Luanda – O Presidente da República, João Lourenço,
destacou, nesta segunda-feira, a entrega do antigo Chefe de Estado angolano,
José Eduardo dos Santos, “nos momentos mais críticos do país”, na “defesa da
independência e da soberania nacional”.
Em mensagem escrita no Livro de Condolências, em
memória ao antigo Presidente da República, o actual Chefe de Estado angolano
refere que neste momento de dor consternação, os angolanos choram José Eduardo
dos Santos.
“Vergamo-nos e honramos a sua memória, defendendo e
perpetuando a sua maior obra, a paz e a reconciliação nacional”, lê-se na
mensagem.
À família enlutada, o Presidente João Lourenço
manifestou os mais profundos sentimentos de pesar.
Prestaram, igualmente, homenagem a José Eduardo dos
Santos titulares dos distintos órgãos de soberania, membros do Executivo,
deputados, entidades dos órgãos de defesa e segurança, entidades religiosas e
representantes do corpo diplomático.
As homenagens ao antigo Presidente da República, José
Eduardo dos Santos, falecido, aos 79 anos, na passada sexta-feira (8), vítima
de doença, em Espanha, foram abertas hoje na Praça da República, em Luanda.
A partir das 14 horas o local estará aberto ao público,
de forma a permitir que possam homenagear condignamente o antigo Presidente da
República.
Na sequência da morte do ex-Presidente da República, o
Executivo decretou sete dias de Luto Nacional.
Durante este período, a Bandeira Nacional é colocada a
meia-haste e ficam cancelados espectáculos e manifestações públicas. O período
de Luto Nacional começou a vigorar desde às 00h00 de sábado.
José Eduardo dos Santos chegou ao poder em Setembro de
1979, na sequência da morte do Primeiro Presidente de Angola, António Agostinho
Neto.
Ocupou as funções de Presidente da República durante 38
anos, até Setembro de 2017, altura em que foi sucedido pelo actual Chefe de
Estado, João Lourenço.
Além de Presidente da República, foi
Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA) e Presidente do MPLA,
partido que governa o país desde a proclamação da independência nacional, a 11
de Novembro de 1975.
Da sua ficha política consta, ainda, o cargo de
ministro das Relações Exteriores, e outras funções no Estado e no MPLA.
Conduziu o processo que culminou com a assinatura dos
Acordos de Paz, a 4 de Abril de 2002, na sequência da morte do então líder
fundador da UNITA, Jonas Savimbi.