Luanda –
O Presidente da República, João Lourenço, abordou nesta quinta-feira, em
entrevista colectiva, os desenvolvimentos e investimentos efectuados pelo
Executivo nos últimos cinco anos.
A
comunicação do Chefe do Estado enquadrou-se num programa comunicacional
iniciado em 2018, com vista a abordar diferentes temáticas sobre a realidade do
país.
Entre
vários assuntos, o Estadista abordou o papel da comunicação social, tendo
considerado de satisfatório o desempenho do sector.
No que
toca à observação eleitoral, apesar da insistência no convite já de
observadores, argumentou que tudo depende dos prazos estabelecidos na lei
angolana e qualquer coisa, neste domínio, depende deste factor.
Durante
a sua intervenção, referiu-se ainda às questões das greves nos sectores da
Educação, Saúde e Justiça, que, apesar de justas, deveriam levar em conta
igualmente os investimentos nestes sectores.
Especificamente
no que toca ao sector da Saúde, referiu que o Estado está a fazer um dos
maiores investimentos dos últimos tempos.
Apresentou
como exemplo os hospitais Sanatório, Hematológico Pediátrico, Materno Infantil,
entre outros, em relação aos quais os profissionais manifestaram agradecimento
pelo trabalho do Executivo.
Por
isso, disse, "não é verdade que o Estado não esteja a fazer nada".
Salientou
ainda o facto de estar em fase de construção, no domínio da Saúde, unidades de
nível terciário, como os hospitais gerais de Viana, Cacuaco (Luanda), Caxito
(Bengo), Sumbe (Cuanza Sul), Ndalatando (Cuanza Norte) e Cunene.
No
entanto, salientou que os investimentos do Executivo não se cingem às
infra-estruturas, mas também ao homem.
Ao longo
da entrevista, mostrou-se também confiante no trabalho da Justiça, que em seu
entender tem ganho maior independência, bem como os resultados positivos do
processo de recuperação de activos.
Outro
ponto-chave tem a ver com os resultados positivos no sector diamantífero, o que
leva as grandes empresas internacionais do sector a retornem ao país.
Com
isso, disse que Angola começa a se tornar num ponto importante de lapidação de
diamante, acrescentando maior valor à economia nacional.
Noutro
domínio, o Presidente João Lourenço manifestou a sua abertura para o diálogo
com todas as forças políticas nacionais, negando que seja, por isso, necessário
um pacto de regime de quem vença as próxima eleições gerais, marcadas para 24
de Agosto.
No que
toca à Contratação Simplificada Emergencial, referiu que esta, nos casos em que
foi feita, teve razão de ser, pela sua urgência.
Desafios
futuros
Nesta
entrevista colectiva, o Presidente abordou ainda as prioridades caso vença as
eleições gerais de 24 de Agosto deste ano, tendo salientado a continuação do
investimento nos domínios das águas e energia.
De igual
modo, destacou uma maior aposta na construção de infra-estruturas condignas
para o ensino superior público.