Notícias
- 18 Aug 2023
- Comentarios
CIMEIRA DA SADC EM LUANDA
PASSAGEM
DE TESTEMUNHO
Luanda -
O Chefe de Estado angolano , João Lourenço, recebeu quinta-feira, em Luanda, os
instrumentos simbólicos do poder, gesto que simbolizou a passagem da
Presidência rotativa da SADC da República Democrática do Congo para a República
de Angola.
Deste
modo, o Presidente João Lourenço dirigirá nos próximos doze meses os destinos
da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
É a
terceira vez que Angola se torna Presidente pro tempore da organização
regional, fundada no ano de 1990.
- 18 Aug 2023
- Comentarios
SADC APROVA LEMA PARA MANDATO DE ANGOLA
Luanda -
A 43ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento
da África Austral (SADC) aprovou, quinta-feira, dia 17, o lema do mandato de
Angola para os próximos 12 meses “Capital humano e financeiro: os principais
factores da industrialização sustentável na região”.
Segundo
o comunicado de imprensa, do conclave que elegeu Angola para presidente da
organização, por um ano, o lema escolhido visa apoiar a industrialização
regional no contexto das alterações climáticas e da Quarta Revolução
Industrial.
A
reunião de Chefes de Estado e de Governo de países da região deu também aval ao
plano director regional do Gás para 2023-2038, com investimento em
infra-estruturas, para facilitar o aproveitamento coordenado dos recursos
naturais da SADC.
Os
Estadistas notaram os progressos alcançados na operacionalização do Centro de
Operações de Emergência Humanitária da SADC (SHOC) e exortaram os
Estados-Membros a acelerar os processos nacionais de assinatura e ratificação
do Memorando do Acordo, para vigorar o mais tardar até Outubro de 2023.
A
Cimeira aprovou a Declaração da SADC sobre a aceleração da acção para acabar
com a SIDA, como ameaça à saúde pública na Região da SADC até 2030.
Os
Chefes de Estado e de Governo se comprometem a proporcionar uma liderança forte
e a trabalhar em parceria com as comunidades locais e internacional para manter
o combate ao VIH e SIDA.
O
comunicado final reporta a assinatura do Protocolo da SADC sobre Emprego e
Trabalho que, entre outras matérias, define um quadro estratégico de cooperação
regional sobre o emprego e questões relacionadas com o trabalho, a fim de
viabilizar a concretização do trabalho digno para todos.
O
conclave manifestou o seu apreço pelos progressos alcançados e pelo compromisso
assumido pelo Governo do Lesotho na finalização do processo de reformas.
A
Cimeira prorrogou a Missão da SADC em Moçambique (SAMIM) por um período de 12
meses com vista a alcançar a paz e a segurança na província de Cabo Delgado, no
norte daquele país lusófono do Oceano Índico.
O fórum
homenageou o Tenente-General Seretse Khama Ian Khama, primeiro Presidente da
República do Botswana e um dos fundadores da SADC, pelo seu legado e
contribuição à região.
De igual
modo, renovou apoio ao destacamento da Missão da SADC na RDC (SAMIDRC) para
restaurar a paz e a segurança no leste daquele país.
Enalteceu
a realização, em Luanda, da Cimeira Quadripartida de blocos económicos
africanos pela necessidade de reforçar a coordenação e a harmonização das
iniciativas de paz no leste da RDC.
O
encontro reuniu a Comunidades da África Oriental (CAO), a Comunidade Económica
dos Estados da África Central (CEEAC), a Conferência Internacional sobre a
Região dos Grandes Lagos (CIRGL), a SADC, as Nações Unidas (ONU) e a Comissão
da União Africana (CUA).
Por
outro lado, a reunião de Cúpula da SADC felicitou o estadista angolano por
liderar os processos de paz e reconciliação no continente.
Encorajou
os processos de consolidação da democracia mediante eleições marcadas para este
ano no Zimbabwe, no Reino de Eswatini, Madagáscar e na RDC, assim como na
África do Sul e no Botswana, em 2024.
