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  • 19 Sep 2022

PR PRESTIGIA CULTO DO CENTENÁRIO DE AGOSTINHO NETO

Luanda – O Presidente da República, João Lourenço, assistiu, este domingo, na Vila de Catete, em Luanda, ao culto ecuménico alusivo ao centenário de Agostinho Neto.

Entre as personalidades presentes destaca-se ainda a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, a Presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, a Primeira-dama, Ana Dias Lourenço, a viúva do fundador da Nação, Maria Eugénia Neto, membros do Executivo, políticos e fiéis de diversas congregações religiosas.

Nele foi exaltada a figura de Neto em reconhecimento da sua luta pela independência de Angola e dos povos oprimidos ao longo dos anos 60 até 1979, altura da sua morte.

Durante o culto organizado pela Comissão Inter-Eclesial, em representação das confissões religiosas e associações eclesiásticas reconhecidas pelo Estado, foram realizadas orações para a melhoria de vida dos angolanos, paz , harmonia e reconciliação de toda nação.

Em memória aos 100  anos de Neto, o Governo angolano tem levado a cabo diversas  actividades político cultural em reconhecimento aos seus feitos em prol do desenvolvimento e bem-estar dos povos.

António Agostinho Neto, nascido em Ícolo e Bengo, Luanda, aos 17 de Setembro de 1922, foi um acérrimo defensor dos direitos materiais e espirituais, da dignidade e da liberdade do povo angolano, de África e do Mundo. 

Faleceu em Moscovo, Ex-URSS, a 10 de Setembro de 1979, vítima de doença.

Médico e escritor, proclamou a independência nacional a 11 de Novembro de 1975.

Fez parte da geração de estudantes africanos que viria a desempenhar um papel decisivo para a independência dos seus países naquela que ficou designada como a Guerra Colonial Portuguesa.

Foi preso pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), de Portugal, e deportado para o Tarrafal, em Cabo Verde, sendo-lhe depois fixada residência em Portugal, de onde fugiu para o exílio. 

Assume a direcção do MPLA, do qual já era presidente honorário desde 1960.

No dia 17 de Setembro, Angola celebra o Dia do Herói Nacional e do Fundador da Nação, comemorando o dia em que Agostinho Neto nasceu e foram realizadas as suas cerimónias fúnebres.

Neto homenageado em culto ecuménico

 

O evento juntou mais de mil fiéis de diferentes denominações religiosas reconhecidas pelo Estado e repesentantes da saciedade civil. 

Em pouco mais de quatro horas, os participantes entoaram cânticos de louvor e exaltaram a figura do Fundador da Nação.

Durante a sua intervenção no acto, a reverenda Deolinda Dorcas Tecas destacou a trajectoria de António Agostinho Neto e a sua faceta de político, médico e poeta.

Apelou à Igrega a continuar a orar a favor da Nação angolana, sublinhando ser difícil falar sobre a sua obra. 

Por sua vez, o bispo Gaspar João Domingos, da Igreja Metodista Unida, apresentou um breve resumo sobre a vida e obra do primeiro Presidente de Angola.

Considerou-o a maior personagem da história de Angola no Século XX, sublinhando que a sua vida não pode ser resumida em "pequenos parágrafos banais".

Na homilia, o bispo Dom Afonso Nunes apelou aos angolanos para serem generosos e fiéis ao princípio da verdade, tendo desencorajado as contendas e intrigas.

Recomendou o respeito às autoridades e aos mais velhos, assim como a valorização da cultura ancestral e outros valores ensinados por António Agostinho Neto.

Pediu à Igreja angolana para continuar a trabalhar em parceria com o Governo instituído, encorajando a construção de um país novo.

O reverendo Luís Nguimbi disse hoje, domingo, em Catete, município de Icolo e Bengo, em Luanda, que o culto ecuménico serviu mais vê para enaltecer os feitos  de Agostinho

Neto e mais vez falar dos seus feitos.

De acordo com Luís Nguimbi, o culto ecuménico serviu também para orar a Deus e apelar a nova geração para seguir o exemplo de Manguxi, que tem os seus feitos marcados na história do país. 

Por sua vez, o soba grande da província de Luanda, Francisco Simão Cândida considerou que a realização do culto ecuménico constituiu uma ocasião para o Presidente da República, João Lourenço, renovar a confiança dos angolanos na melhoria das condições sociais. 

Lembrou a máxima “o mais importante é resolver os problema do povo”, que deve ser sempre um pilar a se cumprir na plenitude.

O culto decorreu sob o lema "Angolanos unidos de mãos dadas para o futuro", com o suporte instrumental das bandas das igrejas Tocoísta e Kimbanguista.