CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA ARMADA PORTUGUESA VISITA ANGOLA
Luanda - O Chefe do Estado-Maior da Armada Portuguesa
Almirante Henrique Eduardo Passaláqua de Gouveia de Melo, iniciou nesta
quinta-feira, uma visita de trabalho de
dois dias a Angola, no quadro das
relações de cooperação.
A visita tem como objectivo renovar os compromissos de cooperação e
intensificar as relações bilaterais entre a Armada Portuguesa e a Marinha de
Guerra Angolana.
A sua chegada a
Luanda , o Almirante Henrique Eduardo
Passaláqua recebeu cumprimentos de boas vindas do Vice-almirante Valentim
Alberto António, segundo Comandante da Marinha de Guerra Angolana, em
representação do Comandante do Ramo.
Ainda hoje no
encontro que manteve com os membros do Comando da MGA, o Almirante luso
foi informado sobre a organização e funcionamento do Ramo, das suas
perspectivas e do investimento que o Executivo está a realizar na MGA.
Na ocasião , o Vice-almirante Valentim António afirmou
que há espaço para ampliar e explorar as relações de amizade no âmbito da
cooperação existente entre as duas marinhas de modo que o projecto de desenvolvimento da MGA não se
esgote nas actividades desenvolvidas actualmente.
“Entendemos que deverá haver novos campos a
desbravar, esquemas em curso a melhorar
e novas metas a atingir”, referiu o dirigente militar angolano.
Neste sentido , afirmou
que quando a vontade é muita, só a imaginação pode condiocionar o
horizonte.
O visitante luso
cumpriu hoje ( quinta-feira) , uma intensa jornada de trabalho na Base Naval de
Luanda cuja agenda o levará ao Ministério da Defesa Nacional e Veteranos da
Pátria, ao Chefe do Estado Maior General e à Região Naval Norte, Soyo.
No quadro da sua visita, atracou no dia 03 de Maio, no
Porto de Luanda, o navio NRP Viana do Castelo pertencente à Marinha de Guerra
Portuguesa, pela segunda vez, com 50 militares a bordo.
O navio Viana do Castelo, modelo P360, regressa a Angola
quatro anos depois da primeira visita feita ao país, apoiando a primeira visita
oficial do actual CEMA português e seguir missão no âmbito da iniciativa “Mar
Aberto”, disse o Comandante do navio, Capitão-de-Fragata Paciência da
Silva.
De recordar que o referido navio foi desenhado pelos
engenheiros e construtores navais de Portugal, em Viana do Castelo, e é operado
pelos marinheiros portugueses. É o primeiro da classe de patrulha oceânica de
Portugal, tem 83 metros de comprimentos, 13 de largura, uma altura a baixo da
linha da água de 4 metros, deslocamento de peso total de 1.850 toneladas,
construído para busca e salvamento.
Quanto à sua autonomia no mar, o Capitão-de-Fragata
Paciência da Silva informou que depende
da velocidade que for praticada, variando entre 30 a 40 dias sem precisar de
abastecimento de combustível e 60 de alimentação.