Debruçou-se
ainda sobre o grau de implementação do Plano Estratégico Indicativo de
Desenvolvimento Regional da SADC 2020-2030, nomeadamente, a situação
socioeconómica da região.
Avaliou
também o desempenho económico regional, o desenvolvimento de infra-estruturas,
a industrialização, a situação da segurança alimentar e nutricional regional, o
género e o desenvolvimento, a situação da saúde e a gestão do risco de
desastres na região.
A par da
eleição do Estadista João Lourenço para o cargo de Presidente da SADC, o fórum
elegeu o homólogo zimbabweano, Emmerson Mnangagwa, para próximo líder da
comunidade.
O Chefe
de Estado da Zâmbia, Hakainde Hichilema, foi eleito Presidente do Órgão de
Cooperação nas Áreas da Política, da Defesa e da Segurança, e a homóloga, Samia
Suluhu Hassan, da Tanzânia, como a próxima responsável do órgão. Foi manifestado
apoio às candidaturas dos Estados-Membros a cargos relevantes em organizações
continentais e internacionais.
O
encontro aprovou também a nomeação de Judith Kateera, do Zimbabwe, para o cargo
de nova Secretária Executiva Adjunta da SADC para os Assuntos Institucionais,
em substituição de Joseph Nourrice, das Seychelles, que termina o mandato em
Outubro próximo.
Participaram
na Cimeira o Rei Eswatini, Mswati III, os Presidentes de Angola, João Lourenço,
do Botswana, Mokgweetsi Masisi, da RDC, Félix Tshisekedi, do Malawi, Lazarus
Chakwera, de Moçambique, Filipe Nyusi, e da Namíbia, Hage Geingob.
Estiveram
também os Chefes de Estado da África do Sul, Cyril Ramaphosa, da Zâmbia,
Hakainde Hichilema, e do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, e o primeiro-ministro do
Reino do Lesotho, Samuel Matekane.
Os
vice-presidentes das Seychelles, Ahmed Afif, e da Tanzânia, Phillip Mpango, o
ministro de Desenvolvimento Industrial, das Pequenas e Médias Empresas (PME) e
das Cooperativas da Maurícias, Soomilduth Bholah, e o antigo primeiro-ministro
e conselheiro do Presidente das Comores para as questões diplomáticas, Hamada
Madi, representaram o seus Estados na Cimeira.
- 18 Aug 2023
- Comentarios
INDUSTRIALIZAÇÃO DA SADC PASSA POR MAIOR OFERTA DE...
Luanda -
O Presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral
(SADC), João Lourenço, comprometeu-se quinta-feira, em Luanda, em mobilizar
recursos para investir em infra-estruturas, estradas, caminhos-de-ferro, portos
e aeroportos, com investimentos nos sectores da água e energia.
Segundo
João Lourenço, que assumiu a Presidência rotativa desta organização
inter-governamental, estes dois bens (água e energia) são fundamentais para se
falar da industrialização na região da SADC.
Para o
Presidente, uma das apostas da região está ligada ao capital humano, para se
assegurar maior desempenho, nos próximos anos, com “bastante seriedade” na
industrialização da região e do continente.
Falando
em conferência de imprensa, no final da 43ª Cimeira de Chefes de Estado e de
Governo da SADC, João Lourenço afirmou que só se pode falar em indústria nas
localidades onde há garantia de água e de energia.
Por
isso, o Presidente em exercício da SADC defendeu a necessidade de alguns países
se dedicarem no aumento da produção e partilharem este bem
essencial com os demais membros da organização.
“Quem
tiver energia por excesso deve pôr à disposição de outros países da
região que dela necessite”, defendeu o Chefe de Estado angolano, reiterando que
a aposta está feita e resta trabalhar para se procurar materializar as decisões
que a Cimeira tomou.
Questionado
sobre o legado a deixar ao cumprir a presidência da SADC, João Lourenço referiu
que será dedicar-se no cumprimento das decisões tomadas pela Cimeira de Luanda,
em todos os domínios, com destaque para o desenvolvimento económico e social,
bem como a defesa e segurança dos países da organização.
