NOTÍCIA
  • 05 Sep 2022

ENSINO GERAL COM 220 MIL PROFESSORES E MAIS DE DEZ MILHÕES DE ALUNOS

O ensino geral em Angola conta com 220 mil professores e mais de 10 milhões de alunos no pré-escolar, primário e secundário, afirmou, nesta segunda-feira, em Caxito, província do Bengo, o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida.

O governante, que falava no acto central de abertura do ano lectivo 2022/2023, referiu que no último quinquênio foram admitidos cerca de 45 mil novos professores, estando neste momento a serem inseridos os últimos 7.500 para cobrir vagas ainda existentes em várias escolas.

Lembrou que entre 2017/2022 foram construídas mais de 670 escolas em todo o país que permitiram a inserção de cerca de dois milhões de novos alunos nos diferentes subsistemas de ensino, com destaque para o pré-escolar e primeira classe.

Segundo Adão de Almeida, para o presente ano lectivo (2022-2023), só a primeira classe recebeu mais de um milhão e 600 novos alunos e  nos próximos meses estarão concluídas e postas à disposição cerca de 40 novas escolas para acomodação de dez mil novos alunos.

“O crescimento de salas de aula e aumento de alunos devem ser acompanhados com o aumento de professores”, sublinhou.

Adão de Almeida ressaltou que para concretizar essa ambição de uma educação de qualidade e para todos, vários projectos estruturantes têm sido desenvolvidos pelo sector da educação com destaque para o projecto de empoderamento das raparigas e aprendizagem para todos (PAC 2).

Pretende-se com o PAC 2 capacitar e educar os jovens angolanos, especialmente as meninas, através da atribuição de 600 mil bolsas, melhoria do sistema educativo e do acesso a educação, aumentando a probabilidade de matrícula e conclusão do ensino primário e secundário, proporcionando oportunidades adicionais de continuarem os estudos ou entrarem para o mercado de trabalho.

O governante referiu  que o processo de revisão e actualização dos manuais de educação pré-escolar e ensino primário culminou com a produção e distribuição gratuita de 48 milhões de livros escolares e outros materiais de ensino laboratoriais.

Desencorajou, por isso, quaisquer práticas susceptíveis de colocar em causa todo o esforço com vista assegurar o acesso gratuito dos livros, incentivando as autoridades competentes a tomarem as medidas legais, adequadas para prevenção e repreensão de tais práticas.

 

“O papel do professor e do educador é insubstituível em qualquer sociedade porque dele emana a luz que anula a escuridão da ignorância e da pobreza cultural e dele depende a concretização da esperança necessária à construção do progresso das nações”, ressaltou.

O ministro defendeu a necessidade de se continuar a investir no sector da educação para que se tenha maior solidez e sucesso no processo de ensino e aprendizagem.

Por seu turno, a governadora provincial do Bengo, Mara Quiosa, reconheceu o engajamento e desempenho dos profissionais do sector da educação da província, tendo em conta os resultados alcançados ao longo dos últimos anos,  espelhados no aumento quantitativo e qualitativo da oferta educacional e formativa.

Mara Quiosa lembrou que em 2018 a província do Bengo contava com 1.796 salas de aula e com a implementação dos programas como o PIIM e combate à pobreza foram feitos investimentos que permitiram ampliar a rede escolar para 1.902 salas de aula, beneficiando de um reforço de 845 professores, num total de 4.124 docentes.

A abertura do presente ano lectivo decorreu sob o lema "Transformar e Educação para responder aos desafios da inclusão escolar e criar resiliências”.