ANGOLA CONDENA GOLPE DE ESTADO NO NÍGER
Luanda - O Governo de Angola condenou, esta
quinta-feira, o golpe de Estado no Níger, ocorrido na quarta-feira (26), e
exigiu a libertação imediata do Presidente Mohamed Bazoum, familiares e
colaboradores.
A posição do Governo angolano vem expressa numa
declaração divulgada hoje, em Luanda, em que considera a situação "um
grave atentado à ordem constitucional do país", e "uma inadmissível
violação aos princípios democráticos".
Angola sublinha o facto de o golpe de Estado perpetrado
por um grupo de militares viola os princípios "sobre os quais assenta a
legitimidade do poder instituído em 2021, por via de eleições livres e
democráticas".
À luz destes factos, prossegue a declaração, o Governo
angolano e o Presidente da República, na qualidade de Campeão da Paz e
Reconciliação Nacional em África, expressam a convicção de que se consiga um
clima de entendimento.
Declara esperar por um clima de entendimento "que
favoreça urgentemente" e "possibilite a reposição da legitimidade
democrática no país".
O Governo angolano manifesta "de forma
inequívoca" o apoio à posição tomada pela Comunidade Económica dos Estados
da África Ocidental (CEDEAO) ao condenar, com veemência, o Golpe de
Estado.
No documento, Angola exorta a CEDEAO a encetar
diligências necessárias para que se retome "rapidamente" o
funcionamento das instituições legítimas do Estado na República do Níger.
Na última quarta-feira um grupo de militares levou a
cabo um golpe de Estado contra o Governo legítimo nigerino.
O Níger localiza-se na região centro-oeste no continente africano sem saída para o mar e faz fronteira com a Líbia (ao Norte), Tchad (a Leste), Nigéria (ao Sul), Benin e Burkina Faso (a Sudoeste), Mali (a Oeste) e Argélia (a Noroeste).