“Felizmente,
salvo situações no Leste da RDC e Cabo Delgado, em Moçambique, de uma forma
geral a situação da nossa região pode ser considerada estável”, afirmou.
Angola
cumpre os acordos
Sobre a
integração regional de Angola, João Lourenço referiu que o país subscreveu
todos o acordos da região que têm a ver com a integração regional.
Segundo
o Presidente, o país procurará respeitar, o máximo possível, o seu
cumprimento, tendo consciência de que Angola só saíra a ganhar se
efectivamente esta integração acontecer.
“É algo
que não depende apenas de um país, visto de forma isolada, no entanto, todos
temos o mesmo interesse e, se assinámos é porque sim, temos esse
interesse e lutar para se conseguir este grande objectivo da integração
regional”, apontou, sustentando que todos saem a ganhar e acredita
"absolutamente que todos os Estados-membros da organização sairão a ganhar
quando a integração regional efectivamente acontecer”.
Desta
feita, defende que cada Estado- membro contribua para o alcance deste objectivo
da integração regional.
A SADC é
composta por Angola, Botswana, Comores, República Democrática do Congo,
Eswatini, Lesotho, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia,
Seychelles, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.
A mesma
é uma organização inter-governamental, criada em 1992 e dedicada à
cooperação e integração sócio-económica, bem como à cooperação em matérias de
política e segurança.
- 18 Aug 2023
- Comentarios
PR APOSTA NO CAPITAL HUMANO DA SADC
Luanda -
O Presidente da República, João Lourenço, apontou, quinta-feira, a aposta no
capital humano como um dos principais pilares do desenvolvimento económico e
social da SADC.
No seu
discurso de aceitação da Presidência Rotativa da SADC, João Lourenço adiantou
que o principal desafio estará centrado na formação e capacitação
técnico-profissional da juventude, com vista à obtenção de competências que
facilitem o acesso ao emprego, com o intitulo de se enfrentar os desafios da 4ª
Revolução Industrial e da digitalização das economias da região.
Conforme
João Lourenço, há necessidade de se apostar na diversificação das fontes de
financiamento para a realização de projectos e programas a nível dos
Estados-membros e no âmbito regional, com vista a se reduzir o nível de
dependência da sempre prestável e assinalável solidariedade dos parceiros de
cooperação internacional.
“Prestaremos
atenção particular à necessidade da operacionalização do Fundo de
Desenvolvimento Regional (FDR) e de outros mecanismos de atracção de
investimentos existentes”, disse.
João
Lourenço apelou os Estados-membros no sentido de acelerar a aprovação e
ractificação do Acordo sobre a Operacionalização do Fundo de Desenvolvimento
Regional da SADC, uma ferramenta primordial para a captação de recursos
financeiros essenciais à prossecução do ambicioso programa de Industrialização
Regional e, consequentemente, ao cumprimento da Agenda de Integração Regional
da SADC.
Para
além da aposta no capital humano, disse, para haver industrialização dos nossos
países e, consequentemente, da região da África Austral, é necessário apostar
na electrificação, no aumento da produção de energia e partilha através da
interligação dos sistemas de redes de transmissão.
“Mas
precisamos também de ampliar e interligar as nossas redes devias rodoviárias e
ferroviárias, de garantir maior ligação marítima e aérea entre nossos países,
para haver um maior fluxo de trocas comerciais e circulação de pessoas e bens,
para haver uma real integração regional”, frisou o estadista angolano.
Angola,
adiantou, está a realizar um grande esforço na recuperação e construção de
infra-estruturas como o Corredor do Lobito, que facilitará a interligação e a
circulação de pessoas e bens entre o oceano Atlântico e o Oceano Índico, bem
como a colocação dos produtos de exportação nos mercados internacionais em
condições mais vantajosas.
João
Lourenço destacou que se está a investir seriamente no aumento da produção de
energia de fontes não poluentes e nas redes de transmissão.
“No
domínio das telecomunicações, Angola investiu num cabo de fibra óptica que já
nos liga à República Democrática do Congo e à Zâmbia, com a perspectiva de
expansão para toda a região da SADC e Estados da África do Leste”, disse.
