LULA DA SILVA CONDECORADO COM "ORDEM ANTÓNIO AGOSTINHO NETO
Luanda -
O Presidente da República, João Lourenço, condecorou, dia 25, o homólogo
do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, com a "Ordem António Agostinho
Neto", a mais alta distinção do Estado angolano.
A Ordem
Agostinho Neto é constituída por um único grau e é concedida a nacionais e
estrangeiros, em particular aos chefes de Estado e de governo e líderes
políticos.
Na mesma
cerimónia, o Presidente brasileiro condecorou o homólogo João Lourenço com a Ordem
Nacional do Cruzeiro do Sul, um título que homenageia personalidades
notáveis nascidas fora do país.
Na
ocasião, o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, considerou a distinção
especial e agradeceu o gesto em nome do povo e do Governo angolano.
“Recebo
esta distinção com humildade e (…) com grande regozijo” afirmou o Presidente
João Lourenço, que dedicou a condecoração ao povo angolano pela sua dedicação e
sacrifícios consentidos na luta pela liberdade dos povos.
Foram
imensos os sacrifícios que consentimos, prosseguiu o Estadista angolano, para a
afirmação da África do Sul e da Namíbia no concerto das nações como povos
livres e mestres dos seus respectivos destinos.
Por seu
turno, Lula da Silva afirmou ser "muito honroso" em 50 anos de
política e aos 77 de idade receber uma condecoração com o nome de António
Agostinho Neto, “a ordem mais importante de Angola que leva o nome do símbolo
deste país”.
Para o
Estadista brasileiro, Agostinho Neto morreu antes do tempo, tendo em conta o
seu desejo de “construir a Angola que sonhou, durante toda a luta pela
independência.
Lula da
Silva prometeu carregar a medalha "com o compromisso de que quem tem uma
causa não pode parar de lutar", acrescentando que a outorga aumenta a sua
responsabilidade na campanha mundial que tenta assumir contra a desigualdade.
Angola
já condecorou com a Ordem Agostinho Neto, Nelson Mandela, em 1990, Kenneth
Kaunda, Omar Bongo, Aristides Pereira, Denis Sassou-Nguesso, Robert Mu-gabe,
Quett Masire, Joaquim Chissano, Manuel Pinto da Costa e Fidel Castro, todos em
1992.
Também
já mereceram a Ordem Agostinho Neto, o Presidente da República Portuguesa,
Marcelo Rebelo de Sousa (2019), o Rei Felipe VI e a Rainha Consorte Letizia
Ortiz, de Espanha (2023).