Luanda – O Presidente da República (PR), João Lourenço,
convocou, nesta sexta-feira, as quintas eleições gerais do país para o dia
24 de Agosto próximo (quarta-feira).
A marcação da data do sufrágio, que contará, pela
primeira vez, com a participação de eleitores angolanos da diáspora, foi feita
nos termos da Constituição, após consulta ao Conselho da República, Órgão
Colegial Consultivo do Chefe de Estado.
As primeiras eleições gerais de Angola decorreram em
1992, na sequência da assinatura dos Acordos de Bicesse (31 de Maio de 1991),
com a participação de 4 milhões 862 mil 748 eleitores.
Histórico das eleições gerais
Angola realiza este ano as suas quintas eleições
gerais, em 46 anos de independência nacional, convocadas para o dia 24 de
Agosto.
As primeiras eleições (legislativas e presidenciais)
ocorreram em Setembro de 1992, para a escolha do Presidente da República e dos
deputados à Assembleia Nacional (AN).
O sufrágio decorreu na sequência dos Acordos de
Bicesse, assinados a 31 de Maio de 1991, com o propósito fundamental de acabar
com a guerra e instaurar o sistema político multipartidário.
Participaram do sufrágio 10 partidos políticos.
De acordo com dados da Comissão Nacional Eleitoral
(CNE), a participação dos eleitores foi de 91,3% nas eleições parlamentares e
91,2% nas eleições presidenciais.
O MPLA foi consagrado vencedor nas legislativas, com 1
milhão, 976 mil e 940 votos (53,74 por cento), elegendo 129 deputados.
A UNITA obteve o segundo lugar, com 40,7 por cento dos
votos validamente expressos, de um total de 1 milhão, 579 mil e 298 votos.
Por sua vez, o então líder do MPLA, José Eduardo dos
Santos, ganhou as presidenciais com 49 por cento dos votos, contra 41 por
cento do presidente da UNITA, Jonas Savimbi.
Os dois candidatos deveriam participar de uma segunda
volta, que não ocorreu devido ao eclodir da guerra pós-eleitoral de 1992.
Dezasseis anos depois, isto em setembro de 2008, o país
organizou as suas segundas eleições gerais, com a participação de 13 partidos
políticos e uma coligação.
Segundo os dados da CNE, o universo de eleitores foi
de 8 milhões, 256 mil e 584, que elegeram 220 deputados.
O resultado final das eleições confirmou a vitória do
MPLA, com 81,64 por cento dos votos, contra 10,39 por cento da
UNITA, a segunda formação mais votada.
Um total de 7 milhões, 213 mil e 246 angolanos
compareceram às urnas, de um universo de 8 milhões, 256 mil e 584 eleitores
habilitados.
O índice de participação dos eleitores naquele sufrágio
foi na ordem dos 87 por cento.
Com estes resultados, o MPLA obteve 191, dos 220
assentos no Parlamento, contra 16 da UNITA, oito do PRS, e dois da Nova
Democracia (ND) e da FNLA, respectivamente.
Neste mesmo ano, participaram ainda do sufrágio o PRS,
com 3,17 por cento, ND –1,20 por cento, FNLA –1,11 por cento, PDP-ANA
–0,51 por cento, PLD – 0,33 por cento, AD Coligação – 0,29 por cento, PADEPA –
0,27 por cento, FPD –0,26 por cento, PAJOCA –0,24 por cento, PRD – 0,22 por
cento, PPE –0,19 por cento e FOFAC – 0,19 por cento.
Já a 31 de Agosto de 2012, o país realizou as terceiras
eleições gerais, à qual foram inscritos mais de 9 milhões de eleitores.
O MPLA obteve 71,8 por cento dos votos, a UNITA
18.7, CASA-CE 6.0, PRS 1,7, FNLA 1,1, Nova Democracia – União Eleitoral
0,2, Partido Popular pelo Desenvolvimento 0,2, Frente Unida para a
Mudança de Angola 0,1 e o Conselho Político da Oposição 0,1.
Nas eleições gerais de 2017, as quartas do país, o MPLA
ganhou com cerca de 61,1 por cento dos votos válidos, elegendo João Lourenço
como novo Presidente de Angola.
Os resultados finais ditaram o MPLA vencedor com 61,1
por cento dos votos, seguido da UNITA com 26,7, CASA-CE 9,49, PRS 1,33, FNLA
0,91 e a Aliança Patriótica Nacional (APN) com 0,50.