DEFESA PRIORIZA DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA MILITAR EM 2023
Luanda - O ministro da Defesa Nacional e Veteranos da
Pátria, João Ernesto dos Santos "Liberdade", apontou, nesta
quarta-feira (28), em Luanda, a mobilização de recursos financeiros para continuar
a desenvolver a indústria militar, com vista a aumentar os níveis de produção,
como uma das prioridades para 2023.
Numa mensagem de fim-de-ano, o governante disse que no
ano prestes a iniciar pretende também intensificar a formação contínua dos
militares, para propiciar a profissionalização das armas e serviços,
expandir a médio e curto prazo programas de mordenização de armamento, técnica
e equipamento de alta qualidade.
Fazem ainda parte das prioridades, a construção e
requalificação de Infraestruturas de aquartelamento, ensino, de asseguramento
multifacetico, de acordo com as características de cada região militar,
potenciando assim os batalhões de engenharia e construção militar.
Igualmente, no próximo ano, vai ser dado seguimento a
produção de fardamento e calçados, para garantir a auto-suficiência desta
produção para as Forças Armadas.
Relativamente ao ano prestes a terminar, o ministro da
Defesa elencou alguns avanços como por exemplo o processo de reestruturação e
redimensionamento em curso no sector, com a produção de importantes iniciativas
legislativas reguladoras da sua actividade.
Nesta ordem de ideia, prosseguiu, realça estarem em
fase de aprovação, nos órgãos afins, a Lei de Base da Organização da
Defesa Nacional, da Organização e do Funcionamento das Forças Armadas
Angolanas, do Regime de Protecção Especial dos Antigos Combatentes e Veteranos
da Pátria e do Serviço Militar.
Quanto ao domínio do sistema de Ensino Militar, o
processo foi revisto as exigências actuais, potenciando a formação militar
interna,
contrariamente da exterior, tendo no período 2017-2022
sido formados 15 mil e 66 militares no país, contra mil e 49 fora do
território nacional.
No que diz respeito a produção de uniformes e calçados,
numa primeira fase foram produzidos 75 mil fardas de campanha, contra os 22 mil
previstos inicialmente, bem como foram confeccionadas 11 mil pares de botas e
dispõe em stock matéria prima para produzir 400 mil fardas e 60 mil botas.
Quanto as Infraestrutura, o ministro disse que estão a
requalificar a Base Naval do Soyo, a construção dos Centros Regionais de
Vigilância Marítima do Lobito, do Namibe e a edificação do Centro de
Coordenação e Vigilância Marítima de Luanda, bem como a requalificação do
Hospital Militar Central.
Informou estarem também em curso, acções tendentes a
alocação de verbas para a construção do novo Hospital Militar Principal de
Luanda, na zona do Grafanil e de três regionais nas províncias de Cabinda,
Moxico e Huambo.
No que diz respeito aos antigos combatentes, João
Ernesto dos Santos explicou que procedeu-se o recadastramento de 77 mil e 519
assistidos, destes mil e 124 beneficiaram de habitações em diferentes
províncias.
Ressaltou ainda estarem inseridos no sistema de
pagamento de pensões, 80 mil e 457 pensionistas, dos quais 46 mil 128
reformados, 64 por invalidez e 34 mil 265 por sobrevivência.
Estiveram presentes no cumprimento de fim-de-ano,
os secretários da Defesa Nacional e Veterano da Pátria, o chefe do Estado Maior
das Forças Armadas, directores nacionais, entre outros.