Luanda -
A fase Zonal A da quinta edição do Exercício Naval Grand African Nemo,
coordenada por Angola, inicia esta quinta-feira, dia 12 de Outubro, na área portuária de
Banana, na República Democrática do Congo (RDC).
No
evento, a decorrer até ao dia 14 deste mês, as unidades navais da zona, que
integra ainda a República do Congo, desenvolverão os temas “Pirataria Marítima,
“Tráfico de Drogas” e “Pesca Ilegal não Declarada e não Regulamentada”,
envolvendo, além da área portuária de Banana, as zonas marítimas de Cabinda
(Angola), palco das operações de sexta-feira (13), e Ponta Negra (Congo), onde
culminarão os treinos (dia 14).
Ao
falar, esta quarta-feira, em conferência de imprensa, na Base Naval da Marinha
de Guerra Angolana (MGA), em Luanda, o Capitão-de-mar-e-guerra e porta-voz do
exercício, Sebastião Gregório, explicou que tem por finalidade preparar as
forças navais dos países do Golfo da Guiné nas acções de combate aos ilícitos
no mar e seus conexos, garantindo a segurança marítima e o comércio nessa
região, em particular, e no mundo.
Fez
saber que, na Zona A, as Unidades Navais interagem com o Navio de Patrulha
Amazona, da República Federativa do Brasil, com a região congolesa de Ponta
Negra albergar o Centro Regional de Segurança Marítima da África Central
(CRESMAC).
A
delegação angolana integra 65 efectivos da Marinha de Guerra e 145 no total,
entre membros da Força Aérea Nacional, Polícia Nacional, Serviço de Migração
Estrangeiro (SME), Serviço de Investigação Criminal (SIC), Tropas de Guarda Fronteira,
Polícia Fiscal Aduaneira e representantes do grupo Operativo Multi-Sectorial
para Vigilância e Fiscalização Marítima.
Antes,
explicou, realizou-se (de 4 a 11 do corrente) a fase nacional do exercício
Grand African Nemo, ou seja, a sua primeira etapa, na qual 18 países da região
realizaram treinamento a nível dos respectivos territórios marítimos.
Neste
período, Angola desenvolveu os temas “Poluição Marítima”, na área de Luanda,
“Imigração Ilegal”, no Ambiz, província do Bengo, e “Tráfico de Armas”, no Soyo
(Zaire).
Já na
segunda fase, a iniciar esta quinta-feira, as Marinhas e Guardas Costeiras
desses 18 Estados da Região do Golfo estarão divididos por zonas, até 19 deste
mês, numa acção mais abrangente que envolverá, aproximadamente, mil e 350 militares,
450 civis, 26 navios e quatro aeronaves.
Participam
do exercício, São Tomé e Príncipe, Camarões e Gabão (Zona D), Togo, Benin e
Nigéria (Zona E), Serra Leoa, Libéria, Cote d’Ivoire e Ghana (Zona F), Cabo
Verde, Senegal, Gâmbia, Guiné-Bissau e República da Guiné (Zona G) e Angola,
República do Congo e RD Congo (Zona A).
Segundo
o porta-voz, os treinos contam com seis parceiros do Atlântico Norte e Sul,
nomeadamente os Estados Unidos da América, a Inglaterra, França, Itália,
Espanha e o Brasil.
O Grand
African Nemo é um exercício anual consubstanciado ao código de conduta de
Yaoundé (Camarões) dirigido às forças navais dos países do Golfo da Guiné,
tendo em conta a segurança marítima e o comércio na região e não só.