Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, regressou hoje, domingo, dia 28 de Maio , a Luanda, depois de ter cumprido uma visita de Estado de dois dias à Itália.

À chegada, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, o Chefe de Estado recebeu cumprimentos de boas-vindas da Presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, e de membros do Executivo.

A visita do Estadista angolano na capital italiana, Roma ,  foi marcada por momentos de notável cordialidade e um sinal nítido da vontade de se alargar a cooperação bilateral, que soma já mais de 47 anos de percurso entre os dois países .

 Além de vários instrumentos jurídicos de cooperação assinados, a primeira visita de Estado do Presidente angolano à Itália ficou marcada igualmente pela condecoração que mereceu João Lourenço com a Ordem do Mérito da República Italiana.

Angola é o terceiro parceiro comercial da África subsahariana da Itália, depois da África do Sul e da Nigéria. 

O Governo italiano considera Angola um país prioritário para a sua estratégia de cooperação na África Subsahariana desde 1989. 

Os dois países formalizaram as relações diplomáticas e de cooperação a 4 de Junho de 1976 e no dia 3 Agosto de 1977 assinaram o Acordo de Cooperação Técnica,  bem como o Memorando de Intenções através do qual foi criada a Comissão Mista. 

Angola e Itália assinaram o primeiro instrumento jurídico, denominado Acordo relativo aos Transportes Aéreos, a 10 de Abril de 1976. 

Menongue - Os adidos militares do Brasil, Portugal, Itália, Congo, Zimbabwé e África do Sul, acreditados em Angola, enalteceram o grau de execução de novos equipamentos sociais em Menongue, no âmbito da implementação do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) e outras de cooperação internacional.   

Em declarações à imprensa, o presidente da Associação dos Adidos Militares Acreditados em Angola, coronel brasileiro Helton Andrade, afirmou que foi possível aferir a grande atenção que o governo tem dado à população local, com a construção de infra-estruturas sociais para evitar que se desloque para outras localidades do país.

"Consideramos que as Forças Armadas Angolanas (FAA), através do Comando da 5 Divisão da Região Militar Sul, tem participado no processo de desminagem, por meio de equipa da engenharia militar, permitindo que as famílias camponesas apostem na agricultura e o governo execute acções sociais", ressaltou.

De acordo com o oficial, através da cooperação entre o Brasil e Angola, se pode trocar experiências na transposição de rios, na época seca, como o que está a ocorrer no Cunene, cuja empresa é a SinoHidro, chinesa, para acudir a calamidade natural, com vista ao fomento da agricultura.

Os adidos, que terminaram esta sexta-feira, a sua visita de dois dias ao Cuando Cubango, mantiveram um encontro de cortesia com o administrador municipal de Menongue, José Ernesto da Silva, que informou aos membros da delegação da execução em curso de 11 projectos do PIIM, dos 12 aprovados, um dos quais já concluído, concretamente do centro médico na Comuna do Caiundo.

Igualmente da execução, neste ano económico, de oito eixos de projectos sociais, dos 10 inicialmente aprovados, no âmbito da melhoria das condições sociais básicas para a população do município, estimada em 404 mil 104 habitantes.

O administrador considerou a visita dos adidos produtiva, porquanto foi possível esclarecer os processos em cursos para a melhoria da vida das populações, desde as camponesas, através de apoios em inputs agrícolas, criação de iniciativas aos jovens para o empreendedorismo, bem como da desminagem para a agricultura, sendo que nesta última área os adidos manifestaram interesse para a troca de experiências.  

Os adidos militares, acompanhados pelo administrador de Menongue, constataram as obras em curso da centralidade do Tucuve, com 14 edifícios para 112 apartamentos com lojas e serviços sociais, numa primeira fase, cujas obras, a cargo da empresa nacional Grinner, podem terminaram no primeiro semestre de 2024.

A comitiva dos adidos inteiraram-se do estado do funcionamento do Comando da 5 Divisão das Forças Armadas Angolanas, onde receberam, do segundo comandante brigadeiro Lucas Francisco, da prontidão combativa das tropas, do seu engajamento no processo de desminagem e na sua participação em tarefas sociais estatais, com destaque para a transportação de bens diversos para o interior da província, em casos de calamidades naturais.

A circulação de pessoas e bens através dos Caminhos de Ferro de Moçâmedes, ligando Menongue/Natália(Huíla) a Namibe, com seis comboios semanais para a transportação de 1.200 passageiros, a de mercadorias diversas, mereceu a constatação “in loco” dos adidos, a par do centro de larvicultura do Missombo. 

Cuito Cuanavale – O papel desempenhado pelo Presidente da República, João Lourenço, na contínua estabilização da Região da África Austral, foi reconhecido recentemente no Cuando Cubango, pelos membros da Associação dos Adidos Militares acreditados em Angola. 

Trata-se de adidos militares dos países como Brasil, Portugal, África do Sul, Zimbabwe e Congo Brazaville, que visitaram o Memorial à Vitória da Batalha do Cuito Cuanavale, os três tanques sul-africanos deixados no terreno durante a guerra e o Triângulo do Tumpo, zona do grande palco do teatro militar.

