COMPETÊNCIA DO DISCURSO SOBRE ESTADO DA NAÇÃO É ÚNICA E EXCLUSIVA – PR
Luanda –O Presidente da República, João Lourenço,
afirmou, esta segunda-feira, que falar sobre o Estado da Nação é competência
única e exclusiva atribuída pela Constituição ao Chefe de Estado.
Ao intervir na Sessão Solene de Abertura do segundo ano
Legislativo da V Legislatura, referiu que “qualquer tentativa de se fazer
um discurso sobre o Estado da Nação será um mero exercício ilegítimo de usurpação
das competências que a Constituição confere apenas e exclusivamente ao Chefe de
Estado, que é uma entidade secular”.
João Lourenço disse ter apresentado uma Nação “em
permanente dinâmica e transformação, que enfrenta os desafios destes tempos de
incerteza internacional, mas segura e determinada em não abdicar do seu
principal objectivo, que é o de construir uma sociedade de paz, justiça e
progresso social para todos os angolanos”.
Ao longo da sua intervenção, disse ainda que a 15
setembro de 2022, na sequência das eleições gerais que deram legitimidade ao
Presidente da República e aos deputados à Assembleia Nacional, jurou “por minha
honra desempenhar com toda a dedicação às minhas funções, cumprir e fazer
cumprir a Constituição e as Leis, defender a independência, a soberania, a
integridade territorial, a paz e a democracia, bem como a promoção da
estabilidade e progresso social de todos os angolanos".
Este juramento, disse, continua válido e será honrado
até ao último dia do mandato de cinco (5) anos conferidos legitimamente pelos
angolanos.
Por outro referiu que as actuais e futuras gerações têm
o dever de proteger e defender a Pátria, bem como perpectuar o
legado de paz, construindo uma nação reconciliada, pressuposto indispensável
para a Angola de todos.
João Lourenço argumentou que “para uma genuína
reconciliação é necessário a capacidade de usar o perdão mútuo e de homenagear
as muitas vítimas dos vários conflitos.
Argumentou que foi com este espírito que foi criada a
comissão para a implementação do plano de reconciliação em memória das vítimas
dos conflitos políticos (igualmente conhecida por CIVICOP), bem como foi com
este mesmo espírito que o Chefe de Estado angolano, em nome do Estado e
em momento solene, pediu desculpas públicas e perdão às vítimas dos conflitos e
aos angolanos, no geral.