O ano de
2022 também ficou marcado pela morte do antigo Presidente angolano, José
Eduardo dos Santos, aos 79 anos.
O ex-
Chefe de Estado morreu a 8 de Julho, em Barcelona (Espanha), onde estava
internado desde 23 de Junho.
Na
sequência da morte de José Eduardo dos Santos, o Presidente João Lourenço
decretou sete dias de luto nacional.