ELEIÇÕES2022: SENADORA DOS EUA CONTRA RETÓRICA ANTI-DEMOCRÁTICA
Washington
- A presidente do subcomité de Relações Exteriores da Câmara para África, Saúde
Global e Direitos Humanos Globais, Karen Bass, exortou, esta sexta-feira, os
líderes políticos angolanos a se absterem da retórica anti-democrática.
Numa
declaração, a deputada aconselhou que todos os protestos devem ser pacíficos,
independentemente da filiação a partidos políticos ou do resultado de quaisquer
decisões judiciais relacionadas com as eleições gerais.
“Parabéns
ao povo angolano pela realização das eleições de 24 de Agosto, em que os
eleitores registaram as suas preferências e tiveram a oportunidade de ser
ouvidos”, declarou, sublinhando que o Presidente em exercício, João Lourenço,
foi declarado vencedor na disputa presidencial do país.
Para
Karen Bass, um segundo mandato para o Presidente Lourenço é uma oportunidade
para continuar a melhorar as relações com os Estados Unidos, especialmente no
que diz respeito ao crescente comércio americano e ao investimento
público-privado em Angola.
Com uma
taxa de abstenção de 55,18 por cento, a mais alta da história eleitoral do
país, a votação de 24 de Agosto contou com a participação de seis de milhões
454 mil (44,82%) dos mais de 14 milhões de eleitores inscritos.
Dados
divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) mostram que o MPLA obteve
51,17 por cento correspondentes a três milhões 209 mil votos, conquistando 124
assentos parlamentares, contra dois milhões 786 mil votos e 90 deputados da
UNITA.
A
terceira posição coube ao Partido de Renovação Social (PRS) de Benedito Daniel
com 71 mil 351 votos (1,14%) e dois deputados, recuperando o lugar de terceira
força política do país, perdido em 2012 para a CASA-CE.
Seguem-se
a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) liderada por Simi a Nimbi, e o
Partido Humanista de Angola (PHA), de Florbela Catarina Malaquias, ambos com
dois deputados.
A
Aliança Patriótica Nacional (APN) e o Partido Nacionalista para a Justiça em
Angola (P-NJANGO) não conseguiram nenhum assento na Assembleia Nacional.
Os dois
últimos ficam expostos à extinção pelo Tribunal Constitucional, por terem
ficado abaixo de 0,5 por cento como valor percentual mínimo imposto pela
lei para a continuidade dos partidos políticos.
Angola
realizou suas as primeiras eleições em 1992, antes de voltar às urnas
sucessivamente em 2008, 2012 e 2017.
De
acordo com os resultados definitivos divulgados pela Comissão Nacional
Eleitoral (CNE), o MPLA venceu as eleições com 51,17 por cento,
correspondentes a três milhões 209 mil 429 votos, que resultou na reeleição do
seu candidato, João Lourenço, e na conquista de 124 assentos na Assembleia
Nacional (AN).
A UNITA
conquistou 43,95 por cento, traduzido em dois milhões 756 mil 786 votos e 90
deputados, o PRS 1,14% (71 mil 351 votos e dois assentos), a FNLA 1,06% (66 mil
337 votos e dois assentos) e o PHA 1,02% (63 mil 749 votos e dois
deputados).
A
CASA-CE com 0,76% (47 mil 446 votos), a APN 0,48% (30 mil 139
votos) e o P-NJANGO 0,42% (26 mil 867 votos) não conseguiram qualquer
assento no Parlamento.