O
satélite angolano de comunicações (ANGOSAT II), frisou, está em condições de
prestar serviços aos países da nossa região.
O Chefe
de Estado angolano apontou ainda a construção da refinaria de petróleo do
Lobito que abre a perspectiva de uma maior oferta de produtos refinados para a
região, através de um pipeline que a vai ligar à República vizinha da Zâmbia.
“É
também importante destacar aqui alguns dos principais desafios à segurança na
região, como é o caso da situação prevalecente no Leste da República
Democrática do Congo, onde, como é do vosso conhecimento, temos desenvolvido
esforços conjugados entre a CIRGL, a CEEAC, a SADC e a União Africana, para a
resolução do intrincado conflito nesta região do país irmão”, asseverou João
Lourenço.
A nível
da SADC, destacou a aprovação do envio do destacamento de uma força regional no
quadro da Força em Estado de Alerta da SADC, como resposta regional aos
esforços visando restaurar a paz e a segurança no território da República
Democrática do Congo.
“Apesar
dos progressos alcançados, prevalece ainda o desafio do combate ao terrorismo e
ao extremismo violento na província moçambicana do Cabo Delgado, onde, para a
sua resolução, a SADC tem desenvolvido acções dignas de realce e com resultados
encorajadores”, disse.
João
Lourenço a extensão da Missão da SADC em Moçambique por mais 12 meses, visando
a continuação das acções de combate ao extremismo violento e ao terrorismo
nesse país, permitindo assim que se consolide a estabilidade e se criem
condições para o reassentamento das populações.
“A par
das questões referidas e tendo em conta o processo de consolidação das
democracias na região, a SADC irá registar, durante o nosso mandato, eleições
na República Democrática do Congo, em ESwatini, no Madagáscar e no Zimbábue”,
disse.
A SADC,
adiantou João Lourenço, acompanhará os processos eleitorais nestes países, para
que se garanta a realização de eleições pacíficas, livres e justas, em harmonia
com os princípios e orientações que regem a realização de eleições na região.
“A
região deve permanecer unida na firme vontade de garantir um ambiente de paz,
segurança e estabilidade como factores fundamentais para propiciar níveis
importantes de desenvolvimento económico e social na Comunidade e aprofundar o
processo de Integração Regional. Consideramos fundamental que a governação na
nossa região seja cada vez mais participativa e inclusiva e que contribua para
a promoção de uma cultura de paz e de respeito pelos princípios democráticos”,
defendeu.
O
estadista angolano avançou que, apesar do ambiente internacional extremamente
desafiante em face das consequências da pandemia da Covid-19 e dos nefastos
efeitos do conflito no Leste da Europa, a região tem apresentado sinais de
resiliência e respostas concretas visando a mitigação dos efeitos adversos,
sobretudo no que diz respeito ao aumento dos preços dos produtos alimentares,
com destaque para os cereais, que têm impactado negativamente na segurança
alimentar.
“Mais do
que os desafios, a nossa região deve explorar as oportunidades decorrentes
deste ambiente extremamente desfavorável ao crescimento económico e social,
apostando em iniciativas e políticas que visem reforçar a produção agrícola,
para o alcance da autossuficiência alimentar”, aclarou.
Expressou
a convicção de que, com empenho, solidariedade e entre ajuda, Angola terá
uma presidência com resultados satisfatórios em função dos objectivos e metas
definidas, deixando uma carteira de realizações necessárias à aceleração do
processo de industrialização da região, assumindo sempre o capital humano e
económico como pontos de partida para a operacionalização do lema da cimeira.
Com sede
em Gaborone (Botswana), um dos dos grandes objectivos da SADC é tornar a região
industrializada até 2063, tal como consta na Estratégia e Roteiro da
organização, aprovada pelos Chefes de Estado e de Governo, em Abril de 2015,
para o período 2015-2063.
Criada em Agosto de 1992, a SADC é integrada por Angola, África do Sul Botswana, Comores, República Democrática do Congo (RDC), Eswatini, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.