Luanda - O líder do MPLA, João Lourenço, assegurou,
esta segunda-feira, a criação de mais postos de trabalho para a juventude e
facultar, cada vez mais, o empreendedorismo.
Na declaração que proferiu na sede do MPLA, na presença
dos seus principais colaboradores, João Lourenço aclarou que a confiança
depositada no MPLA acarreta a enorme responsabilidade de promover o diálogo e a
concertação social com os diferentes parceiros da sociedade civil.
Presidente de todos angolanos
João Lourenço prometeu ser o Presidente de todos os
angolanos, assinalando o compromisso de trabalhar continuamente para que Angola
seja uma grande economia, uma grande democracia e uma sociedade onde todos
angolanos tenham as mesmas oportunidades de desenvolver os seus talentos e
capacidades.
"Ouvimos e interpretamos correctamente os anseios
do povo e da juventude, a quem apresentaremos uma atenção particular, expressou
o Presidente reeleito para o mandato de 2022-2027.
João Lourenço observou que, com mais este voto de
confiança que os angolanos deram ao MPLA, "é o momento de continuarmos a
executar um conjunto de investimentos e de reformas necessárias para tornar
Angola num país mais próspero, desenvolvido e mais inovador, dando a todos os
angolanos o futuro que aspiram e merecem.
"Vamos unirmo-nos num novo espírito de patriotismo
e de responsabilidade onde cada um de nós dará o seu contributo por uma
sociedade mais justa", exprimiu.
Notou que a vitória constituiu uma aposta dos angolanos
no programa do MPLA, focado na diversificação da economia, criação de emprego,
formação de quadros, reforço do sistema de ensino, modernização da
administração pública, descentralização do Estado, alargamento dos serviços de
saúde e do saneamento básico.
Para si, a vitória do MPLA nesse pleito significa
"um Executivo que assume os seus compromissos com coragem e com
responsabilidade, que não tem medo de romper com os poderes instalados e fazer
as mudanças necessárias".
A esse respeito, assegurou que o Executivo não
desistirá de lutar por mais transparência eficiência das instituições do Estado
e não vai baixar os braços perante as dificuldades, "procurando sempre
assegurar mais desenvolvimento e progresso para Angola e para os angolanos.
Maioria absoluta assegura governar com estabilidade
João Lourenço, que esteve ladeado da futura
Vice-Presidente da República, Esperança Costa, esclareceu que a vitória
alcançada pelo seu partido (maioria absoluta) dá garantias de governar com
estabilidade.
Assegurou que a vontade soberana do povo angolano,
através dos eleitores que exerceram o seu direito nas urnas, acaba de conferir
ao MPLA a legitimidade de governar o país em toda a sua extensão territorial no
mandato 2022-2027.
Lembrou que, tratando-se de eleições gerais, esse
mandato, que é do povo soberano, confere ao MPLA o direito e a obrigação
constitucional de o seu candidato ser investido nas vestes de Presidente da
República de Angola, formar o Executivo nomeando os ministros, secretários de
Estado, os governadores das 18 províncias e os administradores municipais.
Satisfação pelos resultados
Na conferência de imprensa, o líder do MPLA
manifestou-se satisfeito pelos resultados obtidos nas eleições de 24 de Agosto,
não obstante o seu partido ter perdido votos em Luanda, a principal praça
eleitoral do país.
"Estou satisfeito com o resultado que os eleitores
angolanos quiseram conferir ao MPLA e ao seu candidato a Presidente da
República. Portanto, nós respeitamos a vontade do povo", vincou.
Segundo o líder do MPLA, o que esteve em jogo nessas
eleições não foram as eleições provinciais, municipais e muito menos as
autárquicas.
"O que esteve em disputa era o lugar de Presidente
da República e dos deputados no parlamento. Conseguimos 124 assentos, o que nos
garante uma maioria absoluta, suficiente para governar com estabilidade".
Agradeceu a confiança que os angolanos depositaram no
MPLA e no seu candidato, "para continuarem a trabalhar no desenvolvimento
económico e social do país e no bem-estar dos angolanos".
Pleito exemplar
O Presidente João Lourenço agradeceu, também, a todos
os angolanos que participaram nestas eleições, de forma exemplar e os que
asseguraram o funcionamento das mesas de voto em todo território nacional
"e tornaram possível essa festa da democracia".
O reconhecimento foi extensivo à CNE que
assegurou a realização do pleito eleitoral, bem como aos observadores
internacionais que acompanharam a votação e testemunharam a realização dessas
eleições.
Liberdade de imprensa João Lourenço reconheceu, na
ocasião, que a imprensa nacional e estrangeira teve a total liberdade de movimentos
e de acesso à informação nas eleições gerais de 24 de Agosto.
"Por toda essas razões, o nível de organização, a
presença massiva de observadores e a livre cobertura pela mídia. A comunidade
internacional reconhece essas eleições como tendo sido livres, justas e
transparentes", disse João Lourenço, considerando uma vitória de Angola e
dos angolanos.
Resultados definitivos
Os resultados definitivos das quintas eleições gerais,
de 24 de Agosto, confirmaram a vitória do MPLA e do seu candidato, João Lourenço,
com 51,17 por cento dos votos.
De acordo com o presidente da Comissão Nacional
Eleitoral (CNE), Manuel Pereira da Silva, isso resulta de um total de 3
milhões 209 mil e 429 votos.
Conforme os dados, o MPLA obtém 124 deputados
à Assembleia Nacional (AN).
Os dados definitivos divulgados pela Comissão Nacional
Eleitoral (CNE) atribuem à UNITA 43,95% (2.756.786 votos- 90 deputados) e
ao PRS com 1,14% (71.351 votos - 2 deputados).
Surgem a seguir a FNLA com 1,06% (66.337 votos - 2
deputados) e surpreendentemente o estreante PHA com 1,02% (63.749
votos -2 deputados).
A CASA-CE com 0,76% (47.446 votos) não
conseguiu qualquer deputado, tal como a APN com 0,48% (30,139
votos) e o P-NJANGO com 0,42% dos votos (26.867 votos).
O pleito contou com a participação de oito partidos e 6
milhões 454 mil 109 eleitores, correspondente a 44,82 por cento, dos 14 milhões
399 mil cidadãos inscritos.