CHEFE DE ESTADO ANGOLANO ADVOGA EQUILÍBRIO ENTRE PRODUÇÃO INTERNA E IMPORTAÇÕES
Luanda -
O Presidente da República, João Lourenço, apelou ao novo ministro da
Indústria e Comércio, no sentido de trabalhar para o equilíbrio entre o aumento
da produção interna, da indústria nacional e a necessidade da importação de
bens para alimentar o sector industrial.
“Precisamos
de promover o “made in Angola” porque a produção interna, não apenas oferece
uma gama maior de bens e serviços aos cidadãos e ao país, de uma forma geral,
como também garante maior emprego para aos nossos jovens e cidadãos”,
sublinhou.
O Chefe
de Estado falava nesta sexta-feira, em Luanda, durante a cerimónia de posse de
Rui Miguêns de Oliveira, como Titular da pasta da Indústria e Comércio, nomeado
recentemente.
Para o
Titular do Poder Executivo, “o maior desafio que o país tem neste momento é,
sem sombra de dúvidas, a diversificação da sua economia”, pelo que
defendeu a necessidade de se “promover e acarinhar “ a indústria nacional.
“Embora
se sinta que exista um esforço nessa direcção, estamos muito longe de nos
darmos por satisfeitos com o que conseguimos alcançar até a presente data”,
afirmou João Lourenço, numa alusão à diversificação da economia nacional.
Perfil
do novo ministro
Natural
da Gabela, província do Cuanza Sul, Rui Miguêns de Oliveira tem uma
licenciatura em Economia, pela Universidade de Havana, Cuba.
Tem os
cursos de Gestão de Reservas e Política Cambial – ESADARM/FMI – Kadoma,
Zimbabwe; de Operações Monetárias e Cambiais – Instituto do FMI, Washington,
(EUA); de Gestão de Reservas First National Bank de Pretória, África do Sul, e
o curso de Gestão de Riscos e Análise de Projectos Públicos, pela Duke
University da Carolina do Norte, EUA.
Constam
ainda do currículo académico de Rui Miguêns o curso de Programação Financeira e
Análise de Políticas do Banco de Portugal e Instituto do FMI, feito em Lisboa, Portugal,
assim como o curso de Gestão de Finanças Públicas pela Harvard University,
Massachusetts, EUA.
De 58
anos de idade, o mais novo integrante do Governo de Angola acumula uma vasta
experiência na banca.
Da sua
trajectória profissional constam passagens pelo Banco de Comércio e Indústria –
gestor de contas (1991-1994) e pelo Banco Nacional de Angola, como técnico
superior na Direcção de Gestão de Reservas.
Foi
sub-director de Gestão de Reservas, director de Supervisão Bancária, director
de Estudos e Estatísticas, vice-governador do BNA e consultor do
governador.
Rui
Miguêns é fundador do Banco Valor, instituição em que desempenhou, entre
outros, os cargos de presidente do Conselho de Administração e vice-presidente
do Conselho de Administração.
Entre
2014 e 2015 dedicou-se à consultoria bancária e financeira. De 2015 até Outubro
de 2017, foi vice-presidente executivo do Banco Keve, até ser nomeado, outra
vez, em Novembro de 2017, vice-governador do BNA, cargo que desempenhou até
Novembro de 2022.
Até a
sua nomeação para ministro da Indústria e Comércio, Miguêns encontrava-se como
consultor do Banco Central.