PR PRESTIGIA CULTO DO CENTENÁRIO DE AGOSTINHO NETO
Luanda – O Presidente da República, João Lourenço,
assistiu, este domingo, na Vila de Catete, em Luanda, ao culto ecuménico
alusivo ao centenário de Agostinho Neto.
Entre as personalidades presentes destaca-se ainda a
Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, a Presidente da Assembleia
Nacional, Carolina Cerqueira, a Primeira-dama, Ana Dias Lourenço, a viúva do
fundador da Nação, Maria Eugénia Neto, membros do Executivo, políticos e fiéis
de diversas congregações religiosas.
Nele foi exaltada a figura de Neto em reconhecimento da
sua luta pela independência de Angola e dos povos oprimidos ao longo dos anos
60 até 1979, altura da sua morte.
Durante o culto organizado pela Comissão
Inter-Eclesial, em representação das confissões religiosas e associações
eclesiásticas reconhecidas pelo Estado, foram realizadas orações para a
melhoria de vida dos angolanos, paz , harmonia e reconciliação de toda nação.
Em memória aos 100
anos de Neto, o Governo angolano tem levado a cabo diversas
actividades político cultural em reconhecimento aos seus feitos em prol do
desenvolvimento e bem-estar dos povos.
António Agostinho Neto, nascido em Ícolo e Bengo,
Luanda, aos 17 de Setembro de 1922, foi um acérrimo defensor dos direitos
materiais e espirituais, da dignidade e da liberdade do povo angolano, de
África e do Mundo.
Faleceu em Moscovo, Ex-URSS, a 10 de Setembro de 1979,
vítima de doença.
Médico e escritor, proclamou a independência nacional a
11 de Novembro de 1975.
Fez parte da geração de estudantes africanos que viria
a desempenhar um papel decisivo para a independência dos seus países naquela
que ficou designada como a Guerra Colonial Portuguesa.
Foi preso pela Polícia Internacional e de Defesa do
Estado (PIDE), de Portugal, e deportado para o Tarrafal, em Cabo Verde,
sendo-lhe depois fixada residência em Portugal, de onde fugiu para o
exílio.
Assume a direcção do MPLA, do qual já era presidente
honorário desde 1960.
No dia 17 de Setembro, Angola celebra o Dia do Herói
Nacional e do Fundador da Nação, comemorando o dia em que Agostinho Neto nasceu
e foram realizadas as suas cerimónias fúnebres.
Neto homenageado em culto ecuménico
O evento juntou mais de mil fiéis de diferentes
denominações religiosas reconhecidas pelo Estado e repesentantes da saciedade
civil.
Em pouco mais de quatro horas, os participantes
entoaram cânticos de louvor e exaltaram a figura do Fundador da Nação.
Durante a sua intervenção no acto, a reverenda Deolinda
Dorcas Tecas destacou a trajectoria de António Agostinho Neto e a sua faceta de
político, médico e poeta.
Apelou à Igrega a continuar a orar a favor da Nação
angolana, sublinhando ser difícil falar sobre a sua obra.
Por sua vez, o bispo Gaspar João Domingos, da Igreja
Metodista Unida, apresentou um breve resumo sobre a vida e obra do primeiro
Presidente de Angola.
Considerou-o a maior personagem da história de Angola
no Século XX, sublinhando que a sua vida não pode ser resumida em
"pequenos parágrafos banais".
Na homilia, o bispo Dom Afonso Nunes apelou aos
angolanos para serem generosos e fiéis ao princípio da verdade, tendo
desencorajado as contendas e intrigas.
Recomendou o respeito às autoridades e aos mais velhos,
assim como a valorização da cultura ancestral e outros valores ensinados por
António Agostinho Neto.
Pediu à Igreja angolana para continuar a trabalhar em
parceria com o Governo instituído, encorajando a construção de um país novo.
O reverendo Luís Nguimbi disse hoje, domingo, em
Catete, município de Icolo e Bengo, em Luanda, que o culto ecuménico serviu
mais vê para enaltecer os feitos de Agostinho
Neto e mais vez falar dos seus feitos.
De acordo com Luís Nguimbi, o culto ecuménico serviu
também para orar a Deus e apelar a nova geração para seguir o exemplo de
Manguxi, que tem os seus feitos marcados na história do país.
Por sua vez, o soba grande da província de Luanda,
Francisco Simão Cândida considerou que a realização do culto ecuménico constituiu
uma ocasião para o Presidente da República, João Lourenço, renovar a confiança
dos angolanos na melhoria das condições sociais.
Lembrou a máxima “o mais importante é resolver os
problema do povo”, que deve ser sempre um pilar a se cumprir na plenitude.
O culto decorreu sob o lema "Angolanos unidos de
mãos dadas para o futuro", com o suporte instrumental das bandas das
igrejas Tocoísta e Kimbanguista.