GENERAL DESTACA IMPORTÂNCIA DE LEGADO HISTÓRICO DAS FAPLA
Luanda -
O chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar, general João Pereira
Massano, afirmou, segunda-feira, dia 31, que desde o início da luta armada pela
independência de Angola, em Fevereiro de 1961, a história registou muitos
factos de referência, que enaltecem o campo da memória social angolana.
Para o
responsável militar, que falava em entrevista à ANGOP, o processo político em
Angola foi marcado por vários momentos históricos, alguns dos
quais moldaram, de forma indelével, a vida social, politica, económica e
até pessoal dos cidadãos.
Um
destes momentos, de acordo com o general João Massano, foi a fundação das
antigas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), que teve
lugar a 1 de Agosto de 1974, nas chanas do Luiameji, província do Moxico,
considerado um dos maiores Exércitos de África, quer pela sua capacidade
combativa, como de organização.
“O tempo
regista na próxima terça-feira (1 de Agosto) 49 anos desde a proclamação
das FAPLA, pelo antigo Presidente Agostinho Neto, facto histórico que não se
pode apagar, pois ela (História) assume-se por inteiro”, exprimiu.
O
general destacou que o contributo na luta pela conquista da paz, entre os anos
de 1975 e 2002, e a bravura demonstrada pelos homens e mulheres que o
integraram, só foi possível graças à determinação
táctica, disciplina, dedicação e alto sentido de patriotismo.
Por este
motivo considera que, “nos dias de hoje, o legado das FAPLA deve
ser mantido e reflectido na grandiosidade das actuais Forças Armadas
Angolanas (FAA), na sua disciplina, bravura, mas também na formação moral e
política”, salientou o general João Massano, que exaltou o mérito granjeado já
pelos efectivos desta instituição castrense.
Neste
sentido, defendeu ser um dever de todos trabalhar para que os feitos históricos
das FAPLA sejam sempre enaltecidos, por ter sido um exército que moldou ao
longo da sua existência a história de Angola.
Com
isso, o dirigente militar notou que o legado das antigas FAPLA deve ser vincada
na formação cívica, ética e educação patriótica, para que os jovens conheçam a
história do país e contribuam com o seu saber para que Angola continue a
trilhar, de forma segura, os caminhos da paz.
Criação
do exército único
Por
altura do conflito armado em Angola, as extintas FAPLA, forças governamentais,
e as ex-forças militares da UNITA, na altura, após assinarem os acordos de paz
em 1991 fundiram-se, dando lugar à formação de um exército único, actualmente
Forças Armadas Angolanas (FAA).
Dai que
a institucionalização das FAA, sucessora das FAPLA, consubstanciou-se na
materialização do preceituado nos Acordos de Bicesse (Portugal).
Para o
oficial general, desde a sua criação, a 09 de Outubro de 1991, até aos dias de
hoje, as Forças Armadas Angolanas (FAA) são o símbolo de unidade Nacional da
República de Angola.
Salienta
que, passadas mais de três décadas, as FAA constituem hoje também motivo de
orgulho nacional e encarnam, na sua essência, os valores mais elevados do patriotismo
e da cidadania.
Ressalta
que o benefício mais óbvio para o país, ao constituir as suas Forças Armadas, é
a garantia da defesa da inviolabilidade do seu território, actuando como factor
de persuasão contra eventuais riscos de ameaças internas e externas.
Por este
motivo, as FAA são um instrumento de política externa do Estado, podendo ser
usadas sempre que o interesse nacional for ameaçado e em missões de manutenção
de paz, de acordo com a Constituição da República e à luz dos tratados
internacionais e regionais que o país assumiu ou venha assumir.