ANGOLA QUER MAIOR INTERCÂMBIO ENTRE FORÇAS DE DEFESA NA CIRGL
Luanda -
Angola defendeu a intensificação da troca de informações entre as Forças de
Defesa e Segurança dos países membros da Conferência Internacional sobre a
Região dos Grandes Lagos (CIRGL), na perspectiva da criação de condições de paz
e estabilidade duradouras na região.
A
posição de Angola foi expressa pelo titular da pasta da Defesa Nacional e
Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos, no encerramento da Reunião
Ordinária do Comité de Ministros da Defesa da CIRGL, que decorreu em
Luanda.
Na
ocasião, o governante angolano sublinhou que a criação de condições de paz e
estabilidade duradouras na região será um factor facilitador para a vida das
populações no exercício das suas actividades socialmente úteis.
João
Ernesto dos Santos apelou, na sua intervenção, à cultura do diálogo e da
negociação, como modelos de resolução de conflitos.
Com base
no referido modelo, disse ser obrigação das Forças de Defesa e Segurança dos
países membros da CIRGL praticar acções que possam ser a demonstração do que a
região defende em fóruns bilaterais e multilaterais.
Aspectos
ligados à pacificação e estabilização da Região dos Grandes Lagos dominaram a
Reunião Ordinária do Comité de Ministros da Defesa da CIRGL, que encerrou
sexta-feira.
Na
sessão também foram debatidos, entre outros documentos, o relatório dos chefes
do Estado-Maior, o acordo técnico entre o Mecanismo Conjunto de Verificação
Ad-Hoc e o relatório do Comité de Coordenação Regional.
A
reunião passou em revista a situação de segurança no leste da República
Democrática do Congo (RDC), situação no Burundi, no Sudão, na República Centro
Africana (RCA) e no Sudão do Sul.
Antecedida
do fórum dos chefes do Estado-Maior General, realizado quarta-feira, a reunião
de ministros ocorreu numa altura em que alguns países da CIRGL são assolados
por conflitos, cujo impacto negativo afecta milhares de pessoas, causando
inúmeros deslocados, refugiados e mortes.
Angola
assume a presidência rotativa da CIRGL, organização de que também fazem parte
Burundi, RDC, República Centro-Africana, Ruanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia,
Uganda, Zâmbia e República do Congo.