Em saudação ao mês de Março, dedicado as Mulheres , a
classe feminina ligada ao efectivo da Marinha de Guerra Angolana (MGA) e
respectivas trabalhadoras civis, falaram sobre as efemérides que
congregam os dias 2 e 8, consagrados ao dia da Mulher Angolana e Internacional
da Mulher, respectivamente.
Com o seu saber, as mulheres ligadas às
áreas da MGA prestaram depoimentos sobre a visão e os desafios,
no contexto marcado pelo reforço da sua emancipação plena e na ascensão
paritária a cargos públicos na sociedade angolana.
A Tenente-de-Corveta Ludmila Soares Joaquim, da Base
Naval de Luanda, afirmou que existe um equilíbrio no trabalho
realizado tanto pelos homens como pelas mulheres.
“Na minha visão como militar, vejo que o ambiente de
trabalho instituído pelos homens e mulheres como equilibrado, pois as mulheres
não são tratadas de forma especial, que considero ser normal, porque se trata
de uma instituição castrense e todos temos a missão de cumprir as ordens dos
nossos superiores”, sublinhou.
Ludmila Joaquim acrescentou que actualmente,
nota-se que os cargos anteriormente exercidos por homens, hoje já são
exercidos também por mulheres.
Para as mulheres que pretendem ingressar nas
Forças Armadas Angolanas, a Tenente-de-Corveta Ludmila Joaquim, desejou
coragem, determinação e muita força.
Para a 2º Sargento Teresa Libânia da Costa Afonso,
destacada na Clínica da Marinha, o 8 de Março tornou-se numa data especial para
as mulheres, porque foi uma das maiores conquistas para todas elas a
nível internacional.
A data, de acordo com Teresa Libânio Afonso
, serve para homenagear as mulheres que participam no processo activo de
cada sociedade e na vida, em geral desta franja da sociedade.
Quanto aos desafios na sua carreira militar como
mulher, disse que tem enfrentado muitos, tendo exemplificado a sua
participação na campanha de vacinação contra Covid-19, no quadro do
combate e prevenção da pandemia.
Por sua parte, a trabalhadora civil da Direcção de
Educação Patriótica, Domingas Ramos, afirmou que o 8 de Março é uma data
particular por ser dedicado especialmente a todas as mulheres do mundo.
“Todas as mulheres celebram este dia, em reconhecimento
dos seus esforços em prol da conquista da liberdade”, ressaltou.
A repórter de imagem da Repartição de Comunicação e
Imagem da DEP, Sandra de Oliveira, disse neste mês de Março as atenções
estão viradas as mulheres.
“Existe uma especial atenção às necessidades das
mulheres a nível internacional. Espero que a sociedade proporcione mais
oportunidades de acesso a serviços essenciais para as mulheres”, destacou .
Em sua opinião, a Oficial para o Pessoal
Civil da Clínica da Marinha, Tenente-de-Navio Angêlica Salomé Suidifonya,
“é desafiante ser mulher e conciliar a condiçao feminina com a actividade
profissional que desempenhamos”.
“Muitas vezes deixamos a família para
cumprir missões em diversas províncias, no cumprimento do dever militar. Neste
particular encaro isso um grande desafio por ser mulher”, referiu.
Angêlica Suidifonya, disse que gosta de ser militar,
mas aconselha ponderação a quem deseja ingressar nas FAA.