REPATRIADOS MAIS DE TRÊS MIL GARIMPEIROS ESTRANGEIROS NO QUADRO DA OPERAÇÃO EXTENSÃO
Lubango
- Mais de três mil estrangeiros garimpeiros que actuavam em Malanje, Lunda
Norte e Lunda Sul foram repatriados , no período de Março a Junho desde ano, no
quadro da primeira fase da “Micro Operação Extensão” levada a cabo pelas
autoridades angolanas.
Os dados
foram revelados esta quarta-feira, no Lubango, pelo ministro de Estado e
Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado.
De
acordo com o Governante , que procedia à apresentação dos resultados da
primeira fase, à margem da reunião de balanço da última etapa, foram,
igualmente, desmanteladas 57 dragas industriais com capacidade de extracção
superior a minas de produção convencional.
Na
segunda etapa, a operação se estendeu às províncias do Huambo, Bié e Cuanza Sul
e a na terceira às da Huíla, Namibe, Cunene e Cuando Cubango.
Francisco
Furtado considerou satisfatórios os resultados para o país, afirmando que,
depois de concluída, haverá uma reunião de balanço geral.
“Temos
verificado que os estrangeiros realizam a actividade de garimpo no país e não
investem em nada no sector social, mas adquirem grandes propriedades e imóveis
nos seus países e Angola perde muito com essa acção ilícita de exploração de
diamantes”, acrescentou .
Para o
ministro, o Ministério dos Recursos Minerais Petróleo e Gás deve criar
mecanismos para a reorganização do sector informal, nomeadamente das
cooperativas de extracção de diamantes e o controlo dessa produção.
Questionado
sobre o garimpo de recursos minerais na Huíla, o ministro de Estado afirmou que
a operação serviu para constatar tal realidade e a degradação ambiental causada
pela actividade.
Francisco
Pereira Furtado referiu que acabaram por tocar em áreas que não estavam no
âmbito da operação, como a exploração de madeira.
Face à
situação constatada, adiantou terem sido tomadas algumas medidas, entre as
quais os processos instruídos pelo posto comando e a serem apresentados ao
Ministério Público.
De
acordo com Francisco Pereira Furtado, para travar a onda de garimpeiros é
necessário ter-se um maior controlo do território, por parte das administrações
municipais e dos governos provinciais e dos órgãos de Segurança e Defesa
Nacional no controlo eficiente das fronteiras terrestres, marítimas e fluviais.
A
Operação Extensão visa, igualmente, um melhor controlo e monitorização das
florestas e zonas de conservação ambiental e da biodiversidade.
O
balanço da terceira etapa da Operação Expansão serviu também para analisar a
situação da estabilidade das fronteiras da região sul e o nível de degradação
ambiental causada pelo garimpo no país.
No
âmbito do reforço dos mecanismos da imigração ilegal e tráfico ilícito de
mineiras em Angola, o Chefe de Estado criou através do Decreto Presidencial
298/17 de 27 de Novembro a Comissão Interministerial para conduzir o processo
de estabilização das zonas mineiras e em simultâneo permitir o controlo das fronteiras
nacionais terrestre, marítimas e fluviais.
De
2020-2022 decorreu em todo país a Operação Transparência.