Luanda - O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, reafirmou o seu apoio aos esforços de mediação do estadista angolano para a resolução da situação na República Democrática do Congo (RDC).

António Guterres manifestou este apoio numa conversa telefónica com o Presidente da República de Angola, João Lourenço, no último sábado (29).

Durante o contacto, João Lourenço  fez um ponto de situação à volta da situação na RDC. 

Na conversa,  o Estadista angolano pontualizou, igualmente, o SG da ONU sobre as suas últimas diligências com vista a busca de soluções pacíficas para paz, segurança e estabilidade naquela região .

De igual modo, António Guterres exprimiu a urgência de falar também com os presidentes da RDC,  Félix Tshisekedi, e do Rwanda,  Paul Kagame.

A tensão na Região dos Grandes Lagos subiu no início deste ano entre os vizinhos Rwanda e República Democrática do Congo (RDC).

Em Março último deu-se o reinício dos combates entre o exército da RDC e o movimento de 23 de Março (M23), que, de acordo com Kinshasa, é apoiado pelo país vizinho.

O conflito entre a República Democrática do Congo (RDC) e os vizinhos Rwanda e Uganda é antigo.

Angola preside à Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos e tem multiplicado as iniciativas para pacificar a região.

Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, reafirmou, este sábado, a necessidade do fortalecimento das relações bilaterais entre Angola e a Turquia.

Numa mensagem enviada ao seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, por ocasião do 99° aniversário do Dia da República da Turquia, João Lourenço manifesta satisfação pelo nível alto das relações bilaterais nos últimos anos.

Conforme o estadista angolano, continuarão fortalecidas por meio da implementação de projectos no âmbito da cooperação multifacetada e mutuamente frutífera entre os dois países.

Na mesma missiva, João Lourenço destaca que "há um enorme manancial de oportunidades quer em Angola como na Turquia" e a experiência turca "poderá prestar contributos fundamentais ao desenvolvimento de Angola, numa base de reciprocidade em que prevaleçam vantagens mútuas".

As relações diplomáticas entre Angola e a Turquia datam de 1980 e estão suportadas por acordos de cooperação nos sectores das Pescas, Educação, Ciência e Tecnologia, Petróleo e Gás, Indústria e Agricultura.   

A Turquia exporta para Angola trigo, máquinas, electrodomésticos, material hospitalar e de saúde, entre outros. Em sentido inverso há o envio de madeira, sucata ferrosa e alumínio.  

As relações político-diplomáticas foram reforçadas em 2008, com a cooperação bilateral, ano em que foi assinado, em Ankara (Turquia), o Acordo de Cooperação Comercial, Económica e Técnica. 

Além de outros instrumentos, os dois Estados têm assinado um Memorando de Entendimento entre as autoridades aeronáuticas, bem como um Processo Verbal da  Primeira  Sessão da Comissão Conjunta de Comércio, Cooperação Económica e Técnica.

Luanda - O Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN) anunciou, sábado (29), que o ANGOSAT-2 está em órbita e a comunicar perfeitamente com as estações de controlo na Rússia e em Angola.

Após o lançamento, a 13 de Outubro, a partir da estação de Baikonur, Cazaquistão, o satélite percorreu o seu trajecto normal rumo à posição 23E do espaço geoestacionário. O mesmo será baseado na plataforma Eurostar-3000.

A publicação do GGPEN, na sua página no Facebook, surge em resposta a notícias postas a circular nas redes sociais de que o satélite angolano de telecomunicações estaria incomunicável, citando, inclusive, uma suposta fonte do Sputnik News.

O GGPEN afirma que, até ao momento, o satélite está a responder como o esperado.

“Qualquer informação oficial sobre o satélite angolano está a ser divulgada através dos canais de comunicação do GGPEN”, reforça a publicação.

O GGPEN disponibilizou ainda o link https://www.n2yo.com/?s=54033  para quem queira seguir a movimentação, em tempo real, da posição do satélite.

