ANGOLA E PORTUGAL REFORÇAM COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO DA DEFESA
Luanda – O reforço da cooperação nos domínios da
formação de natureza operacional, planeamento, ciber defesa, vigilância e
fiscalização dominou quarta-feira (15), as conversações entre delegações das
Forças Armadas de Angola e de Portugal.
Lideraram as delegações o Chefe de Estado Maior
General das Forças Armadas Angola, Egídio de Sousa Santos, por Angola, e o seu
homólogo de Portugal, almirante António Silva Ribeiro.
Em declarações à imprensa, o Chefe do Estado Maior
General das Forças Armadas Portuguesas afirmou que no encontro identificaram as
acções que devem ser levadas a cabo, com vista ao reforço da cooperação entre
os dois países ao nível da defesa.
De acordo com o oficial General luso, a cooperação, a
nível militar entre Angola e Portugal, decorre também das orientações dos dois
governos.
De igual modo, o Chefe do Estado Maior General das
Forças Armadas Angolanas, General Egídio de Sousa Santos, considerou como
positiva a cooperação entre os dois países, mas defendeu a necessidade do seu
incremento.
Referiu que a visita do oficial almirante luso ocorre
num altura em que os ministros da Defesa de Angola e Portugal acabam de
assinar, em Lisboa, o Programa Quadro da Cooperação Técnico
Militar para o período 2022/2026.
“Este acordo constitui um vector fundamental que
permitirá aos dois países consolidar as bases estabelecidas para o
aprofundamento da cooperação no domínio da Defesa e das Forças Armadas”,
sustentou.
O programa da delegação portuguesa, que se
encontra em visita de trabalho a Angola desde o dia 14 do
corrente, contempla uma deslocação ao Comando da Região Naval
Norte, à Base Naval, bem como a empresa Angola LNG e Ciclo Combinado,
todas estas no Soyo (Zaire).
Angola foi colónia de Portugal até 11 de Novembro de
1975, data em que o Presidente António Agostinho Neto proclamou a independência
deste país da África.
A 22 de Fevereiro de 1976, o Governo português
reconheceu formalmente a República Popular de Angola e, a 9 de Março do mesmo
ano, estabeleceram-se relações diplomáticas.
Actualmente, cooperam nos domínios da cultural,
económico, da educação, do ensino, da investigação científica, da formação de
quadros, da indústria, dos petróleos, energético, científico e tecnológico,
entre outros.