Luanda - O ministro angolano da Defesa Nacional,
Antigos Combate e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos, declarou hoje,
terça-feira, dia 30 de Maio, que Angola está em paz efetiva e irreversível,
tendo como desafios o aprofundamento da democracia e o desenvolvimento
económico e social do país.
Na abertura da XXII reunião de ministros da Defesa da
Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o ministro adiantou que em
Angola vive-se um ambiente de perfeita reconciliação e de reconstrução das suas
principais infra-estruturas.
Afirmou que o país tem criado condições necessária para
atrair investimento estrangeiro que possam contribuir para o desenvolvimento em
todos os sectores da sociedade.
Apontou como exemplo os investimentos no sector
energético, como as barragens hidroeléctricas de Laúca, que representa uma
aposta em energias limpas, e a de Caculo-Cabaça, por concluir em 2026, que será
a maior do país e a terceira em África, atrás da Nigéria e o Egipto.
Cooperação militar na CPLP
O ministro da Defesa, Antigos Combatentes e Veteranos
da Pátria enalteceu a cooperação progressiva e mutuamente vantajosa com os
ministérios homólogos que contribui para a coesão na actuação e na consolidação
do projecto de comunidade.
Referiu que a fundação da CPLP a 17 de Julho de 1996 e
a dinamização da cooperação militar traduziu-se em oportunidade para a troca de
experiências diversas, mediante adestramento e formação militar nas distintas
áreas castrenses, que servem as forças armadas com brio, determinação e elevado
sentido de missão e de Estado.
Reportou a contribuição angolana no apoio à reforma do
sector militar na Guiné-Bissau (MISSANG) e à Moçambique, quando foi assolada
pelo ciclone IDAI e na pacificação da província de Cabo Delgado.
Asseverou que as questões de defesa visam promover a
paz e a segurança mundiais e devem servir de estandarte do presente e do
futuro.
Manifestou-se lisonjeado com a condecoração com o
“prémio Aparecido de Oliveira da CPLP”, atribuído ao Presidente da República e
Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA) em reconhecimento à sua
contribuição na projecção da comunidade, com destaque para a promoção do acordo
de mobilidade.
Acrescentou, entre as contribuições do estadista
angolano, a criação de novos objectivos gerais da CPLP de cooperação económica
e a integração dos princípios da representatividade e igualdade de género nos
estatutos da organização.
Testemunharam a cerimónia de abertura da reunião de
ministros da Defesa da Comunidade os embaixadores dos países membros.
São membros da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa – CPLP, criada em Julho de 1996, Angola, Brasil, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste.