HISTÓRIA DA EFFE


RESENHA HISTÓRICA DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Em 1975, após a Independência, as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), que na altura tiveram que se organizar e combater a invasão de Países vizinhos, assim como a guerra interna que surgiu logo depois, aproveitaram as experiências de um conjunto de militares que tinham feito parte das Forças Especiais do Exército Português (“Comandos” ), tendo sido implementada a formação dos CIR (Centro de Instrução Revolucionária) Valódia, Kwenha, Vietname, Camboja, Hochimin e Corvos do Embondeiro.

Da experiência adquirida pela actuação dos CIR, a 5 de Maio em 1978 desse ano, criou-se o Centro de Instrução de Tropas de Intervenção, nas Mabubas (Província do Bengo). 

De forma a imprimir maior dinamismo na formação das Forças Especiais, em 1983, é desactivado o Centro de Instrução de Tropas de Intervenção e transferido o seu corpo docente, que serve de embrião para a constituição do Centro Instrução de Comandos, com participação activa de um grupo de portugueses.  


Em 1992, com a criação do Exército Único, a 23 de Dezembro de 1992 constituiu-se o Centro de Instrução de Comandos (CIC), que se instalou inicialmente no Morro dos Veados (Km 21 desde Luanda), sendo mais tarde transferido para Katala Ngombe (margem Sul do Rio Kwanza).   

A 4 de Julho de 1993, o CIC localizado em Katala-Ngombe, foram movimentados para Cabo-Lêdo tendo sofrido várias transformações.

Em virtude da reaqqualificação das FAA, após a saída dos “Comandos “ para Cabo Lêdo, é criado em Katala-Ngombe, em 16 de Julho de 1993, o Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE).

No âmbito da reorganização, em 2004, foram extintos os Centros de Instrução de Operações Especiais e o Centro de Instrução de Comandos, sendo criado, em Cabo Lêdo, o Centro de Instrução de Forças Especiais (CIFE).

Por fim, como corolário da reorganização do pós-guerra, iniciada em 2003, o CIFE assume, em Agosto de 2011, o estatuto de Escola, passando a designar-se Escola de Formação de Forças Especiais.

RESUMO DA ESTRUTURA ORGÂNICA DA EFFE

Na direta dependência da DFE, é o estabelecimento de ensino militar que garante a formação e a qualificação dos níveis de conhecimentos dos efectivos, nas diversas áreas das Forças Especiais. Realiza actividades de pesquisa, investigação, actualização e adopção de doutrinas de emprego de Forças Especiais. À ordem, cumpre outras missões do mando superior no âmbito da formação. À EFFE são atribuídas as seguintes competências:

  • Ministrar os cursos de Comandos e Operações Especiais, assim como outros cursos de especialização, aos Oficiais, Sargentos e Praças das Forças Especiais, de acordo aos programas de formação superiormente definidos;
  • Incorporar os militares destinados às Forças Especiais, ministrando-lhes a Instrução Militar Básica, em consonância com o programa superiormente definido; 
  • Ministrar outras acções de formação quando superiormente lhe for determinado;
  • Elaborar estudos e pareceres, sobre as tradições e memória histórica das especialidades das Forças Especiais;
  • Administrar os recursos humanos, materiais e financeiros sob sua responsabilidade;
  • Orientar, coordenar e impulsionar todas as actividades que contribuam para o desenvolvimento e fortalecimento do espírito de corpo das Forças Especiais; 
  • Desempenhar tarefas de natureza técnica, em apoio da DFE, emitindo pareceres e propostas de atualização relativas à organização, doutrina, material e emprego das Forças Especiais.