ENSINO GERAL COM 220 MIL PROFESSORES E MAIS DE DEZ MILHÕES DE ALUNOS
O ensino geral em Angola conta com 220 mil
professores e mais de 10 milhões de alunos no pré-escolar, primário e
secundário, afirmou, nesta segunda-feira, em Caxito, província do Bengo, o
ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de
Almeida.
O
governante, que falava no acto central de abertura do ano lectivo 2022/2023,
referiu que no último quinquênio foram admitidos cerca de 45 mil novos
professores, estando neste momento a serem inseridos os últimos 7.500 para
cobrir vagas ainda existentes em várias escolas.
Lembrou
que entre 2017/2022 foram construídas mais de 670 escolas em todo o país que
permitiram a inserção de cerca de dois milhões de novos alunos nos diferentes
subsistemas de ensino, com destaque para o pré-escolar e primeira classe.
Segundo
Adão de Almeida, para o presente ano lectivo (2022-2023), só a primeira classe
recebeu mais de um milhão e 600 novos alunos e nos próximos meses estarão
concluídas e postas à disposição cerca de 40 novas escolas para acomodação de
dez mil novos alunos.
“O
crescimento de salas de aula e aumento de alunos devem ser acompanhados com o
aumento de professores”, sublinhou.
Adão de
Almeida ressaltou que para concretizar essa ambição de uma educação de
qualidade e para todos, vários projectos estruturantes têm sido desenvolvidos
pelo sector da educação com destaque para o projecto de empoderamento das
raparigas e aprendizagem para todos (PAC 2).
Pretende-se
com o PAC 2 capacitar e educar os jovens angolanos, especialmente as meninas,
através da atribuição de 600 mil bolsas, melhoria do sistema educativo e do
acesso a educação, aumentando a probabilidade de matrícula e conclusão do
ensino primário e secundário, proporcionando oportunidades adicionais de
continuarem os estudos ou entrarem para o mercado de trabalho.
O
governante referiu que o processo de revisão e actualização dos manuais
de educação pré-escolar e ensino primário culminou com a produção e
distribuição gratuita de 48 milhões de livros escolares e outros materiais de
ensino laboratoriais.
Desencorajou,
por isso, quaisquer práticas susceptíveis de colocar em causa todo o esforço
com vista assegurar o acesso gratuito dos livros, incentivando as autoridades
competentes a tomarem as medidas legais, adequadas para prevenção e repreensão
de tais práticas.
“O papel
do professor e do educador é insubstituível em qualquer sociedade porque dele
emana a luz que anula a escuridão da ignorância e da pobreza cultural e dele
depende a concretização da esperança necessária à construção do progresso das
nações”, ressaltou.
O
ministro defendeu a necessidade de se continuar a investir no sector da
educação para que se tenha maior solidez e sucesso no processo de ensino e
aprendizagem.
Por seu
turno, a governadora provincial do Bengo, Mara Quiosa, reconheceu o engajamento
e desempenho dos profissionais do sector da educação da província, tendo em
conta os resultados alcançados ao longo dos últimos anos, espelhados no
aumento quantitativo e qualitativo da oferta educacional e formativa.
Mara
Quiosa lembrou que em 2018 a província do Bengo contava com 1.796 salas de aula
e com a implementação dos programas como o PIIM e combate à pobreza foram
feitos investimentos que permitiram ampliar a rede escolar para 1.902 salas de
aula, beneficiando de um reforço de 845 professores, num total de 4.124
docentes.
A
abertura do presente ano lectivo decorreu sob o lema "Transformar e
Educação para responder aos desafios da inclusão escolar e criar resiliências”.