PRESIDENTE JOÃO LOURENÇO CONSIDERA DIFÍCIL MISSÃO DO PROCURADOR-GERAL
Luanda- O Presidente da República, João Lourenço,
considerou quarta-feira (26), em Luanda, “tarefa difícil”, o cumprimento das
missões do Procurador-Geral e da Vice-Procuradora Geral da República.
O pronunciamento do Titular do Poder Executivo foi
feito na cerimónia de posse conjunta do Procurador-Geral da República, Hélder
Fernando Pitta Gróz, reconduzido no cargo para mais um mandato de cinco anos, e
da Vice-Procuradora-Geral da República, Inocência Maria Pinto.
“Sabemos não ser fácil, mas, para o caso do
Procurador-Geral, é continuidade. Portanto, a novidade é apenas para a
Vice-Procuradora-Geral, mas que também é da casa", exprimiu o Chefe de
Estado na sua breve intervenção.
O Presidente João Lourenço aproveitou a oportunidade
para desejar aos empossados votos de muito sucesso no desempenho das funções,
que a partir de hoje (quarta-feira) passam assumir.
Ambos foram nomeados terça-feira última, nos
termos da proposta do Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público.
As nomeações surgiram após homologação dos resultados
eleitorais para provimento dos cargos de Procurador e Vice Procurador Geral da
República, na sua 2ª Sessão extraordinária do V Mandato, realizada a 24 de
Abril.
Instituída em Abril de 1979, a PGR é um organismo com a
função de representação do Estado,
nomeadamente no exercício da acção penal, de defesa dos
direitos de pessoas singulares e colectivas, da legalidade no exercício da função
jurisdicional e de fiscalização da legalidade na fase de instrução preparatória
dos processos e ao cumprimento das penas.
PGR defende envolvimento de todos no combate à
corrupção
Após a cerimónia o Procurador-Geral da República,
Hélder Pitta Gróz, em declarações à imprensa ,
defendeu o envolvimento de todos os membros da sociedade angolana,
incluindo os órgãos de soberania, para o êxito do combate à corrupção no país.
Hélder Pitta Gróz afirmou que existe, da parte dos
membros deste órgão, “vontade para o combate à corrupção no país, mas que é
preciso o empenho de todos os integrantes da sociedade”.
Para o procurador, que foi reconduzido no cargo para um
mandato de cinco anos, é fundamental que o combate à corrupção prossiga.
Por outro lado, falou dos problemas que a instituição
enfrenta, no capítulo dos recursos humanos, materiais e financeiros.
Sobre a questão da remuneração e outras condições
sociais dos magistrados do Ministério Público, técnicos e funcionários, o
procurador afirmou que existe actualmente um trabalho permanente com os
sindicatos afins.
“Estamos a fechar com os sindicatos e outras entidades
alguns diplomas que tem a ver com o estatuto remuneratório. Chegamos a um
acordo e estamos agora com o documento final, a ser submetido ao Executivo para
análise e pronunciamento”, frisou.