NOTÍCIA
  • 07 Jan 2022

JOÃO LOURENÇO NEGA RECUO NO COMBATE À CORRUPÇÃO

Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, negou, esta quinta-feira, que haja recuo na sua estratégia de combate à corrupção e de abertura democrática em Angola.

Segundo o Chefe de Estado angolano, que falava a jornalistas de cinco órgãos de comunicação social, entre nacionais e estrangeiros, o país marcou passos no domínio da abertura democrática, tendo dado como exemplo a expansão do sinal da Rádio Ecclésia pelo país.

João Lourenço referiu-se ainda, a esse respeito, à retoma das transmissões em directo das reuniões da Assembleia Nacional, sublinhando que os números da Procuradoria Geral da República (PGR) sustentam o facto de o seu Executivo não recuar na luta contra a corrupção.

A Procuradoria Geral da República (PGR) instruiu, nos últimos quatro anos, 2.300 processos judiciais (crimes económicos) dos quais 330 transitaram em julgado.

O Presidente da República adiantou que 26 destes crimes de colarinho branco terminaram em condenações, alguns dos quais em segunda instância.

João Lourenço falou à imprensa no quadro da iniciativa presidencial inaugurada em Janeiro de 2018.

Nesse quadro, o Presidente da República falou sucessivamente num segundo encontro amplo no final do mesmo ano e, mais tarde, concedeu entrevistas direccionadas, em exclusivo umas vezes, e em formato partilhado, noutras, como sucedeu com o semanário Novo Jornal e a Televisão Pública de Angola.

Desta vez, cinco órgãos ( Jornal de Angola, Jornal  Expansão, Jornal o País, TV Zimbo e Agência Lusa) tiveram a oportunidade de colocar questões directas ao Presidente da República, sendo que outros meios de imprensa o farão em ocasiões futuras.

 

Repúdio ao Culto à personalidade

Neste capítulo, o Titular do Poder Executivo, repudiou o culto à personalidade e à bajulação, que considerou nefastos à actual conjuntura do país.

Enfatizou que, nos últimos tempos, tem combatido o culto de personalidade e a bajulação com actos concretos e não apenas com discursos.

“O culto de personalidade e a bajulação são nefastos," observou. 

 

 Eleições Gerais

O Estadista angolano assegurou, por outro lado, que as eleições gerais vão acontecer em Agosto deste ano, sublinhando não haver como não realizar as eleições, porque a Constituição da República assim o impõe.

Informou, a propósito, que a oportunidade para ganhar as Eleições é igual sempre a todos os concorrentes.

“Só depende da preparação. Estamos a ver como a oposição está a se preparar, queimando pneus", expressou.

O Presidente da República observou que, nas eleições que se avizinham, a oposição é que sabe com quem vai se alinhar.

"Num jogo, a gente não escolhe o adversário'', disse o Presidente João Lourenço, para quem o MPLA (partido que sustenta o seu governo) está preparado para enfrentar o adversário, quer se apresente sozinho, quer se apresente coligado.

Na  sua óptica, se o principal adversário do MPLA recorrer a uma coligação para derrotar o partido no poder, "é sinal de que está pior em relação às eleições anteriores. Que se coliguem".

No seu entender, os eleitores não vão entregar o poder a um concorrente "só porque acha que chegou a sua vez e está no direito de ganhar as eleições".

Na entrevista colectiva, João Lourenço indicou, também, que o Executivo negociou com o Banco alemão uma linha de crédito a fim de servir exclusivamente o sector privado, notando que essa linha de crédito está disponível para três anos.

Fez saber que a única empresa que beneficiou desta linha de crédito, no valor de 200 milhões de euros, chama-se Leonel Carrinho, acrescentando que ainda estão disponíveis 800 milhões.

Em relação à Omatapalo, disse ser uma empresa nacional e de grande dimensão que está a executar grandes empreitadas de obras públicas.

"Construiu o novo Complexo Hospital Cárdio-respiratório Dom Alexandre do Nascimento”, em Luanda, exprimiu.