PRESIDENTES DA RDC E ZÂMBIA DESTACAM COOPERAÇÃO REGIONAL PELO CORREDOR DO LOBITO
Luanda -
O Presidente da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi,
destacou, esta terça-feira, na província de Benguela, a importância do Corredor
do Lobito a nível regional e internacional.
O
estadista congolês falava após a assinatura do acordo de transferência da
concessão dos serviços ferroviários e de logística deste corredor ao consórcio
Lobito Atlantic Railway.
Segundo
Félix Tshisekedi, o corredor do Lobito é de capital importância para o
transporte de matéria-prima e outras mercadorias dos países da região, pelo que
a sua exploração e a implementação de instrumentos de facilitação das trocas
comerciais e de transporte contribuirá para o desenvolvimento do comércio
interno e transfronteiriço entre os Estados.
“Este
acordo, cuja cerimónia marca a transferência do serviço ferroviário e a
logística de apoio, vem confortar a escolha colectiva que tomamos de convergir
para a integração dos nossos povos e das nossas economias, para podermos trazer
projectos sustentáveis e solidários”, disse.
Sublinhou
que o interesse do acordo reside na sua capacidade de contribuir para o reforço
da cooperação entre Angola, RD Congo e Zâmbia, que o mesmo vai ajudar a
consolidar a paz e a estabilidade entre os três países, bem como facilitar uma
maior fluidez na circulação e favorecer a coabitação pacífica dos respectivos
povos, no ponto de vista económico.
Já o
Presidentes da Zâmbia, Hakainde Hichilema, reiterou igualmente as relevâncias
do corredor, sobretudo o papel que poderá exercer na conexão da linha de
reservas minerais que liga a cintura de cobre entre o seu país e as localidades
de Lumumbashi e Dola, na RDC, a qual se deve construir rapidamente.
Além dos
minerais, referiu o facto de o corredor estar aberto para áreas como a
agricultura, turismo e poder fornecer uma plataforma logística que facilitará o
desenvolvimento de negócios de forma mais curta e rápida.
“Gostaríamos
de assegurar o compromisso da Zâmbia para este projecto por causa de benefícios
económicos óbvios que o projecto poderá encerrar”, afirmou, acrescentando ser
uma rota alternativa a um custo justo e claro.
Manifestou
o apoio da Zâmbia para revolucionar o corredor como centro das
economias e para melhoria do nível de vida das populações destes países.
Disse
estar interessado que as três economias possam dar um passo adiante, fazendo
negócios, e que sejam capazes de transportar não apenas matéria-prima, mas
também produtos acabados, processados dentro de Angola, da RDC e da Zâmbia.
Defendeu
a necessidade de se reformular as políticas que regem a favor de negócios,
postos fronteiriços e impostos necessários através de plataformas electrónicas,
por forma a consolidar o processo.
“Devemos
avançar para que possamos crescer rapidamente as nossas economias e este
crescimento é inevitável para que possamos cuidar das populações, principalmente
da juventude”, disse.