MARINHA DE GUERRA ANGOLANA OFICIALIZA PASSAGEM DE MILITARES APTOS PARA POLÍCIA NACIONAL
A Marinha de Guerra Angolana oficializou a passagem de cerca de 899 militares à Polícia Nacional, no dia 23 de Setembro de 2021, na Escola Nacional de Polícia de Protecção e Intervenção (Capolo 2), em Luanda, um acto que surge no âmbito do cumprimento da orientação do Presidente da República e Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas, sobre o enquadramento de elementos das FAA que tenha cumprido o Serviço Militar Obrigatório, na Polícia Nacional.
A referida orientação estabelece que o enquadramento de cidadãos que tenham cumprido o Serviço Militar Obrigatório deverá ser célere e atender a necessidade do reforço da capacidade de intervenção da Corporação no combate a criminalidade.
Segundo o Chefe da Repartição de Efectivos da Marinha de Guerra Angolana, Capitão-de-Mar-e-Guerra Jaime Pinto, que chefiou a delegação daquele ramo das FAA, este processo teve início em 2020 e a sua interrupção resultou do surgimento da pandemia da Covid_19.
Após o processo de testes médicos, físicos e psicotécnicos a que os candidatos foram submetidos, o responsável revelou que, com excepção dos efectivos destacados na Região Naval Norte e no Comando Naval Cabinda, 899 militares estão apurados para ingressar nas fileiras da Polícia Nacional.
“Tão logo a Polícia tenha condições preparadas, a comissão deslocará para a selecção. Neste momento, a Polícia Nacional recebe oficialmente o efectivo para o devido enquadramento”, garantiu.
Quanto à questão das constantes manifestações de efectivos desmobilizados, defronte ao Comando da MGA, protagonizadas por alguns militares que fazem parte deste processo, o Capitão-de-Mar-e-Guerra Jaime Pinto informou que foram razões de demora no processo de integração.
“Eles, desesperadamente, manifestavam-se junto do Comando da Marinha porque estavam na ansiedade de entrar logo para a Polícia”.
Por outro lado, o Superintendente Vicente Garcia “FBI”, um dos integrantes na comissão do processo de enquadramento de militares à Polícia Nacional, considerou ser um procedimento normal para as duas instituições e para o país “porque quando um elemento cumpre o Serviço Militar Obrigatório, alguns têm requisitos que interessam a Polícia Nacional e, desta forma, continua a servir o país”.
Garantiu, ainda, que a Polícia Nacional, não obstante à crise financeira e à pandemia que o país enfrenta, está preparada para receber os militares provenientes das Forças Armadas Angolanas.