De recordar que na conferência de imprensa realizada em Baikonur, Cazaquistão, no dia 13 de Outubro, foi informado que as chances do satélite apresentar qualquer erro eram muito reduzidas.

"Podemos falar, sem medo de errar, que a probabilidade de alguma coisa falhar é extremamente pequena e estamos satisfeitos com tudo aquilo que foi feito até agora”, disse, na altura, o ministro Mário Oliveira.

Com duas toneladas e uma alta capacidade de transferência de informação, o ANGOSAT-2 percorreu 36 mil quilómetros da superfície terrestre até à órbita geoestacionária.

O ANGOSAT-2 tem uma capacidade de transmissão sete vezes maior que a do  ANGOSAT-1, que tinha 16 retransmissores na Banda C e seis na Banda KU.

Com 15 anos de tempo de vida útil, o ANGOPST-2 tem ainda seis “transponders” na Banda C, 24 na Banda KU e, como novidade, um retransmissor na Banda KA.

Trata-se de um satélite de Alta Taxa de Transmissão (HTS), com peso total de duas toneladas, preparado para disponibilizar 13 gigabytes em cada região iluminada (zonas de alcance do sinal do satélite).

O satélite  vai cobrir o continente africano, com maior ênfase para a região sul, e parte significativa do sul da Europa.

Este satélite começou a ser construído a 28 de Abril de 2018, nas instalações da Airbus, em França, onde foi instalada toda a carga útil do satélite, todos os componentes que estão a permitir o seu funcionamento.

A estrutura foi depois transferida para a fábrica da ISS Reshetnev, na cidade "fechada" de Zheleznogorsk, próximo de Krasnoyarsk, na região da Sibéria, onde foi produzida a carcaça e instalado o mecanismo de arranque. Seguiu-se a transferência para o local de lançamento, na estação aeroespacial de Baikonur, no Cazaquistão, de onde saiu para a órbita espacial.

O ANGOSAT-2 surgiu com a missão de substituir o ANGOSAT-1, o primeiro satélite angolano que foi lançado em órbita a 26 de Dezembro de 2017, mas desde então enfrentou problemas.

A construção é consequência do protocolo complementar entre Angola e a Federação Russa ao contrato de fabricação do ANGOSAT-1, lançado em Dezembro de 2017, mas que depois se perder telemetria no espaço e apresentar problemas após a sua recuperação.

Luanda – A editora Mayamba procedeu, nesta sexta-feira(29), no Museu de História Militar “Fortaleza de São Miguel” o lançamento da obra literária Guerra na África Austral 1976-1988, do Tenente-General Miguel Júnior.

Trata-se de uma obra de investigação sobre as estratégias militares de Angola e África do Sul, no âmbito dos estudos de guerra.

O livro retrata igualmente as directivas dos poderes políticos de cada Estado nacional e a natureza dos desafios políticos, militares e de segurança.

O autor fez ainda uma incursão aos antecedentes políticos e militares dos conflitos  na  África Austral.

Na ocasião, o Tenente-General Miguel Júnior  disse sentir-se lisonjeado e mais motivado em continuar a escrever mais obras, face a moldura humano que apareceu para prestigiar o acto.

O autor disse por outro lado,  que a obra é essencial e fundamental para preservar a memória colectiva  dos cidadãos porque Angola é uma Nação de guerreiros, que ao longo dos tempos tem vindo a lutar para afirmar a sua entidade e construir uma sociedade para o bem bem-estar de todos.

O Tenente-General Miguel Júnior é actualmente  o  Comandante do Instituto Superior Técnico Militar ( ISTM) das Forças Armadas Angolanas .

Fez cursos de Inter-Armas na Academia Militar V.I: Lenine na URSS,  de Comando e Gestão no Instituto Superior Militar de Angola e de Gestão de Manutenção da Paz no Centro Regional do Zimbabwe, e o de Estratégia e Arte Operativa na Escola Superior de Guerra de Angola.