Luanda - O Presidente da República,  João Lourenço, regressou a Luanda, no início da noite deste sábado, dia 1 de Julho, proveniente de Libreville (Gabão), cidade onde participou, conjuntamente com outros Chefes de Estado na XXIII Cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC).

No aeroporto "4 de Fevereiro", em Luanda, o Chefe de Estado angolano recebeu cumprimentos de boas-vindas da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, e de membros do Executivo. 

A reunião de Chefes de Estado e de Governo da CEEAC passou em revista questões de segurança e de paz nessa região e aspectos relacionados com a natureza económica da organização.  

O encontro de alto nível ficou marcado pelas intervenções do Presidente anfitrião, Ali Bongo Ondimba, do presidente da  Comissão Económica dos Estados da África Central (CEEAC), o angolano Gilberto Veríssimo, e do presidente da Comissão da União Africana,  Moussa Faki Mahamat. 

A CEEAC tem, entre os seus propósitos, a implementação de uma política comum, visando eliminar impostos alfandegários entre os Estados-membros, estimular o livre movimento de pessoas e bens e serviços, fazer avançar o desenvolvimento industrial no seu seio, entre outras aspirações. 

Integram a organização regional Angola Burundi, Camarões, Tchad, Gabão, Guiné Equatorial, República Centro-Africana, República do Congo, República Democrática do Congo, Rwanda e São Tomé e Príncipe.

Libreville - A Cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) reconheceu, este sábado, dia  1 de Julho , em Libreville, Gabão, o papel do Presidente  angolano, João Lourenço na prevenção e resolução de conflitos no contente.

O reconhecimento foi referido pelo  ministro angolano das Relações Exteriores, Téte António, no final da Reunião de Cúpula da CEEAC, que decorreu em Libreville, no Gabão, com a participação do Chefe de Estado angolano. 

Téte António observou que a prevenção e resolução de conflitos no contente é fundamental para a uma verdadeira integração regional. 

Segundo o chefe da diplomacia angolana, a Cimeira da CEEAC reconheceu os esforços que vêm sendo desenvolvidos pelo Presidente João Lourenço na prevenção e pacificação de conflitos no contente, em coordenação com comunidades regionais. 

Força em Estado de Alerta 

A Cimeira decidiu apoiar o desdobramento da Força em Estado de Alerta das brigadas regionais, com a organização de uma manobra militar marítima a realizar-se em 2025. 

A propósito, o ministro Téte António observou que Angola, o Gabão e o Congo, países com mais capacidades em termos de Marinha de Guerra, terão a responsabilidade de fazer com que essa manobra marítimas venha ter os resultados que se esperam. 

Conforme o ministro Téte António, as reformas em curso na CEEAC estão a produzir os efeitos que se esperavam, para quem o organismo voltou a ter voz entre as comunidades económicas regionais funcionais. 

Notou que a CEEAC voltou a ser um interlocutor obrigatório para quem quer tratar de assuntos da África Central e está no bom caminho. 

No âmbito das questões concernentes com a organização, sustentou que os mecanismos de defesa e prevenção de conflitos  da região têm conhecido vários progressos. 

A Cimeira reconheceu também a dinâmica da diplomacia angolana para apoiar o desdobramento da força da África do Leste, no Sudão, bem como a situação na RCA e o levantamento do embargo de armas naquele país. 

Em relação ao financiamento da organização, o ministro disse que ficou decidido que a forma de contribuição irá prevalecer para fazer com que a organização tenha, cada vez mais, uma saúde financeira. 

O evento passou ainda em revista a questão das candidaturas internacionais e, neste momento, para a região Central há a candidatura dos Camarões para presidente da Assembleia Geral, que compete com a da África do Sul (região Austral). 

Segundo o ministro das Relações Exteriores, esse assunto sobre o apoio das candidaturas será decidido ao nível da União Africana (UA). 

Comité de Sábios da CEEAC 

A Cimeira aprovou a composição do Comité dos Sábios da CEEAC, com a inclusão do embaixador itinerante Dombele Mbala Bernardo, em representação da República de Angola. 

Dombele Bernardo foi representante da missão diplomática de Angola no Gabão de 1982 a 2000.  

A ex-presidente da RCA Samba Panza e Madame Kalala, da República Democrática do Congo (RDC) constam também das personalidades deste Comité, composto por sete membros.

Luanda – Cerca de 70 Oficiais Generais e Almirantes licenciados à reforma foram homenageados sexta-feira, dia 30, em Luanda, em cerimónia orientada pelo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), General de Aviação Altino dos Santos.

O acto, ocorrido no Comando do Exército cingiu-se na leitura da ordem do Comandante-em-Chefe das FAA sobre a passagem do serviço militar activo à reforma e na entrega de certificados de mérito e medalhas aos Oficiais, em reconhecimento do seu contributo nas Forças Armadas e na Pátria, em geral. 

Ao intervir no acto, o General Altino dos Santos começou por manifestar sentimento de gratidão e ressaltou o papel determinante daqueles que, “como filhos da Pátria, desempenharam no cumprimento de missões complexas, algumas das quais de alto risco, em prol da defesa da independência nacional, da soberania, da paz e da integridade territorial”. 

Reiterou que as FAA continuarão a contar com o contributo destes noutras frentes, sobretudo nas academias e institutos militares, para transmitirem às novas gerações, entre outras matérias, as tradições combativas, as histórias das batalhas travadas em Angola, as lições sobre virtudes e valores militares. 

“Devereis, na sociedade civil, continuar a transmitir exemplos de coragem e resiliência face às dificuldades que o país ainda atravessa, pois foi precisamente nesta trajectória de vários constrangimentos que fostes capazes de alcançar importantes vitórias nos campos de batalha, que permitiram conquistar e preservar a independência, consolidar a paz e o processo de reconciliação nacional, premissas indispensáveis para o alavancar do movimento socio-económico sustentável do país”, disse. 

Segundo o Chefe do Estado-Maior General das FAA, o facto de os Oficiais Generais e Almirantes estarem no fim da carreira militar não deve significar o seu abandono ou esquecimento por parte da instituição que serviram de forma exemplar ao longo de muitas décadas. 

Já o Almirante Lando Vipé, a quem coube a leitura da mensagem dos Oficiais agora reformados, afirmou ser com satisfação e sentimento de dever cumprido que o grupo deixa as Forças Armadas, pois fez parte de uma geração muito comprometida com os valores da Pátria. 

Ressaltou que servir a Nação ao longo dos anos com coragem, determinação, afinco e cerrada disciplina foi e continuará a ser o maior orgulho desta geração. 

Manifestou a disponibilidade de o grupo continuar a dar o seu contributo para o engrandecimento do país ali onde for necessário. 

Constam entre outros reformados, António dos Santos “Patónio”, antigo Juiz Presidente do Tribunal Militar, Mateus Miguel Ângelo “Vietname”, ex-chefe do Estado Maior do Exército, Hugo dos Passos, antigo chefe de Direcção Principal de Quadros, e João Miguel Martinho, ex-director da Polícia Judiciária Militar (PJM). 

Cinco outros mereceram distinção a título póstumo, com realce para o General Jorge Barros Nguto, falecido por doença

Luanda - O Chefe do Estado-Maior-General (CEMG) das FAA, General de Aviação Altino dos Santos, apelou para a necessidade de a corporação continuar firme na preservação da estabilidade nacional e apoiar os esforços diplomáticos do Executivo angolano na busca da paz e segurança na sub-região africana, no continente e no mundo.

O dirigente militar que falava durante uma homenagem a Oficiais Generais e Almirantes reformados, fez uma alusão ao cenário que nos tempos actuais configura o campo da geopolítica internacional e sublinhou a importância de todos estarem atentos a essa realidade. 

“Devemos estar todos atentos, na perspectiva de, como actores da nossa própria história, continuarmos firmes na preservação da estabilidade nacional e apoiar os esforços diplomáticos do Executivo angolano na busca da paz e segurança", disse. 

Na sua intervenção, o General Altino dos Santos sublinhou o facto de a negociação e a solução pacífica dos diferendos serem plataformas viáveis para afastar cenários de guerra, não apenas na sub-região, mas também no continente africano e no mundo. 

O Chefe do Estado-Maior-General das FAA orientou esta sexta-feira, dia 30, no Comando do Exército, em Luanda, a cerimónia de homenagem a cerca 70 Oficiais-Generais e Almirantes licenciados à reforma, num acto centrado, entre outros, na entrega de certificados de mérito e medalhas aos Oficiais, em reconhecimento do seu contributo nas Forças Armadas e na Pátria, em geral.