PRESIDENTE ANGOLANO DEFENDE CONTRIBUIÇÃO DA SADC PARA A PAZ NA RDC
Luanda -
O Presidente da República, João Lourenço, apelou, sábado, em Luanda, aos Estados-membros da
Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) para contribuírem para o
fim da crise de segurança na República Democrática do Congo (RDC).
O Chefe
de Estado angolano, que falava na abertura da Cimeira Extraordinária da SADC
sobre a situação política e de segurança na RDC, considerou necessário o apoio
da organização regional na busca da paz, estabilidade e segurança para a RDC,
tendo em conta a realização, num clima de tranquilidade, das eleições previstas
para Dezembro deste ano.
Disse
que o alcance da Paz e da estabilidade ajudará a desenvolver a economia da RDC,
que considerou um gigante na região e no continente africano.
Na
cimeira, os Chefes de Estado e de Governo da SADC estão a analisar a actual
situação na RDC, que vive uma crise de segurança há vários anos.
No
discurso de encerramento da 43ª Cimeira da SADC de Luanda, que o elegeu
presidente em exercício da organização regional, João Lourenço escolheu a
resolução da crise de segurança na RDC como um dos desafios do seu mandato, não
obstante às várias iniciativas já levadas a cabo no quadro da Conferência
Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).
Recorde-se
que quando assumiu a presidência da CIRGL, em Novembro de 2020, João Lourenço
disse que Angola está disposta a trabalhar, em conjunto com outros
Estados-membros da organização, no sentido de se respeitar os acordos de paz
assinados para o fim do conflito.
No
quadro dos esforços de Angola, o Parlamento angolano aprovou, em Março deste
ano, o envio de um contingente militar de apoio e manutenção da paz na região
Leste da RDC.
O
efectivo é formado por 450 militares das Forças Armadas Angolanas (FAA) e tem
como finalidade apoiar as operações de manutenção da paz e o asseguramento das
áreas de acantonamento dos elementos do rebelde M23 naquela região.
A missão
angolana tem a duração inicial 12 meses e um custo avaliado em mais de 4 mil
milhões de kwanzas.
A
decisão do envio do contingente militar angolano para apoiar as operações de
manutenção de paz na RDC foi tomada na sequência de uma proposta do Presidente
João Lourenço, feita na Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União
Africana, em Fevereiro deste ano, em Addis Abeba, Etiópia, para uma definição
clara das áreas de acantonamento, o financiamento ao processo e a preparação
das zonas para a manutenção das forças do M23.