Menongue
– O Presidente da República, João Lourenço, destacou, nesta quarta-feira , dia
10 , o processo de equipamento em curso na Marinha de Guerra Angolana (MGA),
como parte de uma estratégia que deverá se estender a outros ramos das Forças
Armadas Angolanas (FAA).
Na
abertura da reunião com as chefias militares das FAA, em Menongue, no Cuando
Cubango, João Lourenço, igualmente Comandante-Em-Chefe das forças
armadas, referiu que o equipamento em curso na MGA é “uma primeira
experiência nessa direcção”.
O
Comandante-Em-Chefe das FAA informou, na ocasião, que a MGA está a ser equipada
com embarcações navais de diferentes categorias, com capacidade para combater a
pirataria e o terrorismo internacional nas águas territoriais e na costa
marítima nacional.
Segundo
o Presidente João Lourenço, o processo em curso na Marinha de Guerra vai
permitir que esse ramo das FAA coopere também com outras congéneres dos países
do Golfo da Guiné.
A par da
aquisição de modernos equipamentos, armamentos e técnica militar, o Presidente
angolano considerou fundamental formar oficiais e especialistas nas melhores
escolas e academias militares do mundo.
A
preparação combativa, prosseguiu o Presidente da República, e a formação do
homem nos estabelecimentos de ensino militar no país deve ser uma constante,
para manter bem alto o grau de prontidão combativa das unidades das FAA.
Na sua
intervenção, o Comandante-Em-Chefe das FAA deixou claro que a docência nas
escolas e academias militares deve ser assegurada por expatriados contratados,
bem como por oficiais generais e oficiais angolanos, incluindo reformados das
diferentes especialidades.
Disse
tratar-se de oficiais generais e oficiais angolanos, incluindo reformados, que
se sintam ainda com capacidades para transmitir a sua experiência dos combates
e batalhas travadas nos anos de serviço à Pátria.
Para o
Chefe de Estado, é importante que sejam ministradas palestras aos cadetes,
pelas testemunhas ainda vivas, sobre sua participação nas grandes batalhas
registadas no país.
Indústrias
de defesa
Perante
as chefias militares das FAA, João Lourenço disse que deve ser prestada atenção
particular à necessidade do desenvolvimento das indústrias de defesa viradas
para produção, manutenção de armamento e técnica militar.
A
referida indústria deverá estar voltada, igualmente, à produção de munições,
fardas, botas e utensílios de caserna.
Modernização
da Base Naval do Soyo
Na
abertura do encontro, o Presidente da República anunciou a conclusão ainda este
ano, das obras de ampliação e modernização da base naval do Soyo, na província
do Zaire, que se espera vir a ser a principal base naval do país.
“Todos
os esforços devem ser direccionados no sentido das FAA desenvolverem a produção
agrícola e pecuária em grande escala, para garantir a auto-suficiência
alimentar dos seus efectivos e ter excedentes para injectar no mercado de
consumo”, afirmou.
O Chefe
de Estado considerou fundamental que as FAA contribuam na resolução de
problemas das comunidades próximas das suas unidades.
Falou da
necessidade das unidades de engenharia apoiarem na manutenção das estradas
secundárias e terciárias, bem como na construção de pontes, furos e
reservatórios de água para as populações e o gado.
João
Lourenço disse que a participação das FAA também é necessária nas operações de
salvamento das populações sinistradas vítimas de calamidades naturais, nas
campanhas massivas de vacinação, na recolha de resíduos sólidos e em outras
acções sociais.