ANGOLA DEVE INICIAR CONSTRUÇÃO DE NAVIOS DE GUERRA - PR
Luanda - O Presidente da
República, João Lourenço, declarou hoje, segunda-feira, que o país deve
investir na construção de estaleiros navais para a manutenção da frota e
iniciar a construção de navios de guerra.
Discursando na cerimónia
das comemorações do 47º aniversário da Marinha de Guerra Angolana (MGA), João
Lourenço afirmou que o início da construção de navios de guerra em Angola
poderá constituir-se em embrião para a indústria naval angolana.
O também
Comandante-Em-Chefe das Forças Armadas Angolana (FAA) sublinhou que o país deve
investir, também, em mais bases marítimas para albergar a frota que tende a
crescer em número e tamanho das embarcações.
Para o Estadista, Angola,
pela sua localização, juntamente com outros Estados das regiões Central e
Austral de África, deve estar preparada para contribuir na segurança do Golfo
da Guiné, importante rota marítima do comércio internacional.
Sublinhou que a marinha
tem a responsabilidade de defesa das águas territoriais contra quaisquer
ameaças externas, pirataria marítima, pesca ilegal e a depredação das imensas
riquezas nacionais no mar.
Considerou, uma vez
alcançada a paz, a necessária atenção ao fortalecimento da Marinha de Guerra
Angolana (MGA), com infra-estruturas em terra, embarcações marítimas de todas
as categorias e sistemas de vigilância, para proteger a costa que se estende
por cerca de mil e 650 quilómetros.
O Comandante-Em-Chefe das
FAA informou que, também no quadro da sua modernização, foram encomendadas a
construção de três modernas corvetas de apoio e adquiridos dois aviões C-295 da
Airbus, por chegar ainda este ano, equipados para missões de reconhecimento e
vigilância marítima.
Adiantou que o Estado
angolano está a negociar a possibilidade de aquisição também de mais meios
navais.
O Estadista valorizou a
inauguração, hoje, da Base Naval Norte (no Soyo, província do Zaire) e da
exibição de novas embarcações de patrulha, intercepção e transporte militar.
Enalteceu o desempenho
das FAA, desde os primórdios da independência nacional na defesa da soberania
do país, para derrotar e expulsar o exército do regime do apartheid da África
do Sul , que representou um contributo determinante à luta dos povos para
a libertação da África Austral.