O presidente da Associação dos Adidos Militares em Angola, coronel do Exército brasileiro Helton Fernandes de Andrade, reconheceu que Angola é um país que oferece, actualmente, muitas oportunidades de investimento estratégico em África, para além da estabilidade política que oferece a nível da Região da África Austral.

Helton Andrade destacou os esforços do Presidente da República, João Lourenço, na diversificação da economia de Angola, numa altura em que o produto do petróleo tem estado a prosperar no mercado mundial.

Enalteceu e encorajou o Governo angolano a continuar a apostar na diplomacia democrática, na questão da resolução dos conflitos em África. 

Ressaltou ainda a estratégia do PR na busca pelo diálogo dos líderes africanos, tendo exemplificado a busca incessante da estabilização política no Congo Democrático, um modelo que deve ser seguido na pacificação que se pretende no mundo.

Na ocasião, o oficial do Exército brasileiro considerou importante a homenagem aos valorosos combatentes do Cuito Cuanavale, pela sua entrega à libertação da África Austral, uma dimensão histórica que tem que ser preservada, o que deve ser orgulho dos angolanos.

Por seu turno, o administrador do Cuito Cuanavale, Daniel Bimbi Alfredo, considerou oportuna a visita dos adidos militares àquela municipalidade, porquanto dará lugar à projecção da sua imagem para investimentos nacionais e estrangeiros, que são necessários para alavancar o desenvolvimento da histórica circunscrição.

Consta da agenda dos adidos militares uma visita à Fazenda Industrial do Longa, que está na sua fase crucial de primeiras colheitas e produção do arroz, bem como à centralidade de Tucuve, o centro de Larvicultura do Missombo, caminhos de Ferro de Moçâmedes. 

De referir que a Batalha do Cuito Cuanavale, cujo seu desfecho teve lugar a 23 de Março de 1988, permitiu a independência nacional da Namíbia, em 1990,  a liberação do então presidente da África do Sul, Nelson Mandela, a abolição do regime do Apartheid,  daí ser comemorado (dia 23 de Março) desde 2017 como Dia da África Austral.

O Cuito Cuanavale, que dista a 189 quilómetros a leste da cidade de Menongue, capital do Cuando Cubango, tem três comunas, designadamente Longa Baixo, Longa e Lupiri, com uma população estimada em mais de 40 mil 829 habitantes.

Cooperação bilateral com garantias de alargamento

Roma, Italia  - A visita do Presidente da República, João Lourenço, a Italia, terminou  quinta-feira, 25 de Maio,  depois de momentos de notável cordialidade e um sinal nítido da vontade de se alargar a cooperação bilateral, que soma já mais de 47 anos de percurso.

 Além de vários instrumentos jurídicos de cooperação assinados, a primeira visita de Estado de um Presidente angolano à Itália fica marcada pela condecoração que mereceu João Lourenço com a Ordem do Mérito da República Italiana.

No quadro da visita, que decorreu quarta-feira e quinta-feira, os dois Estados assinaram vários acordos de cooperação, com destaque para os domínios dos petróleos, transportes, finanças e saúde. 

O  acordo rubricado entre a companhia italiana Eni e a angolana Sonangol, formalizado na presença do Chefe de Estado angolano, João Lourenço, e da Primeira-Ministra italiana, Giorgia Meloni. 

Já no Parlamento italiano, João Lourenço reuniu-se com o líder do Senado, Ignacio La Russa, e com o presidente daquele órgão de soberania, Lorenzo Fontana. 

Ainda na quarta-feira, o Presidente João Lourenço homenageou, em Roma, o Soldado Desconhecido com a deposição de uma coroa de flores no monumento conhecido como "Altar da Pátria". 

Na noite de quarta-feira, o Titular do Poder Executivo foi condecodo, pelo Presidente Sergio Mattarella, com  a Ordem do Mérito da República Italiana. 

Na mesma ocasião, o Estadista angolano outorgou a Ordem Agostinho Neto ao homólogo Sergio Mattarella, bem como à Primeira-Dama, Laura Mattarella. 

No último dia da visita, o Chefe de Estado angolano, participou no Fórum Económico Itália-Angola, organizado pela associação empresarial Confindustria Assafrica em colaboração com a Agência de Investimento Privado e Promoção das  Exportações (AIPEX). 

No encontro, o Presidente da República encorajou os empresários italianos a investirem em diferentes ramos da economia angolana e a sua participação em projectos de investimento público. 

Ainda na quinta-feira, o Chefe de Estado angolano visitou a Câmara Municipal de Roma e o  Centro Tecnológico da ENI. 

Trata-se de um centro avançado de ciência e conhecimento que conta com mais de mil investigadores, alguns deles angolanos. 

Cooperação mais dinâmica e diversificada 

Angola é o terceiro parceiro comercial da África subsahariana da Itália, depois da África do Sul e da Nigéria. 

O Governo italiano considera Angola um país prioritário para a sua estratégia de cooperação na África Subsahariana desde 1989. 

Os dois países formalizaram as relações diplomáticas e de cooperação a 4 de Junho de 1976 e no dia 3 Agosto de 1977 assinaram o Acordo de Cooperação Técnica,  bem como o Memorando de Intenções através do qual foi criada a Comissão Mista. 

Angola e Itália assinaram o primeiro instrumento jurídico, denominado Acordo relativo aos Transportes Aéreos, a 10 de Abril de 1976.