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  • 13 Apr 2023

JOÃO LOURENÇO E FÉLIX TSHISEKEDI ABORDAM SITUAÇÃO NA RDC

Luanda- O Presidente da República, João Lourenço, abordou nesta quarta-feira, em Luanda, com o seu homólogo da República Democrática do Congo (RDC), Félix Antoine Tshisekedi, a evolução do processo de segurança e pacificação no Leste deste país, que vive um conflito interno armado.

Félix Tshisekedi, que esteve em Luanda durante algumas horas, falou com o Presidente João Lourenço, dentre outros assuntos, de aspectos sobre o acantonamento das forças do M23, de acordo com os entendimentos alcançados no quadro da mediação exercida pelo Chefe de Estado angolano.

A mediação angolana do conflito no Leste da República Democrática do Congo (RDC) resultou num acordo de cessar-fogo naquela região, desde 7 de Março deste ano.

A Assembleia Nacional angolana aprovou no mês passado, a pedido do Presidente da República, por unanimidade, o envio de um contingente de 500 soldados das Forças Armadas Angolanas (FAA) para a  RDC.

O efectivo, que deverá permanecer nesse país durante 12 meses, será integrado por um batalhão das FAA e respectivos componentes, bem como meios financeiros avaliados em 11 mil 266 milhões e 872 mil kwanzas, que deverão ser remanejados no quadro do orçamento do sector de Defesa e Segurança.

A missão angolana deve assegurar as áreas de acantonamento dos elementos do M23 e proteger os integrantes do mecanismo Ad-Hoc de verificação, na sequência do cessar-fogo entre as tropas governamentais e os rebeldes.

Numa minicimeira sobre a paz e segurança na região dos Grandes Lagos, realizada em Addis Abeba, Etiópia, a 17 de Fevereiro de 2023, os Chefes de Estado e de Governo africanos mandataram" Angola, em coordenação com o ex-Presidente do Quénia, Uhuru Kennyatta, facilitador designado pela Comissão da África Oriental, para manterem contactos com a liderança do grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23).

O M23 foi criado em 2012 quando soldados da RDC se revoltaram pela perda do poder do seu líder, Bosco Ntaganda, processado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e por supostos incumprimentos do acordo de paz de 23 de Março de 2009, que dá nome ao movimento.