Luanda -
O Presidente João Lourenço assumiu esta quinta-feira, por mais cinco anos, a
mais alta magistratura do Estado angolano, em acto presenciado por cerca de 15
mil convidados nacionais e 50 delegações estrangeiras, entre os quais dezenas
de Chefes de Estado e de Governo.
Na
cerimónia, que decorreu na Praça da República, em Luanda, foi igualmente
investida Esperança da Costa para o cargo de Vice-Presidente da República, no
quadro das eleições de 24 de Agosto último.
O ponto
alto da cerimónia, marcada por simbolismo e emoção, ocorreu precisamente às
11h:50, quando o Presidente João Lourenço assinou o Termo de Posse, em três
vias, ratificado pela juíza presidente do Tribunal Constitucional (TC),
Laurinda Cardoso.
Após a
assinatura do Termo de Posse, a juíza presidente do TC, Laurinda Cardoso,
colocou ao Presidente João Lourenço a medalha e o colar presidencial (símbolos
do poder).
Com a
mão direita sobre a Constituição da República, João Lourenço prestou juramento
à Nação e a juíza presidente do Tribunal Constitucional procedeu à leitura do termo
de posse.
Com este
acto, João Lourenço assumiu, pela segunda vez, a mais alta magistratura do
Estado angolano, sob o olhar atento dos convidados nacionais e internacionais,
com destaque para os Chefes de Estado e de Governo de vários países.
Os mesmos
procedimentos foram observados para a investidura da Vice-Presidente eleita,
Esperança da Costa.
Após
prestarem juramento à Pátria e tomarem posse, o Presidente João Lourenço e
Esperança Costa foram bastante ovacionados pelos presentes.
Chefes
de Estado testemunham investidura
Entre os
estadistas presentes no acto de investidura, destaque para os chefes de
Estado da República Portuguesa, Congo (Brazzaville), República Democrática do
Congo, e Cabo Verde, respectivamente, Marcelo Rebelo de Sousa, Denis Sassou
Nguessou, Félix Tshisekedi e José Maria Neves.
Da Guiné
Bissau veio também a mais alta figura do país, Umaro Sissoco Embaló, o mesmo
acontecendo com o Zimbabwé, com a presença de Emmerson Mnangagwa.
Estiveram
também presentes o Presidente da Guiné Equatorial, Obiang Nguema, de São Tomé e
Príncipe, Carlos Vila Nova e da Zâmbia, Acaind Itchilema.
Os
Estados Unidos estiveram representados com uma delegação chefiada pelo
responsável para Cooperação Internacional e para o Desenvolvimento, Scott
Nathan, que se fez acompanhar pelo embaixador norte-americano em Angola,
Tulinabo S. Mushingi, e pelo vice-comandante para as relações civil-militar da
direção dos EUA em África, Andrew Robert Young.
A juíza
presidente do Tribunal de Contas, augurou, na ocasião, um mandato profícuo ao
Presidente João Lourenço.
Observou
que, com este acto de investidura, conclui-se mais um ciclo normal de renovação
da legitimidade democrática do mais alto mandato constitucional de representação
do povo para os próximos cinco anos, com a recondução do Presidente João
Lourenço.
Notou
que o Presidente da República é o real representante e defensor dos mais nobres
interesses de Angola, "independentemente das legítimas preferências político-partidárias
de cada um".
Espera
que, neste segundo mandato, João Lourenço demonstre maior comprometimento para
com a unidade nacional, "pois somos todos filhos da mesma Pátria, una e
indivisível".
Solicitou
ao Presidente reeleito para prosseguir com as reformas económicas "e não
desistir de Angola e dos angolanos, incluindo aqueles que possam ter,
temporariamente, desistido de Angola, acreditando que o país desistiu
deles".
"Seja
Presidente de todos: dos que votaram em si, dos que não votaram em si, dos que
votaram em ninguém e dos que não votaram", concluiu a presidente do TC.
Agradecimento
aos eleitores
No seu
discurso, após tomar posse, o Presidente João Lourenço agradeceu o povo
angolano pelo civismo demonstrado nas eleições de 24 de Agosto último.
Agradeceu
também aos eleitores pela confiança depositada no MPLA e ao seu candidato.
"Ao
elegerem o MPLA, o seu candidato, apostaram na continuidade como forma segura
de garantir a paz, a estabilidade e o desenvolvimento económico e social do
país (...)", exprimiu.
O
presidente João Lourenço prometeu mais postos de trabalho para os angolanos,
fundamentalmente para a juventude, mais hospitais de nível primário e
secundário, escolas, mais energia elétrica, reabilitação de estradas, entre
outras infra-estruturas sociais.