Comandante-em-Chefe das FAA exige maior capacidade de resposta das forças de defesa e segurança às ameaças internas e externas
O Presidente da República e
Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas, João Lourenço,
recomendou o reforço da capacidade de resposta das Forças de Defesa
e Segurança, para contrapor eventuais ameaças internas e externas que ponham em
perigo o país.
Ao discursar durante um encontro com as
chefias das Forças de Defesa e Segurança do país, Comandante-em-Chefe das
Forças Armadas Angolanas (FAA), realizado esta quinta-feira, 17, Dia consagrado
do Exército.
O Chefe de Estado disse, na ocasião, que
embora na agenda das responsabilidades do Estado a economia seja a primeira
prioridade, é imperioso prestar a devida atenção à necessidade de manter as
Forças de Defesa e Segurança com a elevada capacidade de resposta a todas
eventuais ameaças internas e externas.
“Sem defesa e segurança não há economia,
não há segurança para o investimento privado”, declarou o Comandante-em-Chefe,
realçando o facto de as “maiores e melhores potências económicas do mundo serem
também as maiores potências militantes justifica a afirmação e se aplica ao
universo de todos os outros países".
Indicou que as Forças de Defesa e
Segurança são imprescindíveis à sobrevivência de qualquer Estado, mas
representam sempre uma despesa considerável ao orçamento de qualquer país.
Por esta razão, adiantou, embora sejam
importantes em todas as circunstâncias, incluindo situações de paz e
estabilidade, os seus efectivos devem ser permanentemente ajustados em função
de maior ou menor iminência de conflito.
Segundo o Chefe de Estado, 18 anos depois
de terminado o conflito armado e do alcance da paz definitiva, o grande desafio
hoje é, sem sombra de dúvidas, a criação das premissas para organização da
economia nacional.
“Essa
é a condição fundamentalmente para o desenvolvimento económico e social do país
e o consequente alcance do bem-estar das populações”, defendeu.
Por outro lado, o Chefe de Estado chamou a
atenção para uma outra prioridade: a necessidade de se redimensionar as Força
Armadas, acautelando a manutenção da sua capacidade operacional, com menos
efectivos, melhor preparados e com armamento e técnica mais moderna e
eficiente.
"Somos também chamados a encontrar
alguma auto-suficiência na produção de alimentos, fardas e botas, utensílios de
casernas e outros bens logísticos de consumo diário", adiantou.
Em relação ao Dia do Exército, o
Comandante-em-Chefe das FAA prestou homenagem aos milhares de jovens angolanos
que, ao longo de décadas, deram o seu suor e sangue em defesa da defesa da Pátria.
“O país perdeu alguns dos seus melhores filhos, o sacrifício foi enorme, mas
valeu a pena. Talvez tenham sido os militares que melhor compreenderam o
alcance da paz e da reconciliação nacional entre os angolanos", salientou
o Presidente da República.
O Comandante-em-Chefe referiu-se também à
liberdade de expressão. João Lourenço defendeu um “exercício da autoridade sem
excessos”, e apelou a manifestações ordeiras e pacíficas, e recomendou às chefias
militares a estarem atentas aos fenómenos internacionais no domínio da defesa e
segurança.