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  • 19 May 2021

Comandante-em-Chefe das FAA exige maior capacidade de resposta das forças de defesa e segurança às ameaças internas e externas

O Presidente da República e Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas, João Lourenço, recomendou  o reforço da capacidade de resposta das Forças de Defesa e Segurança, para contrapor eventuais ameaças internas e externas que ponham em perigo o país.

 

Ao discursar durante um encontro com as chefias das Forças de Defesa e Segurança do país, Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA), realizado esta quinta-feira, 17, Dia consagrado do Exército.

 

O Chefe de Estado disse, na ocasião, que embora na agenda das responsabilidades do Estado a economia seja a primeira prioridade, é imperioso prestar a devida atenção à necessidade de manter as Forças de Defesa e Segurança com a elevada capacidade de resposta a todas eventuais ameaças internas e externas.

 

“Sem defesa e segurança não há economia, não há segurança para o investimento privado”, declarou o Comandante-em-Chefe, realçando o facto de as “maiores e melhores potências económicas do mundo serem também as maiores potências militantes justifica a afirmação e se aplica ao universo de todos os outros países".

 

Indicou que as Forças de Defesa e Segurança são imprescindíveis à sobrevivência de qualquer Estado, mas representam sempre uma despesa considerável ao orçamento de qualquer país.

 

Por esta razão, adiantou, embora sejam importantes em todas as circunstâncias, incluindo situações de paz e estabilidade, os seus efectivos devem ser permanentemente ajustados em função de maior ou menor iminência de conflito.

 

Segundo o Chefe de Estado, 18 anos depois de terminado o conflito armado e do alcance da paz definitiva, o grande desafio hoje é, sem sombra de dúvidas, a criação das premissas para organização da economia nacional.

 “Essa é a condição fundamentalmente para o desenvolvimento económico e social do país e o consequente alcance do bem-estar das populações”, defendeu.

 

Por outro lado, o Chefe de Estado chamou a atenção para uma outra prioridade: a necessidade de se redimensionar as Força Armadas, acautelando a manutenção da sua capacidade operacional, com menos efectivos, melhor preparados e com armamento e técnica mais moderna e eficiente.

 

"Somos também chamados a encontrar alguma auto-suficiência na produção de alimentos, fardas e botas, utensílios de casernas e outros bens logísticos de consumo diário", adiantou.

 

Em relação ao Dia do Exército, o Comandante-em-Chefe das FAA prestou homenagem aos milhares de jovens angolanos que, ao longo de décadas, deram o seu suor e sangue em defesa da defesa da Pátria. “O país perdeu alguns dos seus melhores filhos, o sacrifício foi enorme, mas valeu a pena. Talvez tenham sido os militares que melhor compreenderam o alcance da paz e da reconciliação nacional entre os angolanos", salientou o Presidente da República.

 

O Comandante-em-Chefe referiu-se também à liberdade de expressão. João Lourenço defendeu um “exercício da autoridade sem excessos”, e apelou a manifestações ordeiras e pacíficas, e recomendou às chefias militares a estarem atentas aos fenómenos internacionais no domínio da defesa e segurança.