REDIMENSIONAMENTO NA MGA ESTÁ REFLECTIDO NUM CONJUNTO DE EXIGÊNCIAS QUE COLOCAM O FACTOR HOMEM NO CENTRO DAS ATENÇÕES-DIZ GENERAL LUNGO
Luanda - O Chefe de Estado Maior General Adjunto para Educação Patriótica das Forças Armadas Angolanas, João António Santana “Lungo”afirmou, recentemente, em Luanda, que o processo de redimensionamento na Marinha de Guerra Angolana e nas FAA, em geral, está reflectido num conjunto de exigências que colocam o factor homem no centro das atenções.
Na ocasião, o General que discursava no acto central alusivo as comemorações do 45º aniversário da criação da Marinha de Guerra Angolana (MGA) celebrado no passado dia 10 de Julho, defendeu a importância do homem no manejo dos meios técnicos e materiais que estão a ser adquiridos no âmbito do reequipamento e modernização desta componente militar.
Nesta perspectiva, o General defendeu ainda a necessidade de se continuar a prestar atenção aos aspectos da formação e superação de quadros, independentemente dos factores adversos que muitas vezes impedem a materialização de alguns programas.
Lembrou que o mundo regista actualmente sérios problemas ligado ao crime organizado que decorre ao longo das fronteiras comuns, onde o mar do país não é excepção.
Ao referir-se também sobre situação no Golfo da Guiné, o General sublinhou que a mesma, tem merecido especial atenção por parte da MGA, que no quadro dos compromissos assumidos pelo Estado angolano, trabalha afincadamente, contribuindo na garantia da segurança e estabilidade desta área importante para as economias dos países que se situam ao longo da Costa Atlântica.
Reconheceu a evolução deste importante Ramo das FAA, apesar de vários constrangimentos decorrentes da insuficiência de meios adequados à dimensão das exigências internacionais.
“A Marinha Angolana, porém, sempre se manteve em prontidão diante dos desafios colocados, pela natureza da sua complexa missão”, acrescentou.
Defendeu também a necessidade de se continuar a trabalhar no redimensionamento da MGA, tendo em conta a sua adequação ao processo de reestruturação, em cumprimento da Directiva do Comandante-Em-Chefe das FAA.
Exortou aos efectivos da Marinha e das FAA em geral, a continuarem a trabalhar na moralização da sociedade, combatendo as tendências e práticas ilícitas na gestão dos recursos postos à disposição das Forças Armadas Angolanas.
Na sua intervenção o dirigente militar recordou que os efectivos das FAA têm uma tradição histórica própria, fortemente alicerçada na memória dos seus antepassados, que souberam resistir à penetração e ocupação colonial, durante quase quinhentos anos de exploração e humilhação, tendo estes saídos vitoriosos.
“É também incontestável o exemplo vivo dos combatentes da luta de libertação nacional que conduziram com sucesso o difícil processo pela liberdade, independência e soberania do nosso povo”, sublinhou.
De acordo com o General Lungo, o país conheceu tristes momentos depois da sua Independência, com o recrudescimento de um conjunto de crises política, económica e militar, “sem entretanto, perdermos os nossos valores e a nossa identidade”.
“Esta constitui, a mais alta tradição militar que se consubstancia no sacrifício em defesa da Pátria e dos superiores interesses da Nação”, afirmou o responsável militar que discursava no acto em representação do Chefe do Estado Maior General das FAA, General de Exército, António Egídio de Sousa Santos “Disciplina “.
Assistiram a cerimónia, vários responsáveis militares dos distintos Ramos das FAA e convidados.
A Marinha de Guerra Angolana (MGA) é o Ramo Naval das Forças Armadas Angolanas, que tem a missão de proteger as águas marítimas e fluviais do território nacional e outros objectivos económicos do país.