GÁS NATURAL VAI SUSTENTAR INDÚSTRIA PETROQUÍMICA E SIDERÚRGICA - PR
Luanda - O Presidente da
República, João Lourenço, afirmou, esta terça-feira, em Luanda, que o
Executivo está a implementar projectos de gás natural cujo objectivo
principal é sustentar a implementação de indústrias petroquímicas e
siderúrgicas, bem como empresas de fertilizantes entre outras, com vista ao
desenvolvimento sustentável do país.
Segundo o Chefe de
Estado, Angola está a concluir um plano directório de gás natural que
definirá as bases para alcançar um potencial de recursos nos próximos 30
anos, de modo a garantir a criação de empregos e a geração de receitas
para o Estado.
O Estadista que falava
na Abertura da Conferência Angola Petróleo e Gás, apontou o Decreto
Legislativo Presidencial de 2018 como o documento que estabelece o
regime jurídico e fiscal aplicável às actividades de
exploração, produção e venda de gás natural não associado ao
petróleo.
É, explicou, com base
neste diploma legal que estão a ser implementados projectos estruturantes de
gás natural, com particular realce do novo consórcio com o mote de
garantir o fornecimento contínuo desse produto à fábrica da Angola
LNG e à central térmica do ciclo combinado do Soyo.
Petróleo
João Lourenço anunciou
que o Executivo definiu medidas para o período 2020-2025 com vista
à licitação de novas concessões petrolíferas, visando a adjudicação de 59
novos blocos, dos quais 20 já foram entregues.
Angola, declarou, está
a implementar uma estratégia de refinação e um programa de
melhoramento de derivados de petróleo que inclui um aumento de
armazenamento em terra e a construção de postos de abastecimentos em
todas as capitais municipais.
O Presidente da República
lembrou que a estratégia de refinação inclui a ampliação da Refinaria
de Luanda com a instalação de uma nova unidade de reforma
catalítica, já realizada, que quadruplicou a produção de
gasolina e construção de três novas refinarias, designadamente em Cabinda
(60 mil barris/dia), Soyo (100 mil) e Lobito (200 mil).
Medidas ambientais
Por outro lado, o Chefe
de Estado reafirmou que Angola está a trabalhar com os seus parceiros para a
descarbonização da indústria petrolífera, redução das emissões dos
gases poluentes e em outras técnicas recentes, como a captura e
armazenamento de carbono a profundidades seguras no oceano.
"Tendo presente as
crescentes preocupações ambientais, a transição energética para uma
economia de baixo carbono é um tema presente na actual estratégia do sector
petrolífero que está perfeitamente alinhado com o Executivo", referiu.
Deu a conhecer que os
intervenientes nas actividades de prospecção, exploração e produção
de petróleo e gás foram orientados a adoptarem medidas de mitigação e
compensação das emissões de gases de efeito estufa.
Para o efeito, o
Estadista destacou a eliminação ou a diminuição da queima de gás, a
adopção de equipamentos operacionais menos poluentes, a protecção e a
conservação da flora e da fauna e a reflorestação.
Apelou à promoção da
exploração sustentável dos recursos energéticos fósseis e usar parte dos
seus proveitos e capacidade técnica para gradualmente fomentar e
fortalecer o surgimento de uma indústria de fontes renováveis de energia
tais como a solar, a eólica, a biomassa e outras.
João Lourenço afirmou que
a Sonangol e parceiros como a ENI e TOTAL Energies, estão engajados na
construção de centrais fotovoltaicas nas localidades de Caramulo e Quilemba,
nas províncias do Namibe e da Huíla, respectivamente para contribuírem com
energia limpa na matriz energética nacional.
Mencionou que a referida
empresa angolana estabeleceu parcerias com indústrias alemãs para
desenvolver projectos de produção de hidrogénio verde no seu centro de
desenvolvimento e pesquisa no Sumbe, Cuanza Sul os quais irão garantir o
seu portfólio de negócios e promover o desenvolvimento do país
no ramo das energias renováveis.
O Titular do Poder
Executivo apelou para que a indústria petrolífera preste uma especial
atenção aos jovens recém-formados, criando condições para a sua inserção
no mercado de trabalho ou, no mínimo, garantirem as condições de
estágios curriculares e profissionais.
O Presidente da República
reafirmou que Angola está aberta ao investimento privado nacional e
estrangeiro com termos e condições contratuais e fiscais para todos que
pretendem investir no país.