NOTÍCIA
  • 04 Apr 2022

IGREJAS ANGOLANAS REZAM PELA PAZ

Luanda – Um culto ecuménico a favor da paz e reconciliação nacional realizou-se domingo, no Pavilhão da Cidadela, em Luanda, com a presença do Presidente da República, João Lourenço.

O evento, alusivo ao Dia da Paz e Reconciliação Nacional (4 de Abril), serviu de reflexão em torno dos benefícios da paz, união e irmandade entre os angolanos.

A actividade juntou  religiosos de diferentes congregações, figuras históricas da política e sociedade, governantes e membros do corpo diplomático acreditado em Angola.

O culto foi marcado, essencialmente, pela entoação de cânticos de louvores, por grupos corais de várias igrejas e cantores gospel, bem como orações de intercessão. 

Entre os artistas convidados para o evento, organizado pela Comissão Inter-Eclesial, estiveram os cantores gospel Celso Mambo e Dodó Miranda, acompanhados pelo instrumentista Mário Gomes. 

Ao ler a Litania de Acção de Graças, o Reverendo Andre Cangovi reafirmou, em nome da Igreja angolana, o compromisso dos religiosos com a preservação da paz e o combate contínuo à Covid-19.

Ao ler a mensagem da Comissão Inter-Eclesial, por ocasião do 4 de Abril, a Reverenda Deolinda Dorcas Teca saudou os actores políticos e os cristãos pelos esforços para a preservação da paz.

Segundo a religiosa, é necessário que a sociedade trabalhe para se evitar todo o tipo de conflito em Angola, sublinhando que a preservação deste bem não deve ser um trabalho exclusivo dos políticos.

Exortou os políticos para terem em atenção os recentes níveis de violência ocorridos no país, e apelou ao dialogo permanente entre governantes e  governados.

A também secretária-geral do Conselho das Igrejas Cristãs em Angola (CICA) considerou importante que a CNE tenha um diálogo contínuo com os actores políticos, para se evitarem insatisfações que podem provocar uma atmosfera menos agradável.

Apelou, por outro lado, os cidadãos angolanos a afluirem aos postos de registo eleitoral, por forma a criarem condições para a sua participação nas eleições gerais. 

Já o ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Filipe Zau, destacou os ganhos da paz nos domínios da saúde, educação, urbanismo e habitação, bem como os programas do Governo virados para o combate à pobreza em Angola.

No seu discurso, em nome do Executivo, reafirmou o interesse do Estado em reforçar as relações com as igrejas do país.

O 4 de Abril de 2002 marca o fim do conflito armado em Angola, com a assinatura do Memorando de Entendimento entre o Governo e a UNITA.