Luanda – Sob o lema “Angolanos de Mãos Dadas Para o
Futuro”, o Memorial António Agostinho Neto acolheu nesta segunda-feira (23), a
cerimónia de abertura do ciclo de conferência e palestras em alusão as
comemorações do Centésimo aniversário do primeiro presidente de Angola Dr.
António Agostinho Neto.
O Secretário de Estado para Defesa e Veteranos da
Pátria, General Domingos André Tchikanha, presidiu o acto em representação do
Ministro da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria. As actividades programadas
terão a duração de quatro meses, terminando a 17 de Setembro com um culto
ecuménico e um acto solene de condecorações.
Na ocasião o dirigente afirmou que o conjunto de
actividades enunciadas a nível do Ministério da Defesa Nacional e Veteranos da
Pátria e das Forças Armadas Angolanas, enquadram-se no vasto programa do
Executivo para render o merecido tributo ao Dr. António Agostinho Neto,
primeiro presidente de Angola Independente, politico, escritor, médico,
humanista e Herói Nacional pela passagem do seu centenário e enaltecer a sua
obra e legado que constitui património
de todos os povos de África e do mundo.
O responsável referiu que as múltiplas dimensões do
fundador da nação angolana, ultrapassam de facto as nossas fronteiras nacionais
pela sua enorme contribuição à justa luta dos povos oprimidos do mundo pela sua
liberdade, independência e auto-determinação.
Ao terminar a sua intervenção, o General Domingos André
Tchikanha manifestou-se satisfeito pela a realização da referida cerimónia,
numa altura em que os esforços da nação convergem na preservação da paz e da
democracia, onde são visíveis os ganhos da paz e reconciliação nacional, a
construção e reabilitação de infra-estruturas, a captação de investimentos e o
melhoramento das condições de vida dos cidadãos.
Por outro lado, a cerimónia foi prestigiada com uma
palestra intitulada “Dimensão Política e Cultural de Agostinho Neto”,
ministrada pelo deputado à Assembleia Nacional Roberto de Almeida que teve como
moderador o General reformado e deputado Dino Matrosse.
Durante a sua intervenção, Roberto de Almeida referiu
que “Neto despertou desde muito cedo um
espírito nacionalista, começando por escrever artigos de intervenção cívica.
Não sabia ele que viria ter um grande impacto a nível de África e de outras
paragens do mundo pelas quais passou.
Enquanto guerrilheiro, Neto lutou e ensinou os seus
companheiros a lutar até ganhar”, frisou.
Durante os quatro meses o centenário expandir-se-á em
várias outras províncias para que todos possam conhecer o legado de Agostinho
Neto.
De recordar que Agostinho Neto nasceu a 17 de Setembro
de 1922 em Kaxikane, Catete e faleceu a 10 de Setembro de 1979 em Moscovo
Rússia.
Participaram do envento deputados à Assembleia
Nacional, distintos directores nacionais, quadros e funcionários do Ministério
da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria, oficiais generais, almirantes,
oficiais superiores, comissários da Polícia Nacional e trabalhadores civis.