CHEFE DE ESTADO ANGOLANO CONSIDERA TRANSPARENTE PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE MEIOS NAVAIS
Soyo- O
Presidente da República, João Lourenço, garantiu segunda-feira, dia 10, no Soyo
(Zaire), que as novas embarcações para a Marinha de Guerra Angolana (MGA) foram
adquiridas em processos transparentes e que não “beliscam” a imagem do país.
João
Lourenço respondia a questões levantadas numa conferência de imprensa depois da
reinauguração da base naval do Soyo, província do Zaire, por ocasião do 47º
aniversário da fundação da Marinha de Guerra Angolana (MGA).
Questionado
se a aquisição de embarcações à empresa naval Privinvest Shipbulding
investiments LLC, envolvida nas dívidas ocultas em Moçambique, afectaria a
imagem do país, o PR respondeu que “o processo de forma nenhuma belisca o bom
nome da marinha e do Estado angolano”.
Explicou
que “cabe aos Estados reportarem ao Fundo Monetário Internacional (FMI) as
dívidas que contraem e nunca as empresas, e que Angola não tem nada a ver com o
que se passa noutro país (…), por não se meter em assuntos alheios, e que cada
um deve zelar pelo seu bom nome”.
Informou
que a empresa que forneceu equipamento é de um grupo empresarial que deu
garantias de honrar os compromissos, idónea, com estaleiros navais em França,
Alemanha e Inglaterra, e que apetrecha marinhas de guerra em muitos bons países
europeus, fornecendo corvetas e fragatas.
“Estamos
de consciência tranquila (…) e vamos honrar o compromisso”, por não estar ainda
concluído o contrato que visa fornecer a Angola muitos mais navios e meios,
para além da disponibilidade do Estado de adquirir meios a outros grupos
empresariais.
João
Lourenço afirmou que o ritmo de recepção de novas embarcações dependerá da
capacidade de pagamento.
No
entanto, adiantou que, até 2025, o país poderá ter as fragatas, enquanto as
três corvetas, a primeira pode chegar também até 2025 e as restantes nos anos
seguintes.
Por
outro lado, prometeu ainda pressionar para a conclusão atempada das obras de
construção dos centros de vigilância marítima do Namibe e do Lobito para, em
coordenação com os da Barra do kwanza e do Soyo, garantir a cobertura da costa
marítima angolana e parte do Golfo da Guiné.
Nova
Base Naval
O PR
declarou que o país tem necessidade de construir uma nova Base Naval principal,
pelo facto da actual não ter mais zonas de expansão.
Justificou
a necessidade de uma base de envergadura capaz de acolher embarcações, como
corvetas, e no futuro, fragatas.
O
Comandante-Em-Chefe salientou ainda a importância de garantir-se, também, a manutenção
das infra-estruturas dos outros ramos das Forças Armadas Angolanas (FAA).
João
Lourenço acredita que a base naval do Soyo vai ainda contribuir para o combate
à pirataria, o contrabando de combustíveis, imigração ilegal e o tráfico de
seres humanos.