Cimeira de Paris recomenda produção de vacinas em África contra Covid-19
O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, participou dia 18 deste mês em Paris, na Cimeira sobre a Economia de África, que recomendou a mobilização de financiamento para a produção de vacinas contra a COVID-19 no continente africano.
No encontro, Angola defenfeu uma mudança na estratégia de produção de vacinas para combater a Covid-19.
À margem da Cimeira, o Presidente João Lourenço manteve reuniões separadas de trabalho com homólogos de França, Emmanuel Macron, da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e com o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, com os quais abordou assuntos de interesse bilateral.
O Chefe de Estado angolano manteve também encontros com o patrono do Instituto Tony Blair Mudança Global, o antigo primeiro-ministro do Reino Unido, e com vários empresários franceses, tendo nestas audiências abordado os investimentos estrangeiros em Angola, no quadro das reformas em curso no país.
Ao discursar na abertura do evento onde participaram mais de dezena de líderes africanos, o Presidente França, Emmanuel Macron defendeu a necessidade da transferência “imediata” de tecnologia e capacidade intelectual para possibilitar países da África produzirem vacinas para o combate da pandemia COVID-19.
“A Cimeira para as economias africanas é de carácter urgente devido à crise sanitária que o mundo vive actualmente face a pandemia “, afirmou Emmanuel Macron, referindo que o continente africano é o que tem tem menos pessoas vacinadas contra a COVID-19.
O encontro, uma iniciativa do Governo francês, discutiu o relançamento do crescimento das economias dos países africanos, com base no envolvimento dos parceiros internacionais e na criação de um pacote de apoio massivo.
O projecto tem a ver com a criação de um pacote massivo de apoio destinado ao continente para superar o choque da pandemia da Covid-19.
Visa igualmente o lançamento da base para um novo ciclo de crescimento, que beneficiará os povos africanos, mas que pode ser, também, um motor para toda a economia mundial.
Além de dezenas de Presidentes de nações africanas, estiveram presentes na os líderes do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Mundial, da Organização Mundial do Comércio, ONU, União Africana e União Europeia.
O FMI estima que os países africanos tenham necessidades de financiamento equivalentes a 450 mil milhões de dólares até 2025, daí a ideia de aumentar a ajuda de emergência a África.