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  • 06 Nov 2022

PR DIRECCIONA APOSTA EM PEQUENAS UNIDADES HOSPITALARES

Luanda – O Presidente da República, João Lourenço, defendeu, sexta-feira (4), a construção de pequenas unidades hospitalares que atendem, em primeira linha, os cidadãos.

O Titular do Poder Executivo expressou essa necessidade na sessão especial do Conselho de Ministros,  dedicada ao processo de elaboração dos Planos Integrados de Intervenção para cada uma das províncias do país.

Em relação aos hospitais de maior dimensão, o Presidente João Lourenço referiu que já estão definidos, construídos ou vão surgir.

“Muitos destes últimos até já possuem fontes de financiamento identificadas”, disse o Estadista angolano que falou, igualmente, da construção de estradas, arruamentos no interior das cidades e vias circulares.

Trata-se de acções que João Lourenço considerou fundamentais para os próximos cinco anos, principalmente, as estradas circulares que evitam que se passe no interior das cidades nas viagens interprovinciais.

Segundo o Presidente da República, as estradas que ligam Angola aos países limítrofes (Congo, RDC, Zâmbia e Namíbia) são igualmente outra prioridade do mandato 2022/2027.

A par do sector de estradas, apontou o desenvolvimento do transporte ferroviário, na perspectiva da sua projecção internacional, como acaba de ser sinalizado com a entrada em cena de um consórcio para gerir o Corredor do Lobito.

 

Mais ensino superior público

No segmento do ensino superior público, o Presidente João Lourenço defendeu a necessidade de inverter o actual quadro, em que,  maioritariamente, os estudantes do ensino superior fazem-no em universidades privadas.

“O rácio hoje é, com efeito, 60% de estudantes universitários no ensino privado e 40% de estudantes universitários no ensino público”, observou.

 

Água e luz

Quanto ao sector de água e luz, o Chefe de Estado entede ser importante avançar com o processo de se interligar as regiões Sul e Leste de Angola à rede nacional de electricidade.

 

Exigiu maior trabalho a fim de permitir que mais água chegue às populações em todo o país. Entretanto, mencionou alguns casos que considerou críticos como Ndalatando e Dondo (Cuanza- Norte), bem como Lubango (Huíla) “sem água mesmo com o rio a passar por ali”.

Na ocasião, o Titular do Poder Executivo notou que o país está melhor em termos de fornecimento de energia eléctrica à população do que em matéria de disponibilização de água.

“Alguma coisa não está bem até porque os investimentos em energia são mais caros do que os investimentos para o fornecimento de água. Temos de pensar seriamente nisto”, disse.

 

Habitação

 

No sector da habitação, o Presidente João Lourenço entende que se deve priorizar a infra-estruturação de terrenos para a auto-construção dirigida. “Esta é a solução, muito mais do que a aposta na construção de centralidades”.

Na sua intervenção, o Estadista angolano disse que compete ao Estado a infra-estruturação de terrenos, levar a água e a electricidade a esses pólos, bem com fazer arruamentos.

 

Diversificação económica

Na óptica do Presidente angolano, o futuro do petróleo está seriamente ameaçado porque os países industrializados, os grandes consumidores, estão a encontrar alternativas à energial fóssil.

Esta realidade, assinalou João Lourenço, coloca-nos o desafio de “termos de pensar em produtos que nos dão divisas fora do petróleo”.

“Vamos eleger um, dois, três produtos e investir seriamente neles, porque está claro que não vamos poder fazer com todos ao mesmo tempo”, afirmou.

“Li algures que a Etiópia ganha biliões a exportar café. Nós até já fomos grandes produtores e exportadores de café. Porquê não retomamos esta produção?”, interrogou-se João Lourenço.

“Os produtos do nosso rico mar (…) a Namíbia é um bom exemplo, faz fortuna a exportar peixe, marisco…”, rematou.

Há que pensar nisso, avançou João Lourenço, ter a audácia de apostar em produtos que nos garantem divisas, que nos permitem arrecadar recursos financeiros fora do